Vibra (VBBR3) paga R$ 1,6 bi em dividendos no ano de 2024
A companhia teve um lucro líquido de R$ 510 milhões no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de -85%.

A Vibra (VBBR3) reportou resultados em linha com o consenso de mercado no 4T24, alcançando uma receita líquida de R$ 44,4 bilhões, representando um crescimento de +1%. O Ebitda foi de R$ 1,3 bilhão, baixa de -44%, e o lucro líquido atingiu R$ 510 milhões, uma queda de -85%, com todos os resultados comparados ao mesmo período do ano anterior.
Vibra (VBBR3) vê queda no lucro, mas mantém controle da dívida

A Vibra reportou um volume de vendas de 9 milhões de m³ no 4T24, baixa de -2% em relação ao mesmo período do ano anterior, com quedas de -35% no óleo combustível e -100% no coque, que foram parcialmente compensadas pelas altas de +7% no querosene de aviação (QAV) e de +1% no diesel.
O menor volume de venda , além das menores margens de comercialização, contribuíram para uma redução de -18% em seu lucro bruto, que atingiu R$ 2,1 bilhões no trimestre.
Já suas despesas operacionais seguem entre os menores níveis no setor e registraram queda de -5%. Com os efeitos mais baixos de recuperação tributária e vendas de imóveis, o Ebitda teve uma queda de -44%, totalizando R$ 1,3 bilhão, com margem Ebitda de R$ 145/m³.
Assim, mesmo com a companhia revertendo o resultado financeiro negativo em positivo, o lucro líquido ficou em R$ 510 milhões, baixa de -85% no período.
Por fim, o seu endividamento líquido permaneceu estável, atingindo R$ 9,5 bilhões. Com isso, sua alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 0,9x (vs. 1,1x no 4T23). Porém, vale destacar que a aquisição de 50% da Comerc foi efetivada em janeiro deste ano, o que elevará a sua alavancagem para algo em torno de 2,5x.

Quais as perspectivas para a Vibra Energia em 2025?
Apesar dos desafios que vem enfrentando, como cenário macroeconômico desafiador, excesso de oferta de combustíveis, demanda menor que o esperado e efeitos do mercado clandestino, a Vibra tem se destacado no mercado de distribuição de combustíveis, superando desafios e alcançando novos patamares consistentes de margens e redução da volatilidade.
Além disso, mesmo com o aumento da alavancagem após a aquisição da Comerc, a companhia não pretende alterar sua política de distribuição de dividendos, mantendo um payout (distribuição dos lucros) de 40%.
Paralelamente, seguirá focada no crescimento das cinco áreas estratégicas anunciadas em seu Investor Day: alcançar a liderança no setor de postos de gasolina, ampliar a oferta no segmento B2B, expandir a capacidade logística, conquistar o primeiro lugar em lubrificantes e continuar avançando em energias renováveis.
Dividendos e JCP de Vibra
Além dos resultados, a Vibra também anunciou a distribuição de R$ 350 milhões em JCP, equivalentes a aproximadamente R$ 0,31 por ação, referentes ao exercício de 2025. A data-com será no dia 21 de março de 2025 e a de pagamento, no dia 27 de fevereiro de 2026.
Em 2024, o montante total distribuído foi de R$1,6 bilhão, representando um dividend yield acima de 8%.
Qual o dividend yield de VBBR3?
O dividend yield da Vibra Energia dos últimos 12 meses é de 9%.
Vale a pena comprar ações da Vibra Energia (VBBR3)?
Posicionada em um setor previsível e resiliente, seguimos recomendando compra para VBBR3. Porém, analisaremos em detalhes os resultados do ano e as projeções futuras, e, caso haja alguma mudança em nossa recomendação, informaremos no Nord Dividendos.
Para investir nas ações da Vibra é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. A empresa é negociada na B3 sob o ticker VBBR3.