MRV (MRVE3) dispara 10% após novo plano estratégico: agora é hora de comprar ou vender?
As ações da MRV (MRVE3) registram forte alta nesta sexta-feira, 6, após o anúncio da nova estratégia para a Resia, sua subsidiária nos Estados Unidos, visando simplificar suas operações, estrutura organizacional e financeira, além de acelerar a desalavancagem do grupo.
As ações MRVE3 abriram em alta de mais de +10% e entraram em leilão novamente logo na sequência.
Hora de arrumar a casa
O primeiro passo será a venda dos 7 projetos (6 prontos e 1 em construção) que compõem o portfólio de ativos atualmente, além da venda de mais de 60% do landbank (banco de terrenos), que somarão cerca de US$ 800 milhões em valor de vendas até o fim de 2026.
O ritmo de lançamento de novos empreendimentos será reduzido nos próximos dois anos, com foco nos projetos de alta rentabilidade, que demandarão um investimento de apenas US$ 20 milhões em capital próprio e US$ 120 milhões em dívida. Além disso, o início das novas obras será condicionado a execução do plano de desinvestimento citado acima.
Adicionalmente, a companhia irá reduzir seus gastos com despesas gerais e administrativas de US$ 35 milhões anuais para menos de US$ 10 milhões já em 2025.
Como consequência de todas estas ações, a expectativa é de que a alavancagem da Resia seja reduzida em US$ 480 milhões (US$ 630 milhões atualmente) e que sejam gerados cerca de US$ 200 milhões em lucros até o fim de 2026.
O que achamos do novo plano estratégico da MRV?
A nova estratégia reflete uma visão mais conservadora quanto à alocação de capital e a busca por eficiência operacional e financeira. As mudanças têm como foco simplificar a operação, liberar capital e fortalecer a geração de caixa.
O que esperar de MRV em 2025?
O ano de 2024 está marcando um importante ponto de inflexão nos resultados da MRV, que ainda sofre com o fim da safra da pandemia passando por seu balanço (2020 e 2021 foram os melhores anos em quantidade de vendas na empresa). Em 2025, a tendência é de um resultado bem mais forte.
A companhia também reafirmou que entregará todas as métricas propostas para sua operação de incorporação brasileira em 2024, com os números do próximo trimestre ainda melhores do que neste.