Ritmo de concentração de renda aumenta, aponta relatório Oxfam
O relatório mais recente da Oxfam, divulgado antes do Fórum Econômico de Davos 2025, apresenta um panorama sobre a distribuição de riqueza no mundo. Os dados destacam o crescimento acelerado de fortunas e os desafios enfrentados para promover um equilíbrio econômico. Confira as principais conclusões do documento e as iniciativas sugeridas para um cenário mais sustentável.
Aceleração no crescimento das fortunas
Em 2024, 204 novos bilionários foram registrados globalmente, com a riqueza dos mais ricos crescendo a um ritmo significativo. Segundo a Oxfam, o aumento foi três vezes superior ao registrado no ano anterior. No total, os 2.900 bilionários acumulavam, em média, US$ 2 milhões por dia, enquanto os dez mais ricos adicionaram US$ 100 milhões diários às suas fortunas.
Quem são os mais ricos e como suas fortunas crescem?
A lista da Forbes de 2025 destaca o domínio do setor tecnológico no acúmulo de riquezas.
Além de Musk, Jeff Bezos (Amazon), Larry Ellison (Oracle) e Mark Zuckerberg (Meta) figuram entre os 10 mais ricos, cujas fortunas são impulsionadas por inovações em inteligência artificial e pela expansão das plataformas digitais.
Bernard Arnault, do setor de bens de luxo, e Warren Buffett, com investimentos diversificados, também estão entre os maiores acumuladores de capital, refletindo o papel estratégico de diferentes setores econômicos no cenário global.
Panorama econômico global
Apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global, que alcançou US$ 106,7 trilhões em 2023, as diferenças entre os países e regiões permanecem evidentes. Em países como o Brasil, menos de 100 indivíduos controlam ativos no valor de R$ 146 bilhões, evidenciando a concentração de riqueza em setores específicos.
Propostas para uma economia mais equilibrada
O relatório da Oxfam propõe ações estratégicas para fomentar uma economia mais inclusiva e sustentável:
- definir metas claras para um equilíbrio econômico global e nacional;
- revisar sistemas tributários;
- promover parcerias econômicas entre países em desenvolvimento, fortalecendo a cooperação e a independência financeira;
- reavaliar práticas financeiras internacionais, como o gerenciamento de dívidas externas.