Dona da Vivo, Telefônica (VIVT3) tem lucro líquido de R$ 896 milhões no 1T24
No 1T24, a Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, registrou receita líquida de R$ 13,55 bilhões no 1T24, alta de +6%. Veja a nossa visão.
Negócio principal segue crescendo
No negócio móvel, a receita líquida foi de R$ 8,70 bilhões (+9%), sendo que a receita de serviço pós-pago subiu +11%, enquanto pré-pago se manteve estável. O aumento é explicado pela alta de +2% em acessos móveis, sendo que, em pós-pago, os acessos cresceram +7% e o churn se manteve em ~1%.
Já no negócio fixo, a receita líquida foi de R$ 3,96 bilhões, alta de +2%. O destaque no período foi a receita de FTTH (fibra óptica), que apresentou sólida expansão de +15%, com o número de casas passadas subindo +10% e o de casas conectadas, +12%. Inclusive, o ARPU (receita média por cliente) de FTTH atingiu seu maior nível nos últimos dois anos, de R$ 91,40 (+2%).
Resultado sustentável a longo prazo
Os custos totais (excluindo despesas com depreciação e amortização) cresceram +6%, com destaque para o aumento de +9% nos custos da operação, principalmente pelas altas de +6% nas linhas de pessoal (reajuste de salários e benefícios) e de comerciais e infraestrutura (maior atividade comercial no período), além de +12% em provisão para devedores duvidosos.
Assim, o Ebitda da Telefônica Brasil totalizou R$ 5,28 bilhões, crescimento de +7% em relação ao mesmo período do ano passado, com margem Ebitda de 39% (estável). Com o aumento de apenas +3% na linha de depreciação e amortização, além da alta de +4% no resultado financeiro (negativo), seu lucro líquido subiu +7%, fechando o 1T24 em R$ 896 milhões.
Ainda, a companhia investiu R$ 1,87 bilhão no período (+11%), principalmente para reforçar suas redes móvel e de fibra. Com isso e considerando a menor variação de capital circulante, o fluxo de caixa livre foi de R$ 2,38 bilhões (-24%) no 1T24. Com dívida bruta de R$ 18,53 bi e caixa de R$ 6,99 bi, a dívida líquida ficou em R$ 11,54 bi e a alavancagem em apenas 0,5x.
VIVT3 dividendos: 3 anos de fartura para os acionistas
Apesar do lucro líquido abaixo das expectativas do mercado e do menor fluxo de caixa livre no 1T24, consideramos que o resultado da Telefônica Brasil teve um saldo positivo, confirmando sua solidez operacional e mostrando que está bem posicionada para cumprir com sua meta de remuneração aos acionistas entre os exercícios sociais de 2024 a 2026.
Vale lembrar que a companhia possui a intenção de distribuir um valor igual ou superior a 100% de seu lucro líquido nos próximos três anos, através de dividendos, juros sobre capital próprio, reduções de capital social e recompra de ações. A empresa já pagou JCP em 2024, anunciou sua redução de capital para julho e possui um programa de recompra em andamento.
Dessa forma, vemos que as quedas recentes são injustificáveis e, negociando a apenas 4x Ebitda e com um dividend yield de 11% para 2024, mantemos recomendação de compra para VIVT3 na carteira Nord Dividendos.