Por que o Copom não para de subir a Selic? Entenda os motivos

Entenda por que o Copom continua aumentando a Selic e como isso afeta a economia brasileira. Análise detalhada dos impactos e previsões

Marilia Fontes 03/02/2025 17:45 3 min

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar novamente a taxa Selic, levando-a para 13,25%. Mas por que isso acontece? 

Analisei as razões por trás dessa decisão, o impacto na economia e o que esperar para o futuro.

O papel do Copom e a importância da Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e influencia diretamente o crédito, os investimentos e a inflação. O Copom, órgão do Banco Central, ajusta essa taxa para manter o controle da inflação e garantir a estabilidade econômica.

O que levou o Copom a aumentar a Selic?

A decisão de elevar a Selic para 13,25% não foi inesperada. Há alguns fatores determinantes para essa alta:

  • inflação persistente: apesar das medidas restritivas, a inflação continua elevada, especialmente nos serviços. Isso indica que o aumento da Selic ainda não foi suficiente para conter os preços;
  • cenário externo desafiador: a política monetária dos EUA mantém juros altos por mais tempo, tornando investimentos em mercados emergentes menos atrativos. Isso pressiona o câmbio e pode gerar mais inflação no Brasil;
  • economia interna aquecida: o mercado de trabalho segue forte, com aumento da massa salarial real. Isso sugere que o consumo não desacelerou como esperado, exigindo uma política monetária mais rigorosa;
  • expectativas de inflação desancoradas: as projeções de inflação para 2025 subiram de 4,8% para 5,5%, indicando que o mercado não acredita que o Banco Central conseguirá cumprir a meta de inflação.

O impacto da alta da Selic na economia

O aumento da taxa de juros gera diversos efeitos na economia:

  • crédito mais caro: empréstimos e financiamentos se tornam mais caros, reduzindo o consumo e investimentos;
  • desaceleração da economia: com o crédito mais restrito, o crescimento econômico pode ser impactado;
  • dólar mais valorizado: a incerteza pode gerar desvalorização do real, tornando importações mais caras;
  • impacto no mercado financeiro: a renda fixa se torna mais atrativa, enquanto a Bolsa pode sofrer volatilidade.

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O que esperar para as próximas reuniões do Copom?

O Banco Central já sinalizou um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, o que levaria a Selic para 14,25%. No entanto, a incerteza permanece sobre o que acontecerá depois disso. 

O mercado especula que novas altas podem ocorrer, levando a Selic para 16,25% caso a inflação continue acima da meta.

Como os investidores devem se posicionar?

Diante desse cenário, algumas estratégias podem ser adotadas:

  • foco em renda fixa: títulos públicos e privados de alta liquidez podem oferecer bons retornos com a Selic elevada;
  • cautela com crédito privado: spreads baixos e riscos elevados tornam o investimento em crédito menos atraente;
  • olho no dólar: a volatilidade pode tornar interessante a compra de moeda estrangeira.
  • oportunidades em ações e FIIs: com a queda dos preços, boas empresas e fundos imobiliários podem estar atrativos para o longo prazo.

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O Copom mantém uma postura mais rigorosa para conter a inflação e a Selic deve permanecer alta por mais tempo. A decisão reflete o cenário econômico atual e a necessidade de restaurar a credibilidade do Banco Central. Para investidores, é um momento de cautela e análise para aproveitar as oportunidades do mercado.

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