Vale anuncia novo CEO e ações sobem forte na B3. Entenda o porquê
A Vale (VALE3) pôs um fim às especulações e anunciou seu novo CEO. Mesmo com uma lista de 15 executivos de outras empresas para assumir o cargo, o conselho da companhia optou por um nome interno e elegeu, por unanimidade, o atual CFO, Gustavo Pimenta.
O anúncio do nome de Gustavo Pimenta elimina os riscos e incertezas sobre uma possível intervenção do atual governo em seu comando.
O mercado gostou do novo CEO da Vale?
Com o anúncio antecipado (estava previsto para dezembro deste ano), as ações da mineradora encerraram o pregão de terça-feira, 27, em alta de +3%, cotadas a R$ 59,80.
O escolhido para ocupar o cargo mais importante de uma das maiores mineradoras do mundo é Gustavo Pimenta, atual CFO da companhia.
O nome foge da lista de potenciais candidatos, anunciada em julho.
Entre eles, estavam executivos de elevado histórico de atuação em mineradoras (como BHP e Anglo American), além de empresas de outros setores, como energia (Equatorial e Engie) e petróleo (Petrobras).
Assim como os nomes listados, Gustavo Pimenta também possui vasta experiência em setores financeiro e de energia, além, obviamente, de ter pleno conhecimento sobre as finanças e operações da Vale.
Com isso, foi eleito de forma unânime pelo Conselho da companhia.
Lula critica gestão da Vale
No fim das contas, o que o mercado — de fato — gostou foi que o novo CEO da Vale não foi indicado pelo governo, afastando qualquer tipo de risco sobre possíveis intervenções no comando da companhia.
A decisão desagradou o atual presidente da República, que, segundo fontes, pretendia indicar o ex-ministro Guido Mantega para o cargo.
Vale deixa fator de risco para trás
Ainda que a Vale tenha sido privatizada há mais de 25 anos, o governo ainda acreditava que poderia ter algum tipo de influência em sua gestão.
Mesmo sendo baixo, o risco ainda acabava sendo precificado nas ações da mineradora, ainda mais em meio às pressões e críticas do governo aos processos recentes de privatização, como Eletrobras e Sabesp.
Assim, sem o “risco Mantega”, o mercado voltou a precificar a VALE3 de forma mais adequada.
Os desafios do novo CEO da Vale
Entretanto, apesar de um nome favorável, nem tudo são flores para a empresa.
Em meio às dúvidas relacionadas à economia chinesa e ao minério de ferro (que atingiu seus menores patamares em 12 meses), a Vale e seu novo CEO terão desafios pela frente.
Para compensar as incertezas, a companhia precisará continuar focando na expansão de volume — não só de minério de ferro, como também de metais de transição energética (a meta é triplicar sua produção atual de cobre).
Vale lembrar que, para 2026, o objetivo é atingir entre 340 a 360 milhões de toneladas de minério de ferro (+6% a +12% em menos de três anos).
Além do crescimento de produção, Pimenta também precisará manter (ou até mesmo aprimorar) o plano de aumento de produtividade e eficiência, comandado pelo atual CEO, Eduardo Bartolomeu.
Nos últimos anos, a companhia vem conseguindo controlar seus custos e entregar boas margens, apesar dos ciclos de sua principal commodity. Além disso, a Vale vem apresentando forte geração de caixa e reduzindo sua alavancagem.
Por fim, no comando do novo CEO, a empresa também terá que assegurar seus níveis de segurança controlados e continuar reduzindo o número de barragens em estágios críticos para evitar novas tragédias, como Mariana e Brumadinho.
O que esperar dos dividendos da Vale (VALE3)?
Apesar dos desafios, a Vale apresenta boas oportunidades. Ainda que precise continuar investindo nos próximos anos (o que também vai gerar incremento de resultados), o novo CEO da companhia não deverá alterar sua política de dividendos, ainda mais com os atuais níveis de dívida controlados.
Além disso, mesmo com as incertezas relacionadas ao minério de ferro, a Vale vem mostrando números trimestrais resilientes.
É importante lembrar que a política de dividendos da mineradora determina uma distribuição mínima de 30% de seu Ebitda ajustado menos investimento corrente, com pagamentos anuais divididos em duas parcelas (uma em março e outra em setembro).
Com isso, a Vale deverá continuar remunerando seus acionistas acima da média do mercado, com um dividend yield de, ao menos, 8% daqui para frente.
Além do elevado rendimento via proventos, a queda de cerca de -25% no ano (seguindo o movimento do minério de ferro), fez com que as ações da empresa ainda negociassem por uma assimetria extremamente favorável.
Atualmente, a companhia negocia a um múltiplo P/L de apenas 6x e um EV/Ebitda de 3,5x — ou seja, menos da metade do que a Bolsa brasileira negocia historicamente (15x lucros e 9x Ebitda).
Assim, comprar VALE3 no preço atual pode não somente proporcionar bons retornos de dividendos como potenciais ganhos de capital futuros.
VALE3: preço-teto e recomendação
Portanto, considerando todos os pontos mencionados acima, enxergamos um momento muito favorável para comprar as ações da Vale.
Minha recomendação é que compre VALE3 até o preço-teto de R$ 71,00.
Até esse preço, temos uma boa margem de segurança para aproveitarmos uma possível recuperação das ações e, principalmente, para recebermos um rendimento altamente satisfatório dos dividendos pagos pela companhia ao longo dos próximos anos.
Acesse outras 8 ações que pagam bons dividendos
A Vale é uma empresa de qualidade, com tese comprovada, que gera caixa e paga dividendos “gordos” —– somente nos últimos 12 meses, a Vale pagou mais de R$ 7,00 por ação aos seus investidores.
A boa notícia é que temos outras 8 ações que vem acumulando altas de +80%, +90% e até mais de +130% desde a criação do Nord Dividendos.
Assim, as empresas recomendadas contribuíram para uma alta de +82% do nosso portfólio desde 2019 (ante +58% do Ibovespa).
Contudo, engana-se quem pensa que vamos entrar em uma zona de conforto e “sentar” em cima da performance positiva atual.
Na verdade, estamos constantemente em busca de novas oportunidades para melhorar cada vez mais o nosso desempenho e trazer o retorno que nossos assinantes merecem, sempre respeitando nosso mandato de recomendar boas pagadoras de dividendos.
Recentemente (19 de julho), recomendamos a compra de uma companhia, cujas ações já sobem cerca de +35% desde então e que segue com um dividend yield de 8%.
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