O que a magrela me ensinou

Quem me conhece um pouco mais de perto sabe que eu sou uma pessoa movida a metas. Eu não sei muito explicar, mas é algo que simplesmente me motiva, tanto no campo pessoal quanto no profissional.

O fato de você ver ao longo do tempo que está evoluindo, contribuindo, entregando e se tornando alguém melhor só alimenta mais o ciclo, de forma que você persiga e persista para atingir exatamente tudo aquilo que foi proposto, no matter what.

Um dos meus grandes hobbies é o ciclismo! Sou apaixonado pelas magrelas, tanto as de montanha quanto as de estrada. A mistura de pilotagem com a prática de um esporte envolve duas coisas bem legais em minha opinião!

Comecei a praticar em 2011, época em que eu ainda estava no colégio, pedalando  por aí com amigos e fazendo algumas provas de MTB (“Mountain Bike”).

Mas acho que só fui deslanchar mesmo em 2017, quando comprei a minha primeira speed (bicicleta de estrada, aquelas de roda fina). Foi amor à primeira vista, pois além da questão de saúde e da possibilidade de evolução na modalidade, que era algo que eu estava buscando à época, tinha o ponto da velocidade – o que sempre me fascinou muito.

“Mas Guilherme, você não acha muito perigoso andar na estrada do lado de um monte de carro e caminhão andando igual loucos? Vai que um motorista alcoolizado te atropela!”

De fato é perigoso, eu não vou negar. Mas sabe qual é a minha resposta? Fazer esse esporte me mantém mais vivo do que nunca, logo, o meu medo não é de morrer, mas de não viver.

Desculpa a sinceridade, mas eu queria muito falar isso rs!

Pois bem, voltando, com a speed eu comecei a treinar mais forte, buscando cada vez mais aumentar as distâncias, potência e a velocidade média. Era uma batalha diária de “você contra você mesmo”, e a evolução foi nítida.

O que eu fiz pra me manter focado no objetivo? Exato, estabeleci metas.

Sou daqueles que preenche planilhas com horas de treino praticadas na semana, frequência de ida à musculação, km rodados… E se algo vai menos do que o planejado, me dá um desconforto tremendo em saber que não consegui cumprir, mas faz parte do jogo!

As provas de bicicleta, que não estão acontecendo em função da atual conjuntura e é algo que eu estou sentindo MUITA falta, sempre me deixaram muito disciplinado para cumprir os treinos e para me desafiar a ir além. Afinal, eu sempre queria ter um resultado melhor a cada nova prova que estava competindo.

Na foto abaixo, deixo o registro de uma das provas mais espetaculares que fiz, um desafio de 3h de giro no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Ficava na frente quem conseguia dar o maior número de voltas (logo, maior km percorrida) em 3h.

Foram 3h andando bem forte no autódromo, com subidas difíceis e bem rápidas, tentando ao máximo ficar no pelotão sem perder a roda – ciclistas entenderão. O resultado: foram 24 voltas, pouco mais de 102 km rodados, aproximados 34 km/h de velocidade média e segundo lugar na minha categoria! Até podium rolou rs.

Veja agora a diferença de resultado em um ano inteiro de disciplina e maior foco nas metas: no ano anterior eu havia feito a mesma prova, o mesmo trajeto, mas com 21 voltas, 90 km rodados e 30 km/h de velocidade média. Não tinha sido ruim, muito pelo contrário, mas meu objetivo era ir além disso.

Estabeleça metas… em número de ações

Ok, por qual motivo eu estou te falando tudo isso? Acho que você já até cansou de ouvir de bicicleta – meus amigos que não pedalam sempre me mandam mudar de assunto quando se cansam disso. Vamos logo ao que interessa!

Acho bem legal a ideia de desdobrar isso para além do esporte ou de qualquer outro campo pessoal. Por isso, eu lhe pergunto, você já pensou em estabelecer metas em número de ações?

