Fundos de índices internacionais estreiam na B3; veja quais são

Os novos ativos possibilitam o acesso a mercados estrangeiros para os investidores brasileiros. Confira se vale a pena investir.

Christopher Gomes Galvão 10/10/2024 16:07 4 min
Fundos de índices internacionais estreiam na B3; veja quais são

Nesta quarta-feira, 9, a B3 recebeu seis novos ETFs de índices internacionais lançados pela  gestora internacional de ETF’s, First Trust, que atua no Brasil, em parceria com a HMC Capital.

Os novos fundos da gestora tem como objetivo ampliar a oferta de produtos que possibilitam o acesso a mercados estrangeiros para os investidores brasileiros. 

O que são fundos de índice?

Os ETFs, ou Exchange Traded Funds, são fundos de investimento negociados na bolsa de valores, em que você pode comprar ou vender as cotas do fundo na bolsa. Sabe quando você vai comprar uma ação no home broker? Funciona da mesma forma. Você coloca o ticker do ETF e compra o fundo.

No Brasil, os ETFs são voltados para uma gestão passiva, o que significa que o objetivo do fundo é replicar um índice ou setor de mercado a partir de uma metodologia pré-definida, e não selecionar os ativos a partir das convicções do gestor.

Tipos de ETF

Existem diversos tipos de ETFs como ETF de índice (seguir o S&P 500, por exemplo), de renda fixa, de setor (exposição a um setor específico), de multi ativos (ETF que investe em outros ETFs de diferentes tipos), de commodities e de estilo (investir em empresas de crescimento, por exemplo).

Lista dos 6 novos fundos de índices internacionais da B3:

  • SDVY - SMID Cap Rising Dvidend Avievers: investe em pequenas e médias empresas, considerando fatores como lucratividade, valor de mercado, crescimento em distribuição de dividendos.
  • GRID – Nasdaq Clean Edge Smart Grid Infrastructure: composto por companhias do mercado de infraestrutura elétrica, como linhas de transmissão, armazenagem, gerenciamento e redes.
  • ROBT – Nasdaq Artificial Intelligence and Robotics: formado por empresas engajadas nos segmentos de inteligência artificial e robótica.
  • FIW – Water: composto por companhias que possuam uma porção substancial das suas receitas oriundas das indústrias de água potável e residual.
  • FTGS – Growth Strength: formado por empresas com alto potencial de crescimento.
  • FEM – Emerging Markets AlphaDEX: investe em companhias de mercados emergentes, selecionadas por fatores de crescimento

Taxa de administração

As taxas de administração dos produtos variam entre 0,53% e 0,80% ao ano. 

Quem pode investir nos novos fundos?

Atualmente, somente os investidores qualificados, os quais possuem mais de R$ 1 milhão para investir, conseguem acessar os produtos. Porém, em breve, deve expandir-se aos investidores gerais.

Vale a pena investir em fundos de índices?

Os novos fundos tem uma ideia interessante por terem alocações mais específicas. Mas por enquanto preferimos ficar de fora. 

Entre as vantagens de se investir em um ETF está a liquidez e a facilidade em acessar esses fundos, bastando comprar ou vender as suas cotas na própria Bolsa.

Outra vantagem está nos custos, uma vez que as taxas cobradas pelos ETFs são menores do que dos fundos ativos. A média das taxas de administração cobradas pelos ETFs no Brasil é de 0,40% (as maiores taxas costumam ser de ETFs atrelados a criptomoedas, que podem ficar próximos de 1%), além de não terem cobrança de taxa de performance (por serem fundos passivos).

Por outro lado, os fundos ativos costumam cobrar uma taxa de administração de 2%, além de taxa de performance (sendo comum a cobrança de 20% acima do benchmark) devido aos maiores custos que envolvem estruturar um fundo ativo (como a necessidade de uma equipe maior, exigindo maiores custos de pessoal, por exemplo).

Apesar da expansão do mercado de ETFs no Brasil desde 20 anos atrás, esse é um mercado ainda pequeno no país em comparação com o que observamos nos Estados Unidos, por exemplo. Enquanto os ETFs representam algo próximo de 20% do mercado de fundos nos Estados Unidos, no Brasil esse dado corresponde a apenas 0,49%.

Apesar de o mercado ainda ser pequeno, nos últimos anos observamos um aumento no número de ETFs em terras tupiniquins, e temos recentemente visto lançamentos de ETFs cada vez mais diferentes, oferecendo propostas específicas aos investidores.

Para investir no mercado americano de Bolsa, preferimos investir por meio do S&P 500, cujo ETF é chamado de IVVB11. No entanto, é importante dosar a exposição uma vez que a Bolsa dos Estados Unidos se encontra mais cara no momento atual.

É seguro investir no IVVB11?

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