Usiminas (USIM5) reverte prejuízo e registra lucro líquido de R$ 337 milhões
Margem Ebitda cresce 3 p.p. no trimestre, com forte recuperação do lucro líquido; veja se é hora de investir

No primeiro trimestre de 2025, a Usiminas (USIM5) apresentou resultados consistentes, com destaque para a melhora da margem Ebitda. A receita líquida consolidada somou R$ 6,86 bilhões, representando um crescimento de +10% em relação ao mesmo período de 2024.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 733 milhões (o maior dos últimos oito trimestres), um avanço de +76% na comparação anual, impulsionado pela melhora no mix de produtos e nos preços médios praticados. A margem Ebitda consolidada subiu de 7% para 11% no período.
O lucro líquido foi de R$ 337 milhões, revertendo o prejuízo de R$ -117 milhões registrado no trimestre anterior e superando em +845% os R$ 36 milhões de lucro do 1T24.
Mineração segura margem de 22%
A unidade de siderurgia teve papel central nesse desempenho, com Ebitda de R$ 528 milhões e margem de 9%, um avanço de 3 pontos percentuais em relação ao 4T24. Já a mineração contribuiu com R$ 206 milhões em Ebitda e margem de 22%, levemente superior ao trimestre anterior.
Apesar do bom desempenho operacional, a receita líquida apresentou crescimento modesto em base trimestral, influenciada por uma redução nos volumes exportados tanto de aço quanto de minério.
No que diz respeito à posição financeira, a companhia manteve indicadores saudáveis. O caixa totalizou R$ 6,56 bilhões, enquanto a dívida bruta foi de R$ 7,93 bilhões. A dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 1,37 bilhão, resultando em um índice dívida líquida/Ebitda de 0,71x, frente a 0,58x no 4T24.
A alavancagem, portanto, segue em patamar confortável, mesmo com o aumento da dívida bruta.
O que esperar da Usiminas após lucro no 1º trimestre?
A Usiminas não divulgou guidance financeiro para o exercício de 2025 até o momento. Entretanto, mantém alguns projetos em andamento, como a nova planta de injeção de carvão pulverizado (PCI), prevista para 2025, e a reforma da Coqueria #2, com conclusão estimada entre 2024 e 2026.
A leitura geral dos resultados do 1T25 indica uma retomada da performance operacional, com recuperação das margens e retomada do lucro. Os principais riscos permanecem associados à elevada dependência do mercado doméstico, à volatilidade dos preços de minério de ferro no mercado internacional e à execução dos investimentos industriais em curso.
No momento, não temos recomendação de compra para as ações da Usiminas (USIM5).