Já pensou, por exemplo, para cada 1.000 reais que gasta, ter que aumentar em 1.000 o número de ações na sua carteira? Ou então de ter um salário mínimo todo mês como rendimento na forma de proventos?

Essa é uma estratégia que pode ser perseguida por muitos investidores, e aprendi muito lendo conceitos do Barsi a respeito do tema – uma pessoa brilhante, que foi um dos precursores da estratégia focada em dividendos e é o maior investidor individual da bolsa no Brasil.

Mas então, qual o racional em ter metas com número de ações?

É o seguinte: quanto mais ações você tiver, mais dividendos você vai receber! Tudo isso pode ser muito válido para ajudar a suprir as suas despesas ao longo do ano, auxiliar os estudos para os filhos, cursar um mestrado…

E como atingir a meta? Tenha a disciplina de economizar e investir uma parte do seu salário, todos os meses, e reinvestir os dividendos que caem, até atingir a meta.

Na prática

Quer um exemplo de meta? Vamos lá! Imagine que você queira uma renda anual de 12.000 reais com dividendos (ou 1.000 reais por mês).

Suponha também que você queira investir em Itaú-Unibanco (ITUB4) para atingir essa meta. Como observação para o nosso cálculo, o banco paga, considerando a média dos últimos 5 anos, aproximadamente 1,66 por ação em dividendos – você pode também trabalhar com a projeção de dividendos esperada pelo mercado, é tudo uma questão de premissa.

Pegamos agora o valor desejado em dividendos (12.000 reais) e dividiremos por 1,66 para chegar ao número de ações da nossa meta!

O resultado foi que você deveria ter 7.228 ações para atingir o seu objetivo! Considerando ainda o fechamento do pregão de ontem, de 32,45 por ação, seria necessário um montante de quase 235 mil reais.

Essa meta é muito agressiva? Comece baixo. Foque em 1.000 reais no ano em rendimento e se esforce para bater a meta! Nesse caso, você precisaria de 602 ações (19,5 mil reais de investimento considerando a mesma cotação)

Reforço que o que estamos discutindo aqui é somente um simples exercício, não é recomendação de compra.

“E quando atingirmos a meta, dobraremos a meta”

Eu não poderia deixar de fazer essa piada.

E aí, com a meta atingida, o que você faz?

Já dizia a nossa querida ex-presidenta: “quando atingirmos a meta, dobraremos a meta!”

Brincadeiras à parte, uma vez atingido o objetivo, é sempre válido continuar estipulando outras metas em número de ações, talvez até de outras empresas. Comece aos poucos (não é para ser fácil, mas não pode ser inatingível também), de forma a adequar a meta à sua realidade daquele momento!

Uma coisa é certa, para se atingir uma renda passiva generosa, é necessário ter uma quantidade significativa de ações, não tem muito jeito. Para isso, é preciso focar em aumentar os aportes ao longo do tempo e sempre ter a disciplina de reinvestir.

Com efeito dos aportes, dividendos reinvestidos e dos juros compostos ao longo do tempo, você caminhará cada vez mais para a sua liberdade e independência financeira. O caminho é longo, pode ser até doloroso, mas acho bem recompensador.

Deu para ver o poder das metas em uma estratégia focada em dividendos?

Por isso, foque nas suas metas! O resultado vem e o reconhecimento também. Acredite!

Somos adeptos à filosofia de renda passiva no Nord Dividendos! Convido você para conhecer o produto, clique aqui!

Tenho mais um pedido adicional, um pouco menos relacionado com tudo o que falamos hoje! A Marilia, sócia-fundadora da Nord e Analista de Renda Fixa, liberou ontem o último episódio da série “Muito Além da Bolsa”.

Tá rolando agora o último episódio da série! Se você ainda não viu, recomendo muito assistir. Deixarei o link aqui.

Um grande abraço e bons negócios.

Até a próxima semana.