Produção da Petrobras (PETR4) sobe 2,4% em um ano
Volume médio de produção foi de 2,7 milhões de barris de óleo por dia; confira os principais números da Petrobras antes do balanço
A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou na segunda-feira, 29, após o fechamento do mercado, os seus dados de produção do segundo trimestre, antes da divulgação dos resultados na próxima semana.
Qual a produção da Petrobras?
Abaixo das expectativas, a Petrobras encerrou o 2T24 com uma produção média total de 2,699 MMboed (milhões de barris de óleo equivalente por dia), um aumento de +2,4% versus o mesmo período de 2023. No acumulado do 1º semestre de 2024, a produção média ficou em 2,737 MMboed, um aumento de +3% versus o 1S23.
O pré-sal foi destaque positivo do trimestre, atingindo uma produção de 1,8 MMboed, expansão de +6,3% na comparação com o 2T23.
O incremento da produção foi reflexo do ramp-up das operações de cinco FPSOs e do início das operações de 12 novos poços.
Já no segmento de Refino, Transporte, e Comercialização, o desempenho das vendas do segmento apresentou uma leve queda de -1,3% no trimestre, totalizando 1,700 Mbpd (mil barris por dia).
Vendas de gasolina e diesel da Petrobras caem
O diesel e gasolina, que possuem a maior representatividade de receita do segmento, apresentaram uma queda de -0,6% e -9,7% respectivamente, no volume de vendas.
A queda das vendas de diesel, foi resultado do maior teor de biodiesel na mistura do diesel e do menor volume vendido no período. Já o recuo do volume da gasolina, se deve, principalmente, pela perda de competitividade para o etanol hidratado.
O que esperar do resultado Petrobras?
Refletindo os preços mais altos do petróleo e o leve incremento da produção da commodity no trimestre, a petroleira deve entregar resultados sólidos no seu segmento de E&P.
Por outro lado, o Refino deve continuar pressionando os resultados consolidados da companhia.
Assim a expectativa para os resultados do 2T24 da Petrobras, é um leve crescimento de +1% da receita, +5% do Ebitda e uma queda de -23% do lucro, na comparação anual.
O recuo do lucro deve refletir nas margens mais baixas do período e o menor resultado financeiro, devido à desvalorização do real frente ao dólar.
O balanço do 2T24 será o primeiro da gestão de Magda Chambriard na presidência da petroleira. Mesmo com a troca de comando, continuamos com uma visão negativa para a petroleira.
Os discursos colocando a Petrobras como um impulsionador da economia e as sinalizações e decisões de investimentos fora do core business, como em refinarias e fertilizantes, impactam negativamente a perspectiva de resultados.
É um bom momento para comprar ações da Petrobras?
Não. A alocação ruim de capital, as interferências no seu plano estratégico de longo prazo, ingerências na autonomia de política de preços dos combustíveis, impactam a perspectiva de geração de caixa e, consequentemente, a distribuição de dividendos.
Com a expectativa de queda da sua geração de caixa nos próximos anos, e considerando os riscos de interferências da estatal, continuamos recomendando a troca de PETR por PRIO.