São Paulo prepara fundo de investimentos para levantar R$ 240 milhões
FIDC do tricolor será administrado pela gestora Galapagos; Operação colocará limites de gastos e novas dívidas
O São Paulo Futebol Clube aprovou a criação de um fundo de investimento como uma estratégia para captar R$ 240 milhões. A iniciativa foi votada e aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube nesta terça-feira, dia 1º de outubro de 2024.
Entenda o fundo de investimentos do São Paulo
O fundo de investimento do São Paulo tem o objetivo de melhorar a situação financeira do clube e oferecerá cotas que investidores poderão adquirir, viabilizando a entrada de recursos externos.
O modelo de captação envolve a criação de um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) administrado pela gestora Galapagos, que permitirá ao São Paulo antecipar receitas futuras, como as provenientes de contratos de televisão, patrocínios e vendas de jogadores.
O montante captado será utilizado para sanar dívidas e equilibrar o fluxo de caixa do clube. O clube estipulou que o valor inicial será arrecadado em aproximadamente 30 dias após o lançamento oficial do fundo.
Essa estratégia marca uma nova fase nas tentativas do São Paulo de recuperar sua saúde financeira, já que o clube acumula problemas de caixa e altos níveis de endividamento nos últimos anos.
Como vai funcionar o FIDC são-paulino?
No FIDC são-paulino o clube pegará o dinheiro emprestado com terceiros, mediante taxas de juros e garantias de pagamento. Haverá um prazo de quatro anos e meio para pagar, com vencimento em dezembro de 2028. As garantias oferecidas pelo tricolor são variadas:
- (i) contratos de patrocínio;
- (ii) direito de uso de espaços;
- (iii) licenciamentos;
- (iv) direitos de transmissão;
- (v) programa de sócio-torcedor;
- (vi) vendas de jogadores.
Qual a dívida do SPFC hoje?
A dívida líquida total do tricolor era de R$ 856 milhões ao término de 2023, com uma alavancagem em 7,4x.
Clubes de futebol no mercado de capitais
Além do São Paulo, o Atlético-MG abriu a captação de R$ 105 milhões no mercado financeiro por meio da emissão de debêntures na Comissão de Valores (CVM). Os recursos serão usados pelo galo para quitar as dívidas atuais e alongar o perfil da dívida.
