Como a Netflix (NFLX34) vai alcançar valor de mercado de US$ 1 trilhão até 2030
Entenda por que a Netflix, destaque no portfólio Nord Global, pode alcançar um valuation de US$ 1 trilhão com sua estratégia de crescimento até 2030

Não é de hoje que temos a Netflix (NFLX) como a nossa principal posição dentro da indústria do entretenimento. A empresa faz parte da carteira do Nord Global desde 2020.
Além de ter nos trazido inúmeras alegrias nos últimos cinco anos em termos de retorno (+91% acumulado com aumentos), a empresa segue correspondendo às nossas expectativas em termos de execução.
Recentemente, vazaram em alguns veículos de notícias algumas das metas internas que a empresa projeta para si até o ano de 2030. Entre essas metas: fazer com que a empresa se junte ao seleto grupo de companhias avaliadas em mais de US$ 1 trilhão.
Mas seria essa meta factível em meio a tanta competição que vem surgindo no setor? Existe mercado para que a empresa consiga fazer com que seus fundamentos justifiquem uma valorização de mercado tão expressiva? Vamos avaliar.
Streaming: o novo canal dominante
A Netflix foi pioneira nessa indústria de streaming on-line de séries e filmes. Mas isso não garantiu à empresa que ela seria a única a desbravar esse universo. Muito pelo contrário. O número de companhias que disputam o nosso tempo e atenção on-line está cada vez maior.
Desde empresas que possuem propostas similares à da Netflix, de ser um serviço completo (contando com filmes, séries e programas variados), até as que possuem nichos de espectadores, como é o caso de esportes, ou de animações japonesas (Crunchyroll), entre outras.
Mas o que ainda está em jogo para essas companhias não é a competição interna setorial entre elas, e sim uma mudança do tradicional modelo de TV a cabo para um modelo on-line de streaming.

O crescimento do setor de streaming
Podemos ver que as principais empresas de streaming (imagem abaixo) seguem crescendo seus números de assinantes no mundo inteiro. Tendência que deve perdurar por muitos anos ainda.

Por que a Netflix se destaca da concorrência
O que, na nossa visão, diferencia a Netflix das demais é seu catálogo mais completo: além dos conteúdos proprietários, a plataforma reúne obras de praticamente todas as suas concorrentes.
Isso aconteceu porque a Netflix saiu no topo após a disputa com essas empresas, em um movimento dentro do setor que ficou conhecido como “guerra dos streamings”. Esse conflito se encerrou à medida que empresas como Disney+ e Max voltaram atrás e listaram novamente suas obras na plataforma da concorrente.
Por conta desse catálogo mais robusto, a Netflix acaba sendo a primeira plataforma a ser assinada e a última a ser cancelada — um feito que, na nossa visão, vai além do catálogo.
Enxergamos que, no ambiente competitivo do streaming, a empresa se sobressai. Mas isso não é o suficiente para que ela consiga chegar a ser uma companhia de US$ 1 trilhão. É preciso mais.
Como a Netflix vai valer US$ 1 trilhão até 2030
Para atingir a meta de chegar a uma valorização de US$ 1 trilhão até 2030, a empresa também tem metas internas de resultados que possibilitariam — na visão da companhia — atingir esse objetivo. Conforme o que saiu na mídia, para tal feito, a Netflix espera que até 2030 ela consiga dobrar suas receitas e triplicar seu lucro operacional (Ebit).
À primeira vista “dobrar” e “triplicar” parecem objetivos bastante desafiadores. Contudo, não é o caso.
De 2019 até o final de 2024, a empresa fez exatamente isso — e até mais. Em 2019, suas receitas eram de US$ 19 bilhões, enquanto em 2024 a empresa praticamente as dobrou para US$ 39 bilhões. Já o seu lucro operacional (Ebit) era de apenas US$ 2,6 bi em 2019, e praticamente quadruplicou para US$ 10,4 bi em 2024.
Claro que dobrar de tamanho de 20 para 40 é muito mais fácil do que de 40 para 80. Mas é bastante factível.

Traduzindo essas metas para números: até 2030 a empresa teria que aumentar suas receitas a uma taxa anual média de +12% ao ano. Não necessariamente isso acontecerá de forma linear, como é mostrado na imagem acima. Para chegar a isso, ela tem dois caminhos: aumentar o número de assinantes ou aumentar seus preços.
A empresa não divulga mais o número de assinantes que possui, mas da última vez que esse número foi reportado era um valor ligeiramente acima de 301 milhões de moradias no mundo inteiro.
Cada uma dessas moradias gasta, em média, US$ 10,8 por mês com o serviço da empresa. Caso, até 2030, a plataforma consiga aumentar seus usuários em apenas 50%, seria necessário um aumento de 30% do preço em 5 anos para atingir a meta.
Esses números podem mudar. O aumento de usuários pode ser de 60% e o preço, de 25%, entre tantas outras combinações. Mas nos parece uma meta factível.
O desafio de ser uma gigante do trilhão
O grande desafio será triplicar seu lucro operacional. Para conseguir triplicar seu Ebit até 2030, é preciso que ele cresça a uma taxa média de +19% ao ano. Isso significaria partir de uma margem operacional de 26,7%, e chegar a uma margem de 38,5%. É um desafio, mas é possível atingir.
Isso porque a empresa tem um efeito de rede importante que pesa a favor de um aumento de margem. O conteúdo que ela vai produzir tendo mais assinantes é, sem dúvidas, maior — consequentemente, seus custos também aumentam. Mas em um ritmo menor do que o das receitas.
Os novos assinantes terão interesses que se sobrepõem. Com isso, novas assinaturas resultam em melhores margens para a companhia.
O plano é ambicioso, mas alcançável.
Contudo, o valor de US$ 1 trilhão foge ao controle da empresa. Mas, caso ela consiga entregar o que se propõe, acreditamos que ficará mais próxima de justificar essa aspiração que tem para si mesma.
Ações internacionais recomendadas pela Nord
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