Prisão de Gusttavo Lima é revogada pela Justiça de Pernambuco

Justiça de Pernambuco havia decretado prisão preventiva de Gusttavo Lima por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A decisão foi revogada na data de hoje.

Nord Research 24/09/2024 16:58 4 min
Prisão de Gusttavo Lima é revogada pela Justiça de Pernambuco

A prisão do cantor Gusttavo Lima foi revogada pela Justiça de Pernambuco nesta terça-feira, dia 24. A decisão foi revogada cerca de 24 horas após o pedido inicial, parte da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, no qual Gusttavo Lima e outros indivíduos, como a advogada e influenciadora Deolane Bezerra, são alvos. A operação, conduzida pela Polícia Civil, já identificou movimentações financeiras suspeitas que ultrapassam os R$ 3 bilhões.  Assim como a prisão de Gusttavo foi revogada, a influenciadora Deolane Bezerra foi solta na mesma data.

Por que Gusttavo Lima havia recebido pedido de prisão?

A prisão preventiva de Gusttavo Lima havia sido determinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Segundo o inquérito, o cantor teria mantido uma relação próxima com foragidos da Justiça e os ajudado a fugir, além de estar envolvido em movimentações financeiras suspeitas ligadas ao esquema de lavagem de dinheiro.

Um ponto crucial para a investigação foi a utilização de uma aeronave registrada em nome de uma empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos e Produções, para transportar investigados em uma viagem à Grécia.

O que é a Operação Integration?

A Operação Integration foi deflagrada em setembro de 2024 e visa desarticular uma organização criminosa que operava jogos ilegais e lavagem de dinheiro no Brasil. Entre os principais alvos da operação estão o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Deolane Bezerra. A investigação começou em dezembro de 2022, quando as autoridades apreenderam R$ 180 mil, o que deu início ao levantamento de informações que levaram à descoberta de um esquema muito maior, com movimentações financeiras que somam R$ 3 bilhões.

Qual é o papel de Gusttavo Lima na investigação?

Gusttavo Lima foi mencionado por ter dado guarida a foragidos da Justiça, em especial José André e Aislla, que também são investigados na Operação Integration. A juíza destacou a "alarmante falta de consideração pela Justiça" demonstrada pelo cantor, que teria facilitado a fuga do casal. A aeronave utilizada na fuga, de prefixo PR-TEN, estava registrada no nome de uma empresa ligada a Gusttavo Lima. Embora o cantor afirme que o avião já havia sido vendido, os registros na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) ainda indicavam sua empresa como proprietária.

Aeronave de Gusttavo Lima: qual a importância no caso?

A apreensão da aeronave foi um dos momentos chave na investigação. O avião, modelo Cessna 560XLS, avaliado em cerca de R$ 38,8 milhões, foi utilizado para transportar o casal de investigados José André e Aislla para a Europa. Segundo as investigações, eles não retornaram ao Brasil no voo de volta, permanecendo possivelmente na Grécia ou nas Ilhas Canárias para evitar a Justiça. A defesa de Gusttavo Lima argumenta que o avião foi vendido e que ele não tem relação com a operação, mas a transação ainda não havia sido totalmente concluída.

Desdobramentos do caso

Além da prisão preventiva de Gusttavo Lima, a Justiça também havia a apreensão de seu passaporte, impedindo o cantor de sair do país enquanto as investigações prosseguem. Apesar disso, o cantor já tinha saído do país antes do pedido de prisão acontecer.

O que dizem os advogados de Gusttavo Lima?

A assessoria de Gusttavo Lima e seus advogados afirmam que o cantor é inocente e que ele não tem envolvimento com as atividades ilegais investigadas. Eles argumentam que a aeronave em questão já foi vendida para outra empresa e que Gusttavo Lima não tem qualquer relação com os investigados da operação.

Conclusão

A prisão de Gusttavo Lima levanta questionamentos sobre a extensão de seu envolvimento com as atividades criminosas investigadas pela Operação Integration. Com mais de R$ 3 bilhões em movimentações ilegais detectadas até o momento, a investigação promete novos desdobramentos. O caso coloca em foco o impacto das figuras públicas no contexto de crimes financeiros e a responsabilidade de suas ações perante a Justiça.

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