Taxa de juros nos EUA e cripto: o que tem a ver?

A política monetária dos EUA afeta os criptoativos. Se não agora, no médio prazo com certeza.

Luiz Pedro Andrade de Oliveira 19/03/2022 12:00 5 min
Taxa de juros nos EUA e cripto: o que tem a ver?

Olá, pessoal! Eu sou o Luiz Pedro, responsável pelo Nord Crypto Master, a carteira de criptoativos da Nord.

Hoje quero trazer para vocês uma visão de como a política monetária do Federal Reserve – Banco Central dos EUA – pode afetar o mercado de criptoativos. Vou falar os porquês disso e como devemos proceder diante dos impactos que isso pode causar a longo prazo.

FED + Taxa de Juros altas = Oportunidade para nós

O mercado de cripto vive de teses.

Acredito que todos os mercados são assim, mas o único que posso afirmar, com toda certeza, por vivê-lo diariamente, é o de cripto.

A principal tese que rege o mercado hoje é a do Bitcoin como reserva de valor. Se ele é ou não uma reserva de valor, essa é outra questão.

Na minha humilde opinião, o Bitcoin tem todos os pré-requisitos para sê-lo. Mas ainda não é, pela sua volatilidade que está ligada à sua baixa capitalização. Se compararmos com o que temos hoje como principal reserva de valor, que é o Ouro, o Bitcoin tem uma capitalização aproximadamente 15 vezes menor.

É claro que levou centenas de anos para o ouro se consolidar em tal posto e ter um market cap aproximado de 14 trilhões de dólares. Mas isso não impede que o Bitcoin, por oferecer maiores facilidades, chegue lá.

Fato é que, hoje, essa tese de reserva de valor vive no consciente coletivo.

Em que momentos se faz necessária uma reserva de valor?

Grosso modo, os momentos ideais para pesar a alocação em ativos como ouro e, quem sabe, Bitcoin, são durante períodos de crise global ou períodos de alta inflação local.

Estamos em um cenário de possível crise geopolítica, e os EUA estão em seu período de maior inflação desde Breton Woods, nos anos 70.

“Então quer dizer que agora é o melhor momento da vida pra comprar ouro e Bitcoin?”

Por mais contraditório que soe, a resposta é não.

Primeiro que o “vai, não vai” do acordo entre Rússia, Ucrânia e os órgãos envolvidos gera incerteza. E nada é mais nocivo para um ativo de renda variável do que a incerteza.  Além disso, o componente de risco do Bitcoin, que é a volatilidade alta, ainda traz receios para a sua adoção.

Em segundo lugar (na minha opinião, o fator mais importante), nesta semana, tivemos o primeiro aumento na taxa de juros americana em 2 anos. Esse foi o primeiro movimento, ainda que muito singelo, com um aumento de 0,25 por cento na taxa de juros, foi apenas o primeiro de um ciclo que, pelas expectativas do mercado, será de sete aumentos em 2022, elevando, assim, a taxa para 2 por cento ao ano.

No entanto, quem escolhe o viés mais realista acredita que os aumentos não pararão por aí. Um ciclo de juros mais altos e mais alongado pode ser um catalisador para um período mais longo com os preços dos criptoativos em baixa. Explico o porquê.

Primeiro porque esse ciclo mais longo deve reduzir a inflação que, em menor medida, é prejudicial para o racional das reservas de valor. O dólar deve ganhar força, o ouro deve cair e o Bitcoin, por esse viés, perde atratividade também.

Mas o principal fator não é esse. O Bitcoin e os criptoativos são vistos pelo mercado como ativos de risco, ou seja, de renda variável e com alta volatilidade intrínseca. Um cenário de juros altos gera um desincentivo ao risco para o investidor.

Se ele tem em um ativo extremamente seguro (bonds americanas) uma rentabilidade satisfatória, não tem porque ele expor grande parte do seu capital ao risco, certo?

Esse racional é mais preocupante quando se trata dos Estados Unidos, por serem a principal economia mundial, e isso inclui o mercado de criptoativos. Hoje, cerca de 16 por cento dos investidores americanos têm Bitcoin e/ou criptoativos em sua carteira. O crescimento dessa adoção nos últimos anos trouxe uma correlação grande entre o preço do Bitcoin e os índices de bolsas americanas, como S&P500 e Nasdaq. Isso prova a relevância do mercado americano no preço e a classificação dos criptoativos por esses índices na caixa de “ativos de risco”.

Tá bom, Luiz! Entendi que os juros altos são ruins pra cripto e que esse ciclo vai ser longo. É o fim do Bitcoin e das criptos então?”

Muito pelo contrário! É o surgimento de uma excelente oportunidade para quem tem paciência, visão de longo prazo e senso crítico dentro da sua cesta de ativos.

Na minha opinião, estamos no começo de um ciclo que pode mudar a vida de muitas pessoas no quesito financeiro. É fácil rentabilizar com segurança no curto prazo. Quem segue a Marilia Fontes, analista de Renda Fixa aqui da Nord, já está fazendo isso.

Nos mercados de renda variável, é um excelente momento para você colher os melhores ativos a preços baixos. Se você tiver consistência nos aportes, analisar criteriosamente os ativos e tiver paciência, você vai poder colher grandes resultados.

É isto o que eu estou fazendo: colhendo, aos poucos, bons criptoativos, a preços cada vez melhores. No longo prazo, é grande a chance de eu ser premiado. Não só eu, como todos que assinam o Nord Crypto Master. Se você quiser entender qual está sendo a nossa estratégia, vou te apresentar esta oportunidade: 30 dias grátis, sem compromisso. Espero você do outro lado!

Um abraço,

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