Securitização: o que é, ativos relacionados e mais

Entenda o que é securitização, como ela funciona e quais são seus principais benefícios e riscos.

Nord Research 29/07/2024 16:06 5 min
Securitização: o que é, ativos relacionados e mais

Entender o que é securitização e como esse conceito funciona pode ajudar a diversificar a carteira de investimentos e melhorar taxas de rentabilidade. Saiba mais!

O processo de securitização transforma ativos financeiros, como recebíveis e dívidas, em títulos negociáveis, promovendo liquidez, diversificação de investimentos e acesso a capital. Esses benefícios são importantes tanto para empresas quanto para os investidores.

No mercado financeiro, é muito comum encontrar diversas ferramentas e estratégias para viabilizar investimentos por todos os tipos de perfis, desde o moderado até o mais arrojado. A securitização é um desses mecanismos, sendo utilizado por inúmeras empresas como uma solução financeira.

Neste artigo, explicaremos mais sobre o que é securitização, como funciona, seus benefícios e riscos. Para saber mais, continue a leitura!

Qual o conceito de securitização?

Trata-se de um termo utilizado para denominar um processo de negociação de dívidas de empréstimos ou demais contas em aberto. Em suma, isso acontece quando ativos financeiros, como linhas de crédito e recebíveis, são convertidos em títulos negociáveis no mercado financeiro.

Vale destacar que esse processo envolve a emissão de títulos garantidos nos fluxos de pagamento originados pelos ativos fundamentais. Dessa forma, para simplificar, podemos dizer que a securitização transforma ativos ilíquidos em títulos que podem ser comprados e vendidos no mercado.

Como funciona a securitização?

Nessa etapa, é essencial entender como a securitização funciona. Seu processo se dá por meio de três componentes primordiais:

  • Cedente: representando o credor, que é a companhia detentora das contas a receber.
  • Securitizadora: é uma instituição responsável por fazer com que as contas a receber se tornem títulos, com a possibilidade de serem negociados no mercado de capitais.
  • Investidor: aquele que adquire essas dívidas na forma de títulos, assumindo os riscos associados em troca de rendimentos.

Em resumo, esse tipo de empresa atua como uma intermediária na operação que acontece entre o cedente e o investidor. Sua responsabilidade é converter as dívidas em ativos, que são emitidos como títulos ou valores imobiliários.

Para os investidores, esse tipo de operação serve com o intuito de obter uma rentabilidade mais alta. Isso acontece porque se trata de uma negociação com natureza mais arriscada, uma vez que envolve a aquisição de dívidas associadas à possível inadimplência. 

Portanto, ao investir nesses ativos, é necessário avaliar a situação financeira da empresa cedente e os riscos da operação. 

O que pode ser securitizado?

É preciso ressaltar que diversos tipos de dívidas podem ser securitizados, incluindo:

  • Financiamentos;
  • Aluguéis;
  • Contratos;
  • Empréstimos;
  • Entre outros. 

Dessa forma, essas obrigações financeiras são convertidas em ativos negociáveis por meio de uma securitizadora, permitindo que investidores adquiram títulos garantidos nessas dívidas.

O mercado de securitização abrange uma ampla gama de setores, incluindo comércio, imobiliário, serviços financeiros e outros.

Benefícios da securitização

A securitização oferece várias vantagens. Confira algumas das principais:

  • Maior liquidez: ela transforma ativos ilíquidos, como empréstimos e recebíveis, em títulos negociáveis, proporcionando liquidez maior ao cedente.
  • Melhores taxas de rentabilidade: outra grande vantagem é que os investidores podem estudar e assim procurar as taxas mais atrativas de rentabilidade;
  • Diversificação de riscos: a securitização permite a distribuição dos riscos associados aos ativos entre os investidores, reduzindo a exposição de uma única entidade.

Riscos da securitização

Embora a securitização ofereça benefícios, também envolve desafios e riscos. Por isso, veja abaixo alguns deles:

  • Risco de crédito: essa é uma operação em que existe a possibilidade de inadimplência por parte dos devedores originais, podendo afetar negativamente o desempenho dos títulos securitizados;
  • Oscilações do mercado: a capacidade de vender os títulos no mercado pode ser afetada em condições de mercado adversas, trazendo dificuldades para os investidores na hora de se desfazer de seus ativos;
  • Variação nos preços: as condições do mercado financeiro, como variações nas taxas de juros, podem impactar o valor dos títulos securitizados.

Quais os produtos financeiros resultados de securitização?

Os produtos financeiros obtidos pelo processo de securitização são os Certificados de Recebíveis (CRI), Debêntures e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). 

Veja um pouco mais sobre cada um deles e suas principais características:

Certificados de Recebíveis (CRI)

Os CRIs representam títulos de crédito garantidos em recebíveis imobiliários, como pagamentos de aluguéis, financiamentos imobiliários ou outros direitos creditórios vinculados ao setor.

Sua emissão ocorre por meio das securitizadoras, podendo ser adquiridos por investidores com interesse em financiar o mercado imobiliário. Geralmente, estes ativos possuem garantias associadas aos imóveis ou recebíveis importantes.

Debêntures

Já as debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas com o intuito de captar recursos no mercado financeiro. Em alguns casos, companhias podem realizar securitização ao garantir debêntures em ativos específicos.

Em suma, as empresas podem fazer a emissão desses ativos para levantar capital. Em contrapartida, os investidores recebem juros de maneira periódica, além do pagamento principal em seu vencimento.

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Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)

Os FIDCs são fundos de investimento que têm como objetivo a aquisição de direitos creditórios, como duplicatas, cheques, contratos de empréstimo, entre outros. Sua emissão acontece também por meio de securitizadoras, que são responsáveis por organizar os direitos de crédito em um portfólio.

Dessa forma, a garantia do FIDC está nos direitos creditórios que compõem a sua carteira.

Em resumo, esses produtos financeiros representam diferentes formas de securitização, permitindo que empresas acessem financiamento por meio da transformação de ativos em títulos negociáveis no mercado.

Por sua vez, os investidores têm a oportunidade de buscar uma diversificação de sua carteira. Isso acontece porque esses títulos contam com vantagens, riscos e características muito específicas, que sempre devem ser analisadas antes de se investir.

Resumindo

O que é securitização de ativos?

A securitização permite que companhias utilizem suas dívidas como um tipo de produto financeiro. Dessa forma, as empresas podem contar com o recebimento antecipado de recursos, que serão usados para o financiamento de projetos. E os investidores recebem acesso a um ativo padronizado, que pode ser negociado no mercado.

Quais são os tipos de securitização?

Existem diversos tipos de securitização, dentre eles estão: créditos financeiros, ativos empresariais, imobiliários, agronegócio, e muitos outros.

O que são as operações de securitização e como funcionam?

Trata-se de um processo em que uma dívida é transformada em ativos, que são comercializados a investidores. Seus ganhos acontecem no momento em que é feita a quitação.

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