Na última terça-feira (1º), o avião presidencial utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu uma pane logo após decolar da Cidade do México, levando a tripulação a realizar manobras de segurança e o sobrevoo por horas até que o combustível fosse reduzido para um pouso seguro.
O incidente reacendeu um debate antigo dentro do governo sobre a necessidade de substituir a aeronave oficial, popularmente conhecida como "Aerolula".
Com 18 anos de uso, o Airbus A319CJ já acumula sinais de desgaste, o que tem preocupado as autoridades.
Lula e integrantes do Ministério da Defesa já manifestaram interesse em adquirir uma nova aeronave.
Durante a viagem de volta ao Brasil, o avião apresentou um problema técnico em um dos motores logo após a decolagem, o que forçou o piloto a declarar emergência e manter o voo em círculos sobre o território mexicano.
O que aconteceu
no voo presidencial?
O objetivo era queimar combustível e garantir que o pouso fosse realizado em segurança, já que a aeronave estava pesada demais para um pouso imediato. A comitiva presidencial, que incluía ministros e assessores próximos a Lula, permaneceu no ar por cerca de cinco horas.
A Força Aérea Brasileira (FAB) ainda investiga as causas da pane. No entanto, a tripulação realizou o pouso com segurança na Cidade do México, e a comitiva continuou a viagem de volta ao Brasil em um avião reserva.
Nos bastidores, comenta-se que o presidente está insatisfeito com a falta de conectividade e o espaço limitado da aeronave, especialmente em viagens internacionais de longa duração.
A principal demanda seria por um avião que oferecesse mais autonomia de voo, diminuindo a necessidade de escalas para abastecimento, e maior conforto para acomodar a comitiva presidencial e seus convidados.
Dentre as opções estudadas pela FAB, está a adaptação de um Airbus A330-200, adquirido durante o governo de Jair Bolsonaro, para uso presidencial.
Outra possibilidade seria a compra de uma nova aeronave já configurada para atender às exigências do presidente, incluindo uma suíte presidencial e sistemas de segurança reforçados.
A decisão final, no entanto, depende de aprovação do Congresso Nacional. O tema promete gerar debates sobre o custo de aquisição de uma nova aeronave, especialmente em um momento de aperto fiscal no país.