Pix é o meio de pagamento preferido dos brasileiros, aponta pesquisa do Banco Central
Nos últimos anos, o Pix transformou a maneira como os brasileiros realizam transações financeiras.
Criado há apenas quatro anos pelo Banco Central, o meio de pagamento instantâneo já superou o dinheiro em espécie e outras formas de pagamento, como cartões de débito e crédito. Este avanço reflete o aumento da digitalização financeira e o interesse dos consumidores por métodos mais rápidos e convenientes.
Confira os dados mais recentes sobre o impacto do Pix no Brasil e como ele molda o futuro do mercado financeiro.
O crescimento do Pix no Brasil
O meio de pagamento instantâneo vem ganhando adesão crescente desde seu lançamento.
De acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, do Banco Central, o Pix é usado por 76,4% dos brasileiros.
Além disso, 46% das pessoas afirmaram que esse é o meio de pagamento que utilizam com mais frequência no dia a dia, superando o cartão de débito (69,1%) e o cartão de crédito (51,6%).
Dinheiro em espécie perde relevância
Embora ainda presente, o dinheiro em espécie perdeu espaço na preferência dos brasileiros. Em 2021, 83% da população utilizava cédulas e moedas como principal meio de pagamento. Em 2024, esse número caiu para 68,9%, marcando uma redução significativa.
Além disso, quase 15% dos brasileiros afirmaram não usar mais dinheiro em espécie em suas transações financeiras, e 54,3% relataram utilizá-lo apenas ocasionalmente.
Essa mudança reflete uma maior adoção de meios digitais, como o Pix, para pagamentos e recebimentos, especialmente em um cenário pós-pandemia.
Por que o Pix lidera?
A principal vantagem do Pix está na sua praticidade. Ele permite transferências e pagamentos instantâneos, sem custo para pessoas físicas, além de funcionar todos os dias, incluindo fins de semana e feriados.
Essa facilidade conquistou tanto consumidores quanto comerciantes, que o adotaram como uma forma ágil e segura de realizar transações.
Outro dado relevante da pesquisa do Banco Central é que o Pix vem substituindo outros meios de recebimento, como o dinheiro em espécie. Em 2024, apenas 15,1% da população recebe salários em dinheiro vivo, contra 26,4% em 2021.
Para quem utiliza o Pix com chave aleatória, essa funcionalidade oferece ainda mais segurança e simplicidade nas operações, consolidando sua popularidade.
Metade dos brasileiros acredita que não usará dinheiro em cinco anos
O futuro do dinheiro em espécie no Brasil é incerto, mas, segundo a pesquisa, mais da metade da população (53,4%) acredita que não usará mais cédulas físicas em cinco anos. Além disso, 31,6% esperam uma redução no uso do dinheiro vivo.
Notas de R$ 200 e seu uso limitado
Um dos destaques do estudo foi o reconhecimento do baixo uso das notas de R$ 200, lançadas em 2020.
Criadas durante a pandemia para atender à alta demanda por dinheiro em espécie, essas cédulas não atingiram ampla utilização. Ainda assim, o Banco Central não planeja retirá-las de uso no curto prazo.
O Pix é um exemplo do impacto da tecnologia na transformação do mercado financeiro. Ao oferecer uma alternativa prática, rápida e acessível, ele não apenas se consolidou como o meio de pagamento preferido dos brasileiros, mas também molda o futuro da economia digital no país.
A tendência aponta para uma redução cada vez maior no uso de dinheiro em espécie, enquanto a adoção do Pix e outros meios digitais continua a crescer.