SBSP3 fecha em queda após novidades sobre privatização da Sabesp
As ações ordinárias da Sabesp (SBSP3) despencaram no Ibovespa na terça-feira, 1º, liderando as quedas do índice, com o mercado repercutindo a notícia de que a privatização da empresa paulista será feita por meio de uma oferta pública subsequente de ações (follow-on).
As ações ordinárias da Sabesp caíram -4,1% e encerraram o dia cotadas a R$ 55,7.
Basicamente, até a concretização de todo o processo de privatização, ainda é de se esperar bastante volatilidade, uma vez que podemos contar com manifestações de sindicatos contrárias à privatização, que certamente trará ganhos no sentido de incremento de clientes, resultados e dividendos.
R$ 66 bilhões em investimentos
O modelo proposto pelo Estado de São Paulo prevê investimentos de R$ 66 bilhões até 2029, o que representa R$ 10 bilhões a mais em relação ao atual plano de investimentos da Sabesp, e uma antecipação da universalização de 2033 para 2029, apurou o Valor.
Nova estrutura de governança
O Governo do Estado de São Paulo seguirá acionista da Sabesp mesmo após a privatização, mas a fatia ainda será definida, segundo o governador Tarcísio de Freitas.
“O Estado não vai sair completamente da empresa, apenas do controle. Seguirá com participação minoritária, acompanhando o crescimento da empresa”, afirmou o governador.
O formato ainda conta com a possibilidade de um acionista de referência, ou seja, um modelo mais flexível do que o da Eletrobras (ELET6), que pulverizou o capital.
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Vantagens da privatização da Sabesp
De acordo com o comunicado, a privatização da Sabesp possibilitaria a redução de tarifas, antecipação de investimentos e potencial universalização dos serviços até 2029, quatro anos antes do prazo máximo estabelecido pelo marco legal do saneamento básico.
Vemos a notícia como positiva diante da expectativa de melhora no lado operacional, impulsionando resultados e destravando valor para a companhia. Aliás, não só para a empresa, mas também para a sociedade.
Em resumo, a privatização vai permitir um aumento dos investimentos, otimização dos processos, redução de custos e melhor uso dos recursos em diversas áreas, tais como a de reuso de água, universalização, ligações, coleta e tratamento de esgoto e, dessa forma, reduziria a tarifa de água, tornando-a mais acessível.
No setor de Utilities, temos preferência pela ISA Cteep (TRPL4).
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