Onde investir em renda fixa com alta da Selic cada vez mais certa?
Por que o mercado espera subida dos juros?
Mercado segue precificando alta da Selic.
Os principais fatores macroeconômicos que indicam uma possível alta nos juros incluem a trajetória das contas públicas, a inflação próxima ao teto da meta e com expectativas desancoradas, a taxa de câmbio em torno de R$ 5,60 e a resiliência da economia.
Essa resiliência é evidenciada pela taxa de desemprego em níveis historicamente baixos e pelo PIB do segundo trimestre que superou as expectativas e apontou um crescimento do consumo das famílias.
Esses elementos aumentam a probabilidade de que o Banco Central volte a subir os juros em breve, devido aos riscos inflacionários do cenário doméstico.
E isso pode ocorrer mesmo que no cenário externo haja expectativas mais favoráveis, com possíveis cortes de juros nos Estados Unidos em setembro.
Vemos como uma boa oportunidade os títulos pós-fixados de curto prazo ou que possuam liquidez.
Esses títulos permitem que o investidor capture uma taxa de juros de dois dígitos, mas também permitem uma movimentação da carteira em caso de novas oportunidades.
Essas posições podem ser feitas por meio do Tesouro Selic, via CDBs com rentabilidade atrelada ao CDI, ou ainda, as LCI e LCAs, que possuem isenção de IR para pessoa física.
No caso de CDBs, LCIs e LCAs é importante estar atento ao risco de crédito do banco emissor e às taxas oferecidas.
Uma opção interessante que vem sendo oferecida na plataforma da XP é uma LCA do Itaú com rendimento de 93% do CDI (equivalente a 112,73% do CDB), com vencimento em setembro de 2025.
Já para investimentos de médio/longo prazo, o cenário atual pressionado permitiu um retorno dos títulos Tesouro IPCA+ com juro real acima de 6% a.a. Observamos o vencimento 2035 como uma oportunidade para garantir um juro real atrativo.