As 7 piores ações do Ibovespa para 2025
O Ibovespa opera atualmente próximo aos 119 mil pontos diante de um ambiente local difícil. A razão é a piora da percepção de risco fiscal, somada à contratação de ao menos duas altas de 1 ponto percentual da Selic até março deste ano, para 15% em 2025.
Em meio a um cenário macroeconômico desafiador, o investidor deve evitar empresas com menor previsibilidade de resultados, dependência da atividade econômica doméstica, alta alavancagem e dificuldades operacionais.
Abaixo, nossa seleção de ações do Ibovespa que não recomendamos investir neste ano e o motivo.
Educação
Em 2024, os papéis da Cogna (COGN3) e da Yduqs (YDUQ3) entraram no ranking das ações menos rentáveis do Ibovespa com perdas de -68,77% e de -61,18%, respectivamente.
Além da exposição a programas governamentais de educação, o setor tem uma grande dependência do cenário doméstico.
Com a inflação e juros altos por mais tempo, a atividade econômica deve desacelerar em 2025 e pressionar os resultados.
Cogna e Yduqs devem ser as mais impactadas, não só pelo cenário, mas pela alavancagem elevada de 3,8x e 2,7x, respectivamente. No momento, não há recomendação de compra para COGN3 e YDUQ3.
Varejo e consumo
Como as educacionais, as varejistas também são altamente sensíveis ao ambiente doméstico.
No setor de consumo, um dos destaques fica para o GPA (PCAR3), que apresentou um recuo de -37,19% em 2024. Convivendo com uma alavancagem elevada (5,8x Ebitda) e baixa rentabilidade, preferimos ficar de fora do papel.
Entre as varejistas, não podemos deixar de falar de Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3). Ambas as companhias também ficaram entre os maiores recuos de 2024, acumulando uma queda de -74,60% e -69,72%, respectivamente.
Novamente, além do cenário desafiador para a economia brasileira, as duas empresas convivem com desafios operacionais e financeiros. Diante disso, preferimos ficar alocados em companhias com maior visibilidade de resultados.
Aéreas
Para as companhias aéreas, o ano de 2024 também foi de perdas relevantes. A Azul (AZUL4) acumulou uma queda de -77,89% e a Gol (GOLL4) de -85,50%.
Essas companhias são altamente expostas à variação do dólar e do petróleo (custos dolarizados) e ainda convivem com um endividamento elevado (Gol: 5,5x Ebitda e Azul: 4,8x).
Desse modo, fique longe dessas companhias, sobretudo em um cenário doméstico desafiador como o atual.
As melhores ações do Ibovespa em 2025
Entre nossas escolhas, destacam-se Prio (PRIO3) e Banco Inter (INBR32), que oferecem uma ótima visibilidade de resultados.
As incertezas marcaram o último ano e 2025 parece não fugir desse panorama. Ainda assim, as crises continuam sendo terreno fértil para oportunidades.
Diante desse cenário, priorizar empresas com fundamentos robustos é essencial. Em paralelo, considerando o nível atual do câmbio, entendemos que também seja oportuno adicionar companhias com exposição ao dólar ao portfólio.
Por que investir em Prio? Mesmo com um 2024 desafiador devido à greve do Ibama, a visibilidade para a companhia continua excelente. A perspectiva é dobrar a geração de caixa nos próximos anos, com o início de Wahoo, aumento da produção com as revitalizações e a sua recente aquisição de 40% de Peregrino.
O Banco Inter, por outro lado, entregou um lucro líquido e um ROE duas vezes maior no último ano. Focado no guidance de longo prazo agressivo (plano 60-30-30), o banco continuará ganhando market share e expandindo sua rentabilidade nos próximos anos.
Com fundamentos cada vez melhores e múltiplos cada vez mais baixos, continuamos comprados em INBR32.
Estamos ajustando nossa estratégia, levando em consideração os últimos resultados e previsões macroeconômicas, e introduzindo ações com alto potencial de valorização para o ano de 2025.
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