Resolução CVM 179: entenda o que muda para o investidor

Saiba como a resolução CVM 179 afeta a transparência na remuneração de assessores de investimentos e como evitar conflitos de interesse ao escolher seus investimentos.

Nord Research 01/11/2024 13:38 4 min
Resolução CVM 179: entenda o que muda para o investidor

A nova resolução CVM 179 entrou em vigor nesta sexta-feira (1º), trazendo mudanças significativas em como a remuneração de assessores de investimentos deve ser divulgada.

A regra visa dar mais transparência e proteger o investidor de possíveis conflitos de interesse envolvidos na distribuição de produtos financeiros.

Para a Nord Wealth, que sempre priorizou uma abordagem clara e isenta, a nova regra fortalece o compromisso com um mercado mais transparente e alinhado aos interesses dos clientes.

O que muda com a resolução CVM 179?

Com a Resolução CVM 179, agora é obrigatório que os assessores de investimento divulguem aos clientes as taxas de remuneração que recebem pela recomendação de produtos financeiros. Essa mudança permite que os investidores saibam exatamente quanto cada instituição ou assessor ganha em comissões e taxas, seja pela venda de fundos, produtos de renda fixa ou outros ativos financeiros.

Essa comunicação deve ser feita de forma clara e antes que qualquer decisão de investimento seja tomada. As regras estabelecem:

Página na internet com informações detalhadas

As instituições, como bancos e corretoras, devem disponibilizar uma página explicando a forma de remuneração. Devem ser listadas taxas como:

  • taxas de administração e performance;
  • diferença entre preço de compra e venda ("spread");
  • taxas de conversão de moeda e de distribuição.

Além disso, deve ser indicado qualquer possível conflito de interesse que possa influenciar na recomendação de produtos.

Divulgação de percentuais de comissão antes da operação

Antes de qualquer transação, os investidores devem ser informados sobre os percentuais de comissão recebidos pelo assessor e pela instituição. Isso é feito no mesmo ambiente em que a ordem de compra é confirmada, como aplicativos ou sites das corretoras.

Se o cliente suspeitar de conflito de interesse, pode decidir não prosseguir com a operação até entender melhor os detalhes.

Relatório trimestral de remuneração

As instituições precisarão enviar um relatório a cada três meses, detalhando quanto ganharam com os investimentos de cada cliente. Esse extrato deve discriminar a remuneração dos assessores e as comissões da instituição, permitindo uma análise clara das transações.

Como as instituições financeiras vão se adaptar

Corretoras e bancos já estão ajustando suas plataformas para atender aos novos requisitos da CVM.

A ideia é oferecer extratos mensais e trimestrais com detalhes sobre as taxas cobradas e a remuneração dos assessores. No entanto, a adaptação não será uniforme e cada instituição poderá apresentar essas informações de maneira diferente, o que pode dificultar a comparação entre os serviços.

Há uma preocupação de que a falta de padronização possa causar confusão entre os investidores, especialmente aqueles menos experientes. Além disso, alguns especialistas apontam que as diferenças de abordagem entre corretoras e bancos podem gerar uma competição desigual, já que os bancos não serão obrigados a seguir todas as mesmas regras de transparência.

4 dicas para identificar possíveis conflitos de interesse

Mesmo com mais transparência, é importante que os investidores continuem atentos e tomem medidas para se proteger de possíveis conflitos de interesse.

1. Entenda os produtos financeiros

Estude os investimentos antes de tomar decisões, entendendo os riscos e as vantagens.

2. Questione recomendações insistentes

 Se um assessor parecer insistente, questione a motivação por trás da sugestão.

3. Exija informações completas

Não tenha medo de pedir detalhes sobre taxas e comissões. Isso faz parte do seu direito como investidor.

4. Diversifique seus investimentos

Não coloque todo o seu dinheiro em um único tipo de produto. A diversificação pode reduzir riscos.

A resolução CVM 179 é boa ou ruim para investidores?

A Resolução CVM 179 é amplamente positiva para os investidores, pois traz mais transparência e clareza ao processo de investimento, permitindo um relacionamento mais confiável com assessores e instituições financeiras.

Com a nova regra, os investidores ganham acesso detalhado às taxas de remuneração recebidas pelos assessores, incluindo comissões e outras cobranças, o que torna possível avaliar de forma mais precisa os custos de cada recomendação e identificar potenciais conflitos de interesse.

Essa transparência permite que os investidores tomem decisões mais informadas e confiantes, sabendo exatamente quanto estão pagando e para quem. Isso pode incentivar uma competição mais saudável entre instituições, estimulando melhores práticas no setor.

Para empresas como a Nord Wealth, que sempre valorizaram uma relação transparente e isenta, a nova regra fortalece a confiança dos clientes ao evidenciar a clareza nos processos e o compromisso com o interesse do investidor em primeiro lugar.

Como evitar problemas na escolha de um assessor de investimentos

Embora a nova resolução CVM 179 traga avanços, é fundamental que os investidores continuem se educando sobre o mercado financeiro e analisando cuidadosamente as informações fornecidas.

Investir com base em conhecimento sólido é a melhor forma de evitar armadilhas e garantir que as suas decisões estejam alinhadas com os seus objetivos financeiros.

No fim, a transparência proporcionada pela resolução pode beneficiar os investidores, mas exige atenção e análise crítica para que as escolhas sejam feitas da maneira mais segura e vantajosa possível.

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