Pague Menos (PGMN3) entrega sinergias e lucra R$ 77,1 milhões no 4T24
Resultados sólidos, com forte crescimento de receita e melhora na rentabilidade da Pague Menos; veja se é hora de investir

A Pague Menos (PGMN3) apresentou um forte desempenho no 4T24, com crescimento robusto na receita líquida, Ebitda e lucro líquido ajustado em relação ao mesmo período de 2023.
No 4T24, a companhia registrou uma receita líquida de R$ 3,3 bilhões, alta de 16,9% em relação ao mesmo trimestre de 2023. O Ebitda ajustado somou R$ 164 milhões, alta de 31,6% ante um ano antes, com uma margem de 4,6%, representando um avanço de 0,5 ponto percentual. O lucro líquido ajustado totalizou R$ 77,1 milhões no trimestre, crescimento de 22,8% na mesma base de comparação.
Crescimento sólido e sinergias da Extrafarma dando frutos
Dentre os destaques do período, a empresa conseguiu ampliar seu market share nacional para 6,5%, um aumento de 35 pontos-base, evidenciando um avanço uniforme em todas as regiões.
Além disso, as sinergias da integração da Extrafarma superaram as expectativas, resultando em um impacto positivo de R$ 267 milhões anualizados. A maturação das lojas abertas após o IPO também contribuiu para o crescimento das vendas e melhora na rentabilidade.

Receita, Ebitda e lucro líquido seguem em alta
A variação positiva da receita líquida foi impulsionada pelo aumento do volume de vendas, crescimento do ticket médio acima da inflação e a maturação da base de lojas convertidas da Extrafarma.
O avanço do Ebitda decorreu do incremento na margem bruta, que chegou a 29,7% (+0,5 p.p.), além da alavancagem operacional sobre despesas com vendas. No entanto, houve um impacto negativo do aumento nas despesas gerais e administrativas, especialmente por remuneração variável e consultorias no trimestre.
O crescimento do lucro líquido reflete a melhora operacional da companhia e a captura das sinergias mencionadas.
Redução da alavancagem reforça solidez financeira, mas ainda preocupa
A companhia seguiu com uma trajetória de desalavancagem financeira, reduzindo o índice de dívida líquida/Ebitda para 2,52x no final do 4T24, ante 3,86x no mesmo período de 2023.
Houve uma melhora no ciclo de caixa, reduzindo-se em sete dias na comparação anual, devido à melhor gestão de estoques e recebíveis.
Pague Menos (PGMN3): hora de comprar após balanço positivo do 4° trimestre?
Para 2025, a companhia sinaliza continuidade no processo de desalavancagem, controle mais rígido de despesas e retomada gradual da expansão orgânica. Também deve avançar nas conversões da bandeira Extrafarma, reforçar sua cultura organizacional e revisar sua estratégia comercial e de remuneração. Apesar da melhora, seguimos de fora das ações da companhia.