As ações da Brava Energia (BRAV3), antiga 3R Petroleum, caíram -17,6% na última semana, sendo -9,4% apenas no pregão de quinta-feira, 19.
Agora, no acumulado de 2024, os papéis da companhia já caem -30%.
A Brava já vinha atravessando um cenário desafiador ao longo de setembro com a queda do preço do petróleo e com as incertezas que o mercado vinha precificando em relação à sua fusão.
Será que esse é
o fim para BRAV3?
Entretanto, o principal motivo que justifica a queda da petroleira na última semana foi seu fato relevante, onde a empresa informava ao mercado que a produção de um de seus principais ativos, o polo marítimo de Papa Terra, seria retomada somente no início de dezembro após paralisação a mando da ANP.
Atualmente, o polo Papa Terra, na Bacia dos Campos, é responsável por mais de 20% da produção total da Brava, o que mostra sua relevância e justifica a preocupação dos investidores.
Considerando os novos números e queda das ações, estamos falando de uma companhia negociando a míseros 1,5x lucros para o próximo ano — valor muito abaixo de outras petroleiras como PRIO (6x lucros), PetroReconcavo (4,5x) e Petrobras (3,5x).
Mesmo que suas expectativas apontem para uma petroleira madura no futuro, sua falta de maturidade operacional e comunicativa no presente não permite que a chamemos por outro nome se não uma petroleira júnior.
Apesar dos problemas e desafios de curto prazo, não vemos que é momento de vender as ações da Brava (como alguns estão fazendo).
Ainda estamos falando de uma petroleira com alta visibilidade de crescimento (produção tende a dobrar no próximo ano) e uma possibilidade real de melhorar sua eficiência e desalavancar seu balanço — tudo isso por apenas 1,5x lucros para 2025.
Assim, no momento, também seguimos comprados em BRAV3.
Vale a pena comprar a ação da Brava Energia?