Nesta sexta-feira, 30, os índices futuros de Nova York operam sem uma direção definida. Os investidores seguem elevando as preocupações sobre futuras decisões de aumento de taxas do Federal Reserve (Fed) e o impacto no mercado.

Na agenda econômica, destaque para a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de agosto. Nos Estados Unidos, serão informados os gastos e a renda pessoal dos americanos e o Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE), ambos os dados referentes a agosto.

Principais assuntos de hoje

• Nova LCI oferece rendimentos isentos;
• Reiteramos compra para PARD3.

Nova LCI oferece renda mensal isenta de imposto de renda

Está procurando um investimento que lhe garanta lucro todo mês e livre de impostos?

Pouca gente sabe, mas o Banco Bari lançou uma Letra de Crédito Imobiliário (LCI) com rendimento mensal de 100% do CDI e, como toda LCI ou LCA, o investimento é livre de imposto de renda.

Os rendimentos desse título são pagos todos os meses diretamente na conta do investidor no próprio banco.

Com isso, o investidor tem a liberdade de fazer o que bem quiser com os rendimentos, desde realizar novas aplicações até usar para consumo no dia a dia.

A relevância

Na prática, o novo título de investimento, a LCI Renda Mensal do Banco Bari “pode disputar espaço com a ampla oferta de Certificados de Depósito Bancários (CDBs) e FIIs que também pagam retornos mensais”, comenta o analista de renda fixa, Christopher Galvão.

Pontos de atenção

Nosso analista fez algumas ressalvas a respeito da LCI Renda Mensal.

O valor mínimo para acessar o produto é de R$ 30 mil e o prazo de vencimento é de três anos.

“Pelo período de três anos, o saque do capital investido não pode ser realizado. Logo, o investidor precisa avaliar se não precisará do recurso no curto prazo. A liquidez é um risco que deve ser levado em conta, uma vez que o único montante disponível todo mês será o rendimento em cima do capital investido”, aponta o analista.

Outro ponto importante a ser considerado é que, como o rendimento mensal ficará disponível na conta corrente, essa LCI não terá o benefício de juros compostos.

Em resumo, o valor total investido não será somado aos juros já acumulados no período aplicado.

“Na LCI Renda Mensal, essa dinâmica não ocorre da mesma forma, visto que os rendimentos pagos e transferidos para a sua conta corrente do investidor não serão mais considerados nos cálculos do rendimento do mês seguinte”, explica nosso analista.

Para continuar com o dinheiro rendendo, o investidor precisará aplicar em outros títulos.

“A nosso ver, é uma boa oportunidade para aqueles que desejam uma renda recorrente todo mês, mas é muito importante considerar os pontos de atenção mencionados anteriormente para ponderar se realmente esse investimento faz sentido para você, com base nos seus objetivos”.

Comparação com o CDB

Para se ter uma ideia, um investimento de R$ 300 mil nessa LCI Renda Mensal teria gerado um retorno próximo de R$ 29,3 mil nos últimos 12 meses ao investidor (não considerando novas aplicações em outros títulos).

O mesmo montante investido em um CDB do próprio Banco Bari com rendimento de 121% do CDI, e o mesmo prazo de vencimento de três anos (produto também disponível pela plataforma do banco) renderia cerca de R$ 30,8 mil, descontando o Imposto de Renda.

É importante ressaltar que, como são títulos pós-fixados, os rendimentos vão depender da dinâmica futura da taxa de juros interna, que pode sofrer diferentes alterações nos próximos períodos.

Megafusão entre Fleury e Hermes Pardini está no caminho certo

A aquisição do Hermes Pardini (PARD3), no fim de junho, colocou o Fleury (FLRY3) sob os holofotes do mercado.

De lá para cá, o mercado tem acompanhado de perto as movimentações das gigantes do mercado de medicina diagnóstica.

A mais recente das aquisições do Fleury foi a transação com a Retina Clinic, em São Paulo, por R$ 21 milhões.

Já o Hermes Pardini anunciou que pagará R$ 17,8 milhões por 99% do capital social do laboratório CSV Central Sorológica em Vitória.

