As melhores ações de energia para investir em 2025
A melhor é a Isa Energia (ISAE4) com DY de 10,1%; veja a outra ação
As empresas do setor elétrico são consideradas as queridinhas dos investidores que buscam dividendos, sobretudo por se tratar de um setor perene e altamente previsível.
Em momentos de crise ou não, a energia elétrica é essencial e estará sempre presente. Na Bolsa brasileira, temos vários exemplos: Copel (CPLE6), Taesa (TAEE11), Cemig (CMIG4), Engie (EGIE3), Eletrobras (ELET6), CPFL (CPFE3), Isa Energia (ISAE4), entre outras.
Agora, a pergunta principal é: qual delas é a melhor para investir em 2025? Vamos descobrir.
Cenário econômico para as “dividendeiras” em 2025
2024 não foi nada fácil para a Bolsa no país, em especial pela escalada do risco fiscal no país, que resultou em um novo ciclo de alta para a Selic e na precificação dos juros futuros em 15% pelo mercado, impactando drasticamente os ativos brasileiros de risco.
Contudo, ainda que o IBOV tenha caído -10% e o SMLL -25% no último ano, o IDIV, principal índice de dividendos da B3, caiu menos de -3%.
Ainda que também tenha apresentado uma performance negativa, o desempenho apresentado pelas “dividendeiras” foi (bem) mais resiliente em relação à média do mercado.
Para 2025, ainda que o cenário siga incerto, o mercado deverá seguir escolhendo empresas maduras, geradoras de caixa, muitas vezes líderes em seus setores, com baixa ou nenhuma alavancagem e que, por consequência, podem distribuir elevados dividendos.
Obviamente, se o investidor pessoa física (eu e você que está lendo esse texto) quiser seguir o mesmo caminho, não há como fugir das companhias de energia elétrica.
No último ano, as 10 maiores empresas brasileiras de energia (em valor de mercado) distribuíram, juntas, cerca de R$ 19,8 bilhões em dividendos aos seus acionistas.
As 10 maiores ações de energia da B3
Abaixo, separamos uma tabela com essas 10 ações de energia, apresentando o montante total pago por cada uma e seus respectivos rendimentos anuais (dividend yield).
| Empresa | Ticker | Dividend Yield | Dividendo Pago (2024) |
| 1. Eletrobras | ELET3 | 3,7% | R$ 1,3 bilhão |
| 2. CPFL | CPFE3 | 8,6% | R$ 4,4 bilhões |
| 3. Cemig | CMIG4 | 12,3% | R$ 3,9 bilhões |
| 4. Equatorial | EQTL3 | 1,6% | R$ 1,4 bilhão |
| 5. Engie | EGIE3 | 7,6% | R$ 1,9 bilhão |
| 6. Copel | CPLE6 | 4,7% | R$ 1,0 bilhão |
| 7. Neoenergia | NEOE3 | 3,7% | R$ 1,4 bilhão |
| 8. Energisa | ENGI11 | 2,7% | R$ 1,4 bilhão |
| 9. ISA Energia | ISAE4 | 10,1% | R$ 1,2 bilhão |
| 10. Rede | REDE3 | 9,5% | R$ 1,9 bilhão |
Fonte: Economatica
Como podemos ver acima, não é porque uma empresa atua no setor elétrico que a mesma, necessariamente, possui um elevado rendimento com seus dividendos pagos. Além disso, algumas até possuem um alto dividend yield, mas seus riscos também são elevados.
Ações do setor elétrico: veja as principais e se vale a pena investir
Neste cenário, a série Nord Dividendos analisou as principais empresas do setor elétrico e suas perspectivas para este ano.
Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras é a maior empresa de energia elétrica da América Latina, atuando principalmente em geração, transmissão e comercialização de energia no Brasil, com foco em fontes renováveis e gestão de grandes usinas hidrelétricas.
Apesar de ser recém-privatizada, vem enfrentando dificuldades em reduzir seus índices de alavancagem, melhorar seus resultados de forma mais expressiva (seu lucro líquido segue no mesmo patamar de 2017 e remunerar melhor seus acionistas.
Taesa (TAEE11)
A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica) é uma das maiores empresas de transmissão de energia do Brasil, especializada na construção, operação e manutenção de linhas e subestações elétricas, com atuação em diversas regiões do país.
O segmento de transmissão é mais sólido e previsível do setor energético (e também da Bolsa), em função de seus contratos de longo prazo e correções anuais por índices inflacionários. Assim, consegue apresentar resultados e dividendos constantes.
Cemig (CMIG4)
A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) é uma das maiores empresas de energia do Brasil, atuando em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, com forte presença em Minas Gerais e foco em fontes renováveis.
Apesar de ser uma companhia estatal, a Cemig vem mitigando os riscos de ingerência e entregando resultados crescentes nos últimos anos, em função de um maior volume de investimentos, melhores revisões tarifárias e redução de custos.
Copel (CPLE6)
A Copel (Companhia Paranaense de Energia) é uma das principais empresas de energia do Brasil, atuando em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, com foco em inovação e forte presença no estado do Paraná.
A Copel foi mais uma energética a ser privatizada recentemente. Desde então, seus resultados vêm apresentando uma sólida recuperação e suas ações vêm acompanhando o mesmo movimento, comprimindo seu dividend yield (dividendo/preço da ação) atual.
Neoenergia (NEOE3)
A Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, é uma das maiores empresas integradas de energia do Brasil, atuando em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, com destaque para investimentos em energias renováveis.
A companhia vem investindo na solidez e diversificação de suas operações para trazer ainda mais resiliência aos seus resultados. Os investimentos, porém, vêm elevando sua alavancagem financeira e, consequentemente, reduzindo seus dividendos.
Riscos do setor elétrico
Entre as elétricas da B3, vemos empresas com riscos estatais, outras que foram privatizadas recentemente (como Eletrobras e Copel), mas que não distribuíram altos dividendos no último ano, além de outras empresas que, no momento, estão focando seus recursos em investimentos.
No Nord Dividendos, temos quatro dessas companhias listadas, que acreditamos serem as melhores oportunidades no setor neste momento.
As melhores ações de energia para investir em 2025
Para nós, a melhor, de forma disparada, é a ISA Energia, que atua no segmento de transmissão, que, por si só, já é extremamente previsível por seus contratos de longo prazo (30 anos) e que são corrigidos por índices de inflação todos os anos.
Comparando com seus pares, Taesa e Alupar, a ISA Energia possui os melhores indicadores de endividamento, o vencimento médio de contratos mais longo e os menores múltiplos. Negociando a 7x lucros e com um dividend yield de 10%, compre ISAE4.
Além da transmissora, também enxergamos oportunidades na distribuidora CPFL (que também atua em geração e transmissão), que possui um rendimento próximo de 9% e que negocia nos menores múltiplos de seu segmento, de 7x lucros. Compre CPFE3.
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