Galípolo é aprovado pelo Senado para presidir Banco Central

Comissão aprova Galípolo por unanimidade para presidir Banco Central e envia nome a plenário. Se aprovado, ele vai substituir Roberto Campos Neto no comando do BC no final deste ano.

Nord Research 09/10/2024 09:10 3 min
Galípolo é aprovado pelo Senado para presidir Banco Central

O economista Gabriel Galípolo, de 42 anos, teve sua indicação para presidir o Banco Central (BC) aprovada por unanimidade, nesta terça-feira, 8,  pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Foram 26 votos a 0 pela aprovação de Galípolo, após quatro horas de sabatina. A indicação precisa ser aprovada também pelo plenário do Senado.

Conheça o perfil do escolhido de Lula e o que esperar de sua gestão no Banco Central.

Quem é Gabriel Galípolo

Em maio de 2023, o economista Gabriel Muricca Galípolo, de 41 anos, foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para assumir a Diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC) do Brasil. Nesta quarta-feira, 28, Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para assumir a presidência do BC na sucessão de Roberto Campos Neto.

Galípolo possui formação em Ciências Econômicas pela PUC-SP e é mestre em Economia Política pela mesma instituição. Possui experiências no setor público e privado. 

De 2017 a 2021, Galípolo foi presidente do banco Fator e deixou a instituição durante uma reestruturação após a venda da Fator Corretora para o BTG Pactual. Ele também atuou como conselheiro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de 2022 a 2023 e assumiu a secretaria-executiva da Fazenda entre janeiro e agosto de 2023. Galípolo foi exonerado do cargo devido à indicação ao Banco Central.

Gabriel Galípolo é indicado por Lula para a presidência do Banco Central: o que isso significa para a economia brasileira?

O presidente Lula indicou Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, gerando discussões sobre o impacto dessa escolha na política monetária e na economia do Brasil.

Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária do Banco Central, é, por muitos, visto como um aliado do governo em busca de uma política econômica mais alinhada aos objetivos de crescimento e redução de juros.

Seu desafio no cargo será direcionar as expectativas do mercado em relação ao cumprimento do compromisso do Banco Central com o controle da inflação e dialogar com as cobranças do governo. 

Em discursos recentes, Galípolo reiterou o compromisso do Banco Central com o controle da inflação e o presidente Lula afirmou que o Banco Central não deve favor ao presidente, os próximos passos dessa discussão serão vistos a partir de 2025. 

Possíveis impactos da indicação de Galípolo no Banco Central

A indicação de Galípolo adiciona uma incerteza no mercado acerca da condução da política monetária. O equilíbrio entre pressões do governo e autonomia do Banco Central visando controle da inflação serão colocados em cheque nesta troca. 

Essas incertezas advêm de discussões sobre possíveis vieses de baixa na taxa de juros e maior foco em medidas que estimulem a economia, uma vez que, tradicionalmente o mercado espera uma postura mais conservadora do Banco Central.

Desafios e expectativas do novo presidente do Banco Central

Galípolo enfrentará o desafio de equilibrar a busca por crescimento econômico com a necessidade de controlar a inflação, um ponto sensível para investidores e consumidores. Sua gestão será observada de perto para ver como ele conciliará essas demandas com as expectativas do mercado financeiro.

O descontrole fiscal e o alto endividamento crescente do país são alguns dos principais desafios de Galípolo a frente do BC. 

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