Entenda o que são commodities e saiba se vale a pena investir nesse mercado
Você já parou para pensar como produtos como petróleo, soja e ouro impactam seu dia a dia? Esses itens, conhecidos como commodities, estão presentes em diversos setores e podem ser uma grande oportunidade para investidores.
Se você quer entender melhor como investir nesse mercado, continue no artigo. Vamos explorar as principais opções e estratégias de investimento para você.
Sumário
- O que são commodities?
- Diferenças entre produto e commodity
- Qual a importância das commodities?
- Tipos de commodities
- Principais commodities brasileiras
- Fatores que afetam o preço das commodities
- Como investir em commodities?
- Principais mercados de commodities
- Commodities na B3
- Qual é a maior commodity do mundo?
- Qual é a maior commodity do Brasil?
- Qual é o maior comprador de commodities do Brasil?
- Vantagens e desvantagens do investimento em commodities
- Vale a pena investir em commodities?
O que são commodities?
Commodities são bens primários de origem agrícola, mineral ou energética, amplamente padronizados e negociados no mercado global.
O termo “commodity” significa mercadoria e refere-se a produtos com características homogêneas, como petróleo, grãos, metais e energia.
Diferenças entre produto e commodity
A principal diferença entre um produto e uma commodity está no valor agregado. Produtos são geralmente industrializados e diferenciados por marca, qualidade e outros atributos. Já as commodities são bens intercambiáveis e sem diferenciação significativa, como o milho ou o petróleo, onde uma unidade é igual à outra, independentemente do produtor.
Qual a importância das commodities?
As commodities têm um papel vital na economia global e no desenvolvimento de muitos países, incluindo o Brasil. Elas são a base para a produção de bens e serviços, além de serem fundamentais para a balança comercial.
No país, as commodities representam uma grande parte das exportações e são fontes de receita e geração de empregos.
Tipos de commodities
As commodities podem ser classificadas em diversas categorias, de acordo com seu setor de origem. A seguir, os principais tipos:
Commodities agrícolas
São produtos diretamente ligados à agricultura e alimentação. O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Exemplos: soja, milho, café e trigo.
Commodities minerais
Esses recursos são amplamente utilizados na indústria e construção e têm alta demanda global, especialmente em países em desenvolvimento como a China.
Exemplos: ouro, prata e minério de ferro
Commodities energéticas
Entra nessa categoria as commodities essenciais para a geração de energia, como o petróleo. Seu preço é diretamente afetado por fatores geopolíticos e pela oferta de grandes produtores, como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Exemplos: além do petróleo, gás natural e carvão também são classificados como commodities energéticas.
Commodities financeiras
São ativos financeiros amplamente negociados nos mercados globais e influenciados por políticas monetárias e taxas de juros.
Exemplos: moedas (dólar, euro) e títulos públicos.
Principais commodities brasileiras
O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities do mundo. Algumas das principais brasileiras incluem:
- soja: o Brasil é o maior exportador mundial de soja;
- café: o país lidera a produção global de café;
- minério de ferro: o Brasil é um dos maiores fornecedores desse mineral, essencial para a produção de aço;
- petróleo: a extração do pré-sal colocou o Brasil em posição de destaque no mercado mundial de petróleo;
- Boi gordo: a carne bovina brasileira é amplamente exportada, principalmente para a China.
Fatores que afetam o preço das commodities
Os preços das commodities são definidos por diversos fatores externos, entre os quais se destacam:
- oferta e demanda: se a demanda por uma commodity aumenta e a oferta permanece a mesma, os preços tendem a subir;
- condições climáticas: eventos como secas e tempestades podem prejudicar a produção agrícola, elevando os preços;
- eventos políticos e econômicos: conflitos internacionais, mudanças nas políticas de exportação ou sanções econômicas afetam diretamente o mercado de commodities, como o petróleo;
- fatores geopolíticos: em mercados energéticos, como o de petróleo, crises políticas em países produtores, como os do Oriente Médio, podem gerar grande impacto nos preços.
Como investir em commodities?
Existem diversas formas de investir em commodities e a escolha depende do nível de experiência do investidor. A seguir, as principais formas de realizar esse investimento:
- contratos futuros: os contratos futuros permitem comprar ou vender uma commodity em uma data futura a um preço pré-estabelecido. São amplamente utilizados por empresas para garantir preços e por investidores para especular sobre o valor futuro dos ativos;
- ações de companhias de commodities: investir em ações de empresas como mineradoras (Vale), petroleiras (PRIO) e agroindústrias (SLC Agrícola) é uma maneira indireta de se expor ao mercado de commodities;
- ETFs de commodities: os ETFs (fundos negociados em bolsa) permitem diversificar em várias commodities sem precisar adquirir os produtos diretamente. Eles são uma maneira mais simples e acessível de obter exposição ao mercado.
Principais mercados de commodities
As commodities são negociadas em grandes bolsas internacionais, onde compradores e vendedores fecham contratos de compra e venda. Alguns dos principais mercados globais de commodities são:
- Chicago Mercantile Exchange (CME): uma das maiores bolsas do mundo para commodities agrícolas;
- London Metal Exchange (LME): especializada na negociação de metais;
- New York Mercantile Exchange (NYMEX): grande mercado para petróleo e outras commodities energéticas.
Commodities na B3
No Brasil, a Bolsa de Valores (B3) é o principal local de negociação de commodities, por meio de contratos futuros. Entre os ativos negociados estão:
- café arábica;
- boi gordo;
- milho;
- soja;
- açúcar cristal.
Além disso, a B3 possui o Índice de Commodities Brasil (ICB), que funciona como um benchmark para medir o desempenho das commodities brasileiras no mercado.
Qual é a maior commodity do mundo?
A commodity mais negociada do mundo é o petróleo, devido à sua importância no setor energético. Ele é utilizado como base para diversos produtos, como combustíveis e plásticos, além de ser um termômetro para o crescimento econômico global.
Qual é a maior commodity do Brasil?
A soja é a maior commodity brasileira, tanto em termos de produção quanto de exportação. O país é o principal fornecedor mundial dessa commodity, sendo amplamente consumida na China e em outros países.
Qual é o maior comprador de commodities do Brasil?
O maior comprador de commodities brasileiras é a China, que adquire grandes volumes de soja, minério de ferro, carne bovina e petróleo. A economia chinesa é altamente dependente dessas matérias-primas para sustentar seu ritmo de crescimento industrial e alimentar sua população.
Vantagens e desvantagens do investimento em commodities
Antes de decidir investir, é importante avaliar os prós e contras desse tipo de ativo. As commodities oferecem oportunidades únicas, mas também vêm acompanhadas de riscos que precisam ser considerados.
Vantagens
- Proteção contra inflação: os preços das commodities costumam subir em tempos de inflação.
- Diversificação: as commodities oferecem uma forma de diversificar a carteira de investimentos.
Desvantagens
- Alta volatilidade: os preços das commodities são muito sensíveis a fatores externos, como clima e política.
- Conhecimento técnico: o mercado de commodities exige uma boa compreensão dos fatores que afetam seus preços para evitar perdas significativas.
Vale a pena investir em commodities?
Investir em commodities pode ser uma excelente forma de diversificar seu portfólio e se proteger contra a inflação. No entanto, é um mercado volátil que exige estudo e planejamento.
Para investidores experientes, as commodities oferecem uma boa oportunidade de lucro, mas os riscos são elevados, especialmente para quem não está familiarizado com o comportamento dos mercados futuros.