Ações da Vivara (VIVA3) caem após saída de Kaufman e Kruglensky

Vivara firma novo acordo de acionistas, consolidando liderança familiar após saída de Kaufman e Kruglensky. Entenda o impacto no mercado

Rafael Ragazi 07/01/2025 15:22 2 min
Ações da Vivara (VIVA3) caem após saída de Kaufman e Kruglensky

A Vivara (VIVA3), maior rede de joalherias do Brasil, anunciou na última segunda-feira, 6, uma reestruturação significativa no quadro de acionistas. 

Após a saída de Marcio Kaufman e Paulo Kruglensky, com a venda das participações para o fundador Nelson Kaufman, a fatia do executivo aumentou de 19,7% para 25,7%.

A participação de Marina Kaufman permaneceu em 14% e, dessa forma, a participação total da família se manteve estável em 39,7%.

Reflexos no mercado de ações da Vivara (VIVA3)

O anúncio trouxe volatilidade ao papel da empresa, mas ao longo do dia as ações se estabilizaram em um patamar similar ao do pregão anterior. A atenção do mercado estará voltada para os resultados futuros e o impacto das decisões estratégicas na rentabilidade da empresa.

A troca no comando da Vivara (VIVA3)

A volta do fundador ao comando da Vivara pegou o mercado de surpresa e a transição na gestão tem sido turbulenta. Nelson pretendia retornar como CEO da empresa, mas após uma reação negativa do mercado, ele optou por assumir apenas o cargo de presidente do conselho. 

Marcio (filho do fundador) e Paulo (sobrinho do fundador) levaram a empresa a um novo patamar de crescimento e rentabilidade enquanto lideraram a empresa. A saída de ambos do quadro de sócios (além da renúncia de duas conselheiras independentes) acendeu um alerta no mercado, levantando preocupações sobre quais são os planos de Nelson para a companhia. 

Por que não vale a pena comprar ações da Vivara (VIVA3) agora?

Até o momento, Nelson não deixou muito claro o que pretende fazer. O executivo disse que várias coisas precisavam mudar na operação e que possui uma ambição de expandir internacionalmente a empresa, mas sem entrar em detalhes.

O problema é que o mercado parece ter uma visão oposta a de Nelson. A empresa era uma das queridinhas da bolsa e as possíveis mudanças na operação ou na estratégia não estão sendo muito bem recebidas.

Apesar de ser um negócio excepcional e de estar negociando a múltiplos baixos (após suas ações caírem quase -50%), o nível de incerteza é elevado demais e preferimos observar a evolução da tese do lado de fora, pelo menos até termos mais visibilidade sobre quais serão os novos rumos da empresa.

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