VALE3: produção recorde no 3T24; vêm mais dividendos por aí?
A Vale (VALE3) divulgou seu relatório de produção e vendas do 3T24, com números surpreendentes, que fizeram com que a mineradora elevasse seu guidance para 2024.
Entre os destaques estão: (i) crescimento de +5,5% na produção de minério de ferro; (ii) alta de +1,6% nas vendas de minério de ferro e (iii) queda de -13,8% nos preços realizados de finos e de -8,1% nos preços de pelotas de minério de ferro.
Por fim, mantemos nossa recomendação de compra para a companhia, tendo em vista a boa visibilidade de seus resultados e distribuições de dividendos.
Os números apresentados pela Vale, após o fechamento de mercado, animaram os investidores. Após caírem -2,8% no último pregão, as ADRs da mineradora subiam cerca de +0,5% no “after-hours” na Bolsa de Nova York.
Veja nossos comentários completos abaixo.
Produção de minério em alta
Começando por seu principal produto, a Vale registrou um aumento de +5,5% na produção de minério de ferro (finos + minério bruto) na comparação anual, atingindo 91 milhões de toneladas (maior valor registrado desde o 4T18).
O principal destaque no 3T24 foi a performance robusta de Itabira e Brucutu, que contribuíram para um aumento de +3,6 Mt no Sistema Sudeste.
Já no Sistema Norte, a produção consolidada apresentou avanço de +1,9 Mt, impulsionada por mais um bom desempenho do S11D (+2,7 Mt), que atingiu recorde produtivo pelo sétimo trimestre consecutivo. No Sistema Sul, a produção foi -0,9 Mt menor.
Enquanto isso, a produção de pelotas (pequenas esferas de minério utilizadas na fabricação do aço) teve alta de +1,2 Mt (+12,9%), pela maior disponibilidade de pellet feed (minério triturado em grãos mais finos) nas minas de Brucutu e Itabira.
Os excelentes números registrados no 3T24 fizeram com que a Vale elevasse seu guidance (projeções) de produção de minério de ferro para 2024 de 310-320 Mt para 323-330 Mt.
Outros metais da Vale
A produção de cobre cresceu +5,3% no período, com as operações no Brasil praticamente estáveis, de -0,4 kt (mina de Sossego compensando a queda na mina de Salobo), mas com a produção no Canadá subindo +4,7 kt.
Já a produção de níquel, menos representativa nos resultados da Vale, registrou alta de +11,9%, também impulsionada pelo bom desempenho das minas no Canadá.
A companhia manteve seu guidance para a produção de cobre em 2024 (320-355 kt), mas acabou reduzindo suas projeções de produção de níquel de 160-175 kt para 153-168 kt.
Vendas trimestrais crescentes
Assim como sua produção, as vendas de minério de ferro da Vale também cresceram. No trimestre, a mineradora vendeu +1,6% a mais que no 3T23, com destaque para a alta de +17,8% nas vendas de pelotas, compensando a leve queda de -0,5% de finos.
Já as vendas de ROM (Run-Of-Mine, basicamente o minério bruto, sem qualquer tipo de beneficiamento), tiveram aumento de +5,3%.
Com o crescimento do volume de produção de cobre, suas vendas também aumentaram, em +1,9%. Por fim, as vendas de níquel foram +3,8% maiores no trimestre (crescimento menor que sua produção, gerando estoque para o 4T24).
Expectativas para o 3T24 da Vale
O preço de finos de minério de ferro (grande parte das vendas da Vale) foi US$ 14,5/t menor na comparação anual (-13,8%) e US$ 7,6/t menor na comparação trimestral (-7,7%). Vale destacar que o preço de referência teve baixa de US$ 12/t no período (tri a tri).
A queda menor em relação ao preço internacional é justificada pelo melhor portfólio de produtos da Vale, que permite um preço melhor que a média do mercado.
Já o preço do cobre registrou alta de +16,6% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o preço no níquel operou na ponta contrária, em queda de -19,9%.
Assim, mesmo com menores preços realizados em seus principais produtos, o crescimento de suas vendas tende a trazer uma certa estabilidade para os resultados da Vale no 3T24. O mercado projeta alta de +6% para sua receita no período.
É válido destacar que a Vale divulgará seus resultados do 3T24 na próxima quinta-feira, 24.
VALE3 pagará mais dividendos?
Com boa visibilidade de continuar entregando resultados sólidos e resilientes (mesmo em um cenário ainda desafiador para a demanda e o preço do minério de ferro), a tendência é que a Vale mantenha seus bons pagamentos de dividendos daqui para frente.
A companhia utiliza uma parcela considerável de sua geração de caixa na distribuição de dividendos e em programas de recompra (outra forma de “provento”).
Sua política de proventos atual determina uma distribuição mínima de 30% de seu Ebitda ajustado menos investimento corrente. Os pagamentos anuais são divididos em duas parcelas, sendo uma em março e a outra em setembro.
Considerando os pagamentos dos últimos 12 meses, seu dividend yield atual está em 11,7% e, para os próximos anos, o mercado projeta rendimentos próximos a dois dígitos — bem acima do que consideramos como um “mínimo aceitável” (em torno de 6%).
Qual o futuro das ações da Vale?
Além do elevado rendimento via proventos, as ações da Vale ainda negociam por uma assimetria (relação preço x resultado) extremamente favorável.
Atualmente, a companhia negocia a um múltiplo P/L de menos de 6x e um EV/Ebitda de apenas 3x — ou seja, menos da metade do que a Bolsa brasileira negocia historicamente.
Assim, comprar VALE3 no preço atual pode não somente proporcionar bons retornos de dividendos como potenciais ganhos de capital futuros.
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