3 títulos de renda fixa para investir em 2024
Veja 3 títulos que pagam 1% ao mês; um deles ainda é isento de IR
A renda fixa deve continuar apresentando um bom desempenho no próximo ano. A preferência continua sendo por ativos indexados pelo IPCA+, entretanto, é necessário cautela na alocação.
Entenda os rumos da renda fixa no próximo ano
O IPCA de novembro ficou em 0,28%, praticamente em linha com as expectativas do mercado de 0,29%, permitindo abertura dos juros em queda. A média dos núcleos continua abaixo da média histórica em 0,18%, bem como serviços subjacentes em 0,27%.
Com essa queda da inflação maior do que o esperado no curto prazo, a Selic projetada para os próximos meses está em 9,25% para 2024 e 8,50% para 2025 e 2026.
Para o Copom desta quarta-feira, 13, as expectativas são de mais uma redução de 0,50 ponto percentual, levando a Selic a 11,75% ao final de 2023.
Tendo em vista esse cenário, mantemos nossa recomendação de compra para títulos atrelados à inflação, que se beneficiam do corte de juros no país e do fim de novas altas de juros nos Estados Unidos.
Títulos de renda fixa para investir em 2024
Veja as recomendações de investimento em títulos IPCA+ para o ano de 2024.
1. Tesouro Direto IPCA+ 2035
O Tesouro IPCA+ é um título que tem sua rentabilidade vinculada à inflação (IPCA) mais uma taxa de juros fixa. O meu preferido é o Tesouro IPCA+2035 + 5,57%.
Ideal para quem busca proteger seu dinheiro da inflação e deseja um retorno real ao longo do tempo.
Esse título público pode ser adquirido no site do Tesouro Direto ou em plataformas de investimento, no entanto, vale ficar atento na hora da compra por meio de corretoras.
Quando a compra de um título é feita por uma corretora, ou seja, "Tesouro Indireto", pode haver aplicação de spreads nas taxas. É por meio dessa diferença que as corretoras ganham dinheiro quando oferecem esse tipo de investimento aos investidores de varejo.
Por exemplo, um IPCA+ 2035 está sendo negociado na plataforma do Tesouro Direto a 5,57% e a corretora te vende com retorno de 5%, ficando com a diferença.
Nesse sentido, tenha cuidado ao comprar títulos mais longos em instituições financeiras. Antes de realizar a compra, sempre confira a taxa justa de mercado no site do Tesouro Direto.
2. ETF do Itaú IMAB11
O IMAB11 é o ETF de renda fixa do Itaú, que acompanha a rentabilidade de um índice teórico composto por títulos públicos (NTN-Bs) atrelados à inflação de curto, médio e longo prazo.
O peso de cada título no índice IMA-B é definido pelo volume de cada ativo disponível no mercado.
A vantagem de investir via IMAB11 é que com uma aplicação você tem acesso a todos os títulos públicos do índice e não precisa se preocupar com rebalanceamento de carteira ou em reinvestir os cupons.
Vale lembrar que esse fundo é sujeito a tributação, com alíquota de 15% independente do prazo investido. O IR é retido na fonte no momento da venda, sobre o ganho de capital. Não há incidência de IOF e come-cotas. A taxa de administração é de 0,25% ao ano.
3. CRA Vamos 2030 IPCA + 7%
O CRA Vamos 2030 IPCA + 7% é um ativo de renda fixa de crédito privado. Por serem emitidos por empresas, esses títulos pagam uma taxa acima da taxa dos títulos públicos; isso ocorre por conta do maior risco ao comparar as empresas com o governo, o chamado spread de crédito.
A taxa de IPCA+7%, isenta de imposto de renda, é uma taxa encontrada raramente na história brasileira e que pode se beneficiar com as quedas de juros esperadas para o próximo ano ao permitir ganhos com a marcação a mercado.
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