Prio (PRIO3) revela planos para leilão da ANP. É hora de investir no papel?
A Prio (PRIO3) anunciou quem tem a intenção de participar pela primeira vez de um leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Essa decisão pode marcar um novo capítulo para a petroleira, que busca expandir suas operações no mercado de exploração e produção de petróleo no Brasil e no exterior.
O presidente da Prio, Roberto Monteiro, destacou a importância desse movimento estratégico durante uma entrevista, apontando o compromisso da empresa em diversificar e aumentar sua presença no setor de energia.
Por que a participação da Prio no leilão é relevante?
A Prio é reconhecida por sua abordagem focada na revitalização e redução de custos de campos maduros de petróleo, mas agora pode expandir suas operações por meio de ativos exploratórios adquiridos diretamente em leilões. A participação no leilão da ANP este ano pode dar início a uma nova estratégia de diversificação e potencial aumento de reservas, garantindo maior competitividade no mercado.
A ANP realiza leilões regularmente para oferecer concessões de áreas para exploração e produção de petróleo e gás, o que possibilita atrair investimentos e fortalecer a cadeia produtiva do setor energético brasileiro.
Potencial de crescimento e principais riscos
O executivo não deu detalhes sobre a entrada em leilões da ANP, mas o tema merece a atenção dos investidores. Isso se deve tanto ao fato de que os ativos adquiridos podem ser transformacionais para o potencial de crescimento da empresa, quanto à possibilidade de que alterem a matriz de riscos operacionais.
Campos não explorados, por sua natureza, podem apresentar uma produção real significativamente diferente da esperada ou até mesmo não gerar resultado algum. Esse cenário já foi experimentado pela empresa, quando ainda se chamava HRT, período em que acumulou prejuízos bilionários antes de se transformar na Prio que conhecemos atualmente.
Os planos da Prio para 2025
A companhia tem interesse na fatia da Equinor no campo de Peregrino, onde adquiriu 40% de participação no ano passado e também está avaliando ativos no Golfo México. Monteiro prevê ainda a liberação pelo Ibama da licença ambiental do campo de Wahoo, na bacia de Campos, ainda no primeiro trimestre deste ano.
O volume médio de produção da Prio está em 106 mil barris por dia atualmente e deve alcançar 150 mil barris por dia ao final de 2025, em função: (i) do aumento da eficiência em Albacora Leste, (ii) da realização das manutenções em Tubarão Martelo, (iii) da entrada da fatia adquirida em Peregrino nos números e (iv) do início da produção em Wahoo, no final deste ano.
Finalizando os trabalhos em Wahoo, a PRIO ainda tem mais cerca de 30 mil barris por dia para incrementar em sua produção com a campanha de revitalização em Albacora Leste, que começa em 2026 e levará a produção para cerca de 170 mil barris por dia (ambas projeções levam em conta o desconto pelo declínio natural da produção dos campos).
Além do robusto crescimento já contratado para os próximos 2 anos, a empresa já disse que o seu objetivo de longo prazo é chegar a algo entre 300 e 500 mil barris por dia (além de terem interesse na fatia restante de Peregrino, também estão analisando a possibilidade de adquirir ativos no Golfo do México atualmente).
Negociando a apenas 4,5x Ebitda, após um ano negativo para suas ações, majoritariamente por conta dos atrasos do Ibama, continuamos enxergando a PRIO (PRIO3) como uma excelente oportunidade para multiplicação do capital investido nos próximos anos.