Calote
da WeWork
afeta fundos imobiliários em São Paulo

Vinci Offices (VINO11), Santander Renda de Aluguéis (SARE11), Torre Norte (TRNT11), Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e Valora Renda Imobiliária (VGRI11) não receberam a quantia referente a maio, devida em junho.

A WeWork entrou para a lista de inadimplentes de cinco fundos imobiliários (FIIs) listados na B3, a bolsa de valores brasileira.

No dia 13 de junho, o VBI Real Estate (TRNT11) foi o primeiro FII a anunciar o calote no aluguel referente a maio.

Diante de todos os casos confirmados até o presente momento, mais de 231 mil cotistas estão expostos à inadimplência da WeWork.

Em novembro do ano passado, a WeWork, com sede em Nova York recorreu ao chamado ‘capítulo 11’, equivalente à recuperação judicial no Brasil. A empresa reportou à Justiça americana um total de US$ 18,6 bilhões em dívidas contra US$ 15 bilhões em ativos.

A WeWork até tentou listar
as suas ações na bolsa de
Nova York, buscando emplacar um valuation de US$ 47 bilhões
, mas não conseguiu.

Em 2019, o império WeWork começou a desmoronar com a saída do fundador, Adam Neumann, após pressão de investidores.

Na época, o Softbank assumiu
o controle da empresa
.

Além dos problemas de governança, a WeWork foi afetada pela crise no setor imobiliário por conta da pandemia. Apesar da volta aos escritórios, a empresa não conseguiu recuperar os patamares pré-pandemia devido aos juros altos e adesão do modelo híbrido de trabalho que passou a vigorar em todo o mundo.‌

A WeWork, que representa 9,5% da receita contratada do fundo Rio Bravo (RCRB11), atrasou o pagamento do aluguel referente aos meses de maio, junho e julho sendo que, no mês de junho, ocasionou um impacto mensal negativo na distribuição para os cotistas de R$ 0,11/cota.

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