O que achamos

Segundo a analista de ações, Danielle Lopes, apesar de pequenas, as aquisições devem ajudar a impulsionar novas linhas de negócios.

“A Retina Clinic representa o segundo investimento do Fleury no segmento de oftalmologia e está em linha com a estratégia de diversificação do laboratório para novas áreas, chamadas internamente de novos elos”, disse.

Com relação à compra da CSV pelo Grupo Pardini, a analista avalia que a transação também está em linha com a estratégia da empresa.

“Hermes Pardini está focado na estratégia de mercado L2L (lab-to-lab), que tem como objetivo descentralizar o modelo de produção e obter um tempo de processamento de exames mais competitivo. A iniciativa é mais dos esforços para potencializar o atendimento do laboratório a hospitais e clínicas da região”, pontuou a analista.

De rivais a parceiras

A fusão entre Fleury e Hermes Pardini, cuja transação foi anunciada no fim de junho, une duas das três maiores empresas do setor de medicina diagnóstica no país.

Juntas, as companhias terão cerca de 35% de participação de mercado, enquanto a Alliar (ALLR3), a segunda maior, possui aproximadamente 20%.

A Alliar, inclusive, entrou como terceira interessada na fusão entre Fleury e Hermes Pardini, alegando que a nova empresa pode limitar o potencial de consolidação dos concorrentes.

“De fato, essa fusão é bastante transformacional para o mercado de medicina diagnóstica. O Fleury é uma empresa de quase R$ 2 bilhões de Ebitda e teremos uma empresa bem maior do que isso daqui para frente”, comenta Lopes.

Mantemos recomendação de compra para PARD3

De olho nas sinergias esperadas com a fusão entre as duas, nossa analista reitera recomendação de compra para as ações de Hermes Pardini (PARD3).

“A nosso ver, o Grupo Fleury agrega muito valor com sua marca e por atender um público premium, classes A e B. Do outro lado, o Grupo Pardini entrega conhecimento, expertise e velocidade para atender os hospitais e laboratórios”, avalia Lopes.

Entre os critérios que mais se destacam, a analista menciona o ótimo crescimento de Hermes Pardini desde 2017.

“Conseguimos ver que Hermes Pardini vem crescendo no histórico antes mesmo da Covid-19, que no ano passado ajudou a impulsionar o faturamento dos laboratórios. Fora a vertical de exames laboratoriais, Pardini possui um alto volume de exames toxicológicos e o projeto Enterprise, que contribuem bastante para os resultados da companhia, dado o aumento de produtividade e redução de custos”, observa.

Otimismo com o crescimento à frente

Acreditamos que o Hermes Pardini continuará reportando forte crescimento em suas áreas de atuação, principalmente na terceirização de laboratórios.

Vale ressaltar que entre os players do setor, nos últimos cinco anos, Hermes Pardini foi a empresa que mais cresceu.

Em termos de preço, Pardini também é a que está mais barata no momento, negociando a 14x lucros, contra Fleury a 16x Lucros e Alliar a 40x lucros.

“Pensamos que, após a conclusão da fusão, os múltiplos da nova empresa formada por Fleury e Pardini ficarão ao redor dos patamares atuais”, comentou a analista.

De olho no B2B

Em busca de novas receitas, o Pardini lançou na quarta-feira, 28 de setembro, o marketplace da Pardis.

Segundo informações divulgadas pelo Neofeed, a empresa foi criada na pandemia, inicialmente, para a entrega de testes rápidos de Covid-19.

A unidade opera sob o guarda-chuva da lab-to-lab que comentamos acima.

“Com o Pardis, o grupo dá mais um passo para aumentar a visibilidade do lab-to-lab, ainda pequeno nos resultados, mas que pode aumentar o mercado endereçável da companhia”.

À espera de um Cade

A fusão de Hermes Pardini com o Fleury depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Enquanto aguardamos o "xerife do mercado" bater o martelo, estamos comprando Hermes Pardini e recomendamos que você faça o mesmo.

Hermes Pardini é uma recomendação do Nord Ações. Saiba mais aqui.

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Marilia Fontes, sócia-fundadora e analista de Renda Fixa, te conta neste vídeo.

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