Renda fixa ou ações: Onde investir agora com a bolsa despencando?

Marilia Fontes fala sobre o que fazer e onde investir com a bolsa de ações brasileira caindo por tanto tempo.

Marilia Fontes 23/07/2024 09:33 4 min

A bolsa de valores brasileira tem enfrentado um período turbulento, com muitos investidores preocupados com a desvalorização de suas ações. Diversos fatores macroeconômicos têm contribuído para esse cenário desafiador. Desde a subida das taxas de juros nos Estados Unidos até as mudanças nas metas fiscais brasileiras, há uma série de elementos que explicam por que a bolsa está caindo. Neste artigo, vamos analisar esses fatores em detalhe, oferecendo uma visão abrangente e clara do atual panorama econômico e suas implicações para os investidores.

Por que a bolsa de valores brasileira está caindo?

A bolsa de valores brasileira tem enfrentado um período turbulento, com muitos investidores preocupados com a desvalorização de suas ações. Diversos fatores macroeconômicos têm contribuído para esse cenário desafiador. Desde a subida das taxas de juros nos Estados Unidos até as mudanças nas metas fiscais brasileiras, há uma série de elementos que explicam por que a bolsa está caindo. Neste artigo, vamos analisar esses fatores em detalhe, oferecendo uma visão abrangente e clara do atual panorama econômico e suas implicações para os investidores.

Nos últimos tempos, muitos investidores têm observado a queda constante da bolsa de valores brasileira. Se você está vendo suas ações perderem valor, não se desespere. Vamos explorar as razões macroeconômicas por trás dessa situação para entender melhor o que está acontecendo e como isso pode afetar seus investimentos.

Impacto dos juros americanos na bolsa brasileira

Tudo começou a piorar quando as taxas de juros nos Estados Unidos começaram a subir significativamente. Aproximadamente em abril do ano passado, observamos um ciclo persistente de aumento de juros nos EUA devido a um mercado de trabalho aquecido. Com os juros americanos mais altos, os investidores preferem investir em ativos americanos, considerados mais seguros, em vez de arriscar em mercados emergentes, como o Brasil.

Alteração da meta fiscal brasileira

Outro fator importante foi a alteração da meta fiscal brasileira. Este ano, o governo revisou a meta fiscal para um valor pior, gerando uma reação negativa no mercado. A meta que deveria ser um superávit de meio ponto percentual foi revisada para zero, piorando as expectativas fiscais. Essa mudança levou a um aumento das taxas de juros internas, mesmo quando as taxas de juros americanas começaram a cair novamente.

O risco fiscal e o comportamento do Governo

O grande risco que o Brasil enfrenta atualmente é o risco fiscal. O governo frequentemente sinaliza intenções de piorar a meta fiscal e critica o Banco Central, alegando que as taxas de juros deveriam ser mais baixas. Isso aumenta a percepção de risco inflacionário, afetando negativamente o câmbio, os juros e a bolsa.

Empresas alavancadas sofrem mais

Empresas com alta alavancagem, ou seja, com grandes dívidas, são as mais afetadas nesse cenário. Mesmo empresas que estão crescendo em termos de receitas podem ser penalizadas pelo mercado devido à dificuldade de pagar e rolar suas dívidas a taxas mais altas. Um exemplo é a Ambipar, que tem sido penalizada pela sua alta alavancagem. Outras empresas do mesmo setor, como Movida e locadoras, também enfrentam desafios semelhantes.

Quando o cenário macro vai melhorar?

A melhora do cenário macroeconômico depende do governo mostrar comprometimento com a estabilidade fiscal. Enquanto o governo oscilar entre prometer medidas fiscais e criticar o Banco Central, o mercado continuará incerto. Para os investidores, é crucial entender que os ciclos econômicos impactam fortemente as cotações das ações.

Oportunidades com a queda da Selic

Empresas alavancadas tendem a se valorizar mais quando os juros caem, pois suas dívidas se tornam menos onerosas. No momento atual, há oportunidades de entrada em ações descontadas, mas é necessário ter paciência e visão de longo prazo. Investir em ações exige entender que a maior parte do movimento de curto prazo está relacionada ao ciclo macroeconômico.

Investimentos de longo prazo

Investimentos em ações são de longo prazo. No curto prazo, os ciclos econômicos influenciam as cotações, mas no longo prazo, o crescimento das receitas e dos lucros das empresas são mais determinantes. Empresas que conseguem crescer independentemente dos ciclos econômicos tendem a proporcionar bons retornos aos investidores pacientes.

Diversificação: Investindo em ações americanas

Se você já tem uma carteira de ações brasileiras e quer diversificar, considere investir em ações americanas. A queda dos juros nos EUA oferece boas oportunidades de investimento. Além disso, diversificar com Corporate Bonds americanos pode proporcionar estabilidade à sua carteira.

Conclusão

O atual cenário macroeconômico brasileiro apresenta desafios, mas também oportunidades para investidores pacientes e estratégicos. Diversificar seus investimentos, entender os ciclos econômicos e focar no longo prazo são chaves para navegar por tempos de incerteza.

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