Panvel (PNVL3) tem lucro ajustado de R$ 27 mi, alta de 17%; Ebitda sobe 21%

A Panvel inaugurou 12 lojas no 1T24, alcançando a marca de 606 lojas em operação. Veja nossa visão.

Victor Bueno 21/05/2024 17:27 4 min
Panvel (PNVL3) tem lucro ajustado de R$ 27 mi, alta de 17%; Ebitda sobe 21%

A receita bruta da Panvel (PNVL3) subiu +16% no primeiro trimestre de 2024 (1T24) na comparação com o mesmo período do ano passado, indo para R$ 1,28 bilhões.

No 1T24, a rede de farmácias atingiu um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 60 milhões, um crescimento de +21% em relação ao 1T23.

O lucro líquido aumentou +17% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 27 milhões.

Crescendo e amadurecendo

A Panvel inaugurou 12 lojas no 1T24, alcançando a marca de 606 lojas em operação, sendo praticamente ⅔ no RS e o restante na região Sul (SP possui apenas 10 unidades).

No Sul, inclusive, o market share subiu para 12,3%, com destaque para o RS, com 21,1%. Agora, a companhia conta com cerca de 71% de lojas maduras e 29% em processo de maturação. 

A combinação entre abertura de novas lojas e maturação das já existentes, também contribuiu para um crescimento de +20% da receita bruta, que atingiu R$ 1,32 bilhão no período.

Vale ressaltar que a receita bruta foi impactada positivamente pela venda de um terreno de uma de suas controladas. Sem a venda, a receita ficou em R$ 1,28 bilhão, alta de +16%.

No varejo, as vendas cresceram os mesmos +16%. A venda média por loja atingiu R$ 642 mil/mês, expansão de +8% na comparação anual.

Já as vendas nas mesmas lojas (Same Store Sales ou SSS) subiram +12% no trimestre, enquanto o desempenho das mesmas lojas maduras (Mature Same Store Sale ou MSSS) foi +8% superior. 

Abrindo por mix de vendas no varejo, os medicamentos de marca foram o grande destaque do período, com crescimento de +18% e aumento de quase 1 p.p. de representatividade.

Por fim, a venda dos Produtos Panvel (marca própria possui margens mais elevadas) cresceu +14% e agora representa 7,2% do total das vendas do varejo (praticamente estável vs. 1T23).

Lucrativa e pouco alavancada

Excluindo a venda do ativo (mencionada acima), o lucro bruto da Panvel totalizou R$ 358 milhões no 1T24, alta de +14% e leve pressão de -0,5 p.p. na margem bruta.

Mesmo com as despesas com vendas subindo +16% e as despesas gerais e administrativas +29%, o Ebitda (já ajustado por fatores não recorrentes) ficou em R$ 60 milhões (+21%). 

Com o resultado financeiro (negativo) e depreciação crescendo em linha com a receita, mas com efeito positivo da distribuição de JCP e maior volume de imposto de renda diferido, o lucro líquido atingiu R$ 27 milhões, alta de +17%. 

Apesar do aumento na rentabilidade, a companhia registrou um fluxo de caixa livre negativo em R$ -59 milhões (mas +21% melhor que o 1T23).

No trimestre, a Panvel investiu R$ 25 milhões, principalmente em abertura de lojas. Assim, encerrou o período com uma posição de caixa de R$ 262 milhões.

Considerando uma dívida bruta de R$ 469 milhões, sua dívida líquida (dívida bruta - caixa) ficou em R$ 207 milhões e sua alavancagem em 0,86x (vs. 0,76x no 1T23) – ainda em patamares sustentáveis.

Danos (aparentemente) controlados

Assim como já vinha acontecendo nos últimos trimestres, o 1T24 foi mais uma mostra de solidez e eficiência da Panvel, elevando, mais uma vez, nossa expectativa (e do mercado) quanto aos seus resultados futuros.

A preocupação, agora, giraria em torno da catástrofe natural que assolou o RS, mas a empresa tratou de tranquilizar seus investidores.

A empresa teve 18 lojas (de 408) impactadas pelas enchentes e seu CD de Eldorado Sul ficou inacessível, mas sem nenhum dano. O restante das operações seguiu normalmente, com o abastecimento das lojas sendo feito por meio de seu outro CD, em São José dos Pinhais.

Assim, ainda que existam alguns impactos reduzidos, a visão da Panvel para 2024 não mudou. 

Suas vendas, inclusive, subiram +18% em abril e a previsão de aberturas de lojas segue em 60 novas unidades para o ano.

Vale destacar que, além da expansão, as lojas estão acelerando sua maturação, com cerca de 54% do total já faturando mais de R$ 500 mil por mês.

Ainda com boa visibilidade e negociando a 6,5x Ebitda, nos manteremos comprados em PNVL3 na carteira Nord Small Caps.

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