Tesouro Direto 2024: mudanças nos limites de investimento e novidade do Gift Card B3 começam a valer
Descubra as novas regras do Tesouro Direto que eliminam o valor mínimo de R$ 30 e aumentam o teto de aportes para R$ 2 milhões. Saiba também sobre o lançamento do Gift Card B3, que permitirá presentear com títulos públicos
O Tesouro Direto, uma das principais plataformas de investimento em títulos públicos federais, anunciou mudanças significativas para investidores em 2024. A partir do dia 18 de novembro, novas regras vão alterar os limites mínimo e máximo para investimentos, além de trazer uma novidade que promete movimentar o mercado: o Gift Card B3, uma forma inovadora de presentear terceiros com créditos convertíveis em títulos públicos.
Essas atualizações visam democratizar ainda mais o acesso ao Tesouro Direto, facilitando investimentos de menor valor e ampliando as possibilidades para investidores de alta renda. A seguir, explicamos em detalhes o que muda e como essas alterações impactam diferentes perfis de investidores.
Tesouro Direto: o que muda com o novo valor mínimo de investimento?
Atualmente, para investir no Tesouro Direto, o valor mínimo é de R$ 30. Com as novas regras que entrarão em vigor em novembro de 2024, esse limite deixará de existir. Em vez disso, será possível investir a partir de 1% do valor de um título. Na prática, isso significa que mesmo pequenas quantias poderão ser aplicadas, tornando o investimento mais acessível para iniciantes ou pessoas que queiram aplicar pequenas somas.
Como ficarão os investimentos em Tesouro Direto?
Por exemplo, considerando os preços dos títulos em outubro de 2024, o Tesouro Prefixado 2027 estava sendo vendido por R$ 773,47. Com a nova regra, a fração mínima de investimento seria de 0,01 título, o que permitiria aplicar a partir de R$ 7,73 nesse título específico. Isso abre uma janela de oportunidade para quem deseja começar a investir com valores reduzidos, proporcionando mais flexibilidade na hora de montar uma carteira de investimentos.
Outro exemplo é o Tesouro Renda+ 2065, cujo valor unitário era de R$ 207,46. Com as novas regras, a aplicação mínima cairia de R$ 31,11 para apenas R$ 2,07, tornando esse título ainda mais acessível a pequenos investidores.
Essa mudança no limite mínimo tem o objetivo de facilitar a entrada de novos investidores no mercado de renda fixa, especialmente aqueles que buscam segurança e retorno garantido, mas que antes eram impedidos pelo valor mínimo elevado. Com isso, o Tesouro Direto se torna uma opção mais inclusiva para pequenos investidores.
Novo valor máximo: teto de investimento sobe para R$ 2 milhões por mês
Além da eliminação do limite mínimo, o Tesouro Direto também alterará o valor máximo que um investidor pode aplicar em títulos públicos por mês. Atualmente, esse teto é de R$ 1 milhão por CPF. Com a nova regra, esse valor será duplicado, passando a ser de R$ 2 milhões por mês. Vale destacar que esse limite considera o total de todos os títulos comprados pelo investidor ao longo do mês e não cada título individualmente.
Essa ampliação do teto é particularmente interessante para investidores de alta renda que desejam fazer grandes aportes em títulos públicos. Além disso, a mudança também beneficia quem já possui títulos adquiridos antes da nova regra. Nos meses de vencimento ou pagamento de juros, esses valores poderão ser reinvestidos, o que significa que os rendimentos recebidos não contam dentro do limite dos R$ 2 milhões. Portanto, o investidor poderá reinvestir sem se preocupar com o teto, utilizando os valores resgatados mais os novos aportes.
Essa mudança no teto mensal oferece mais flexibilidade para investidores de maior porte e permite uma melhor gestão de grandes carteiras de títulos públicos, especialmente para aqueles que usam o Tesouro Direto como uma estratégia de diversificação de patrimônio.
Como vai funcionar o Gift Card B3?
Uma das grandes novidades anunciadas pela B3 em parceria com o Tesouro Nacional é o lançamento do Gift Card B3, previsto para o final de 2024. Esse cartão-presente digital permitirá que uma pessoa presenteie outra com créditos que podem ser convertidos em títulos públicos federais.
A plataforma do Gift Card B3 funcionará de maneira simples: o valor adquirido no cartão será mantido em custódia pela B3 até que o beneficiário faça o resgate, momento em que o montante será convertido em títulos públicos do Tesouro Direto em nome da pessoa presenteada.
Essa inovação visa popularizar ainda mais os investimentos em renda fixa, além de ser uma forma interessante de promover a educação financeira, especialmente entre jovens e familiares. O Gift Card B3 poderá ser utilizado para todos os títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto, como o Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado, oferecendo uma gama variada de opções de acordo com o perfil e a estratégia de cada investidor.
Como essas mudanças impactam os investidores?
As novas regras do Tesouro Direto afetam diretamente todos os perfis de investidores. Pequenos aplicadores, que antes poderiam ser barrados pelo valor mínimo de R$ 30, agora terão mais liberdade para fazer aportes com quantias menores. Essa mudança é particularmente benéfica para quem está começando a investir ou deseja testar o mercado de títulos públicos sem comprometer grandes quantias.
Já para os investidores de maior porte, o aumento do teto de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões mensais oferece maior liberdade para diversificar os investimentos e aumentar suas exposições em títulos públicos, que são considerados investimentos de baixo risco, ideais para diversificação de patrimônio.
O Gift Card B3 é uma adição criativa ao portfólio do Tesouro Direto, oferecendo uma forma inovadora de promover os investimentos entre familiares, amigos e até mesmo em contextos corporativos. Ele também reforça a missão do Tesouro Nacional de popularizar os títulos públicos e fomentar uma cultura de investimento e planejamento financeiro no Brasil.