Melhores ações de bancos para investir em 2025
Veja as estratégias de bancos que estão superando expectativas e oferecem alto potencial de valorização
Em um cenário econômico cada vez mais competitivo, algumas instituições financeiras estão à frente no quesito crescimento e rentabilidade.
Esses três bancos são exemplos disso: resultados consistentes, visão de longo prazo e estratégias focadas em gerar valor para acionistas. Eles estão entregando lucros acima do esperado e moldando o mercado para o futuro.
Agora é a hora de entender por que investir neles pode ser a decisão mais inteligente que você vai tomar neste ano.
Itaú Unibanco (ITUB3)
O Itaú Unibanco, fundado em 1924, é um dos maiores bancos do Brasil e da América Latina, resultante da fusão em 2008 entre o Banco Itaú e o Unibanco.
Ele oferece uma ampla gama de serviços financeiros, incluindo banco comercial, banco de investimento, seguros, previdência privada e capitalização. Atua tanto no mercado de varejo quanto no corporativo, com uma presença significativa em diversos países.
O Itaú reportou resultados acima do consenso do mercado, com um lucro líquido de R$ 10,7 bilhões, alta de +18%, e um ROE (retorno sobre patrimônio líquido) alcançando a marca de 22,7% (+1,6 p.p.).
As receitas de prestação de serviços atingiram R$ 11,2 bilhões, crescimento de +5%, com maiores ganhos em administração de consórcios (+20%) e fundos (+16%), além de assessoria e corretagem (+11%). Já a receita de seguros foi de R$ 2,5 bilhões (+15%). Assim, o produto bancário (margem financeira + receitas de serviços e seguros) totalizou R$ 42,7 bilhões (+8%).
Expectativas de crescimento para Itaú Unibanco
O 3T24 foi mais um período em que o Itaú conseguiu surpreender positivamente seus investidores, novamente conciliando crescimento com forte rentabilidade. O resultado foi tão positivo que o banco decidiu elevar seu guidance (projeções) para 2024, tornando o que era “teto” para o crescimento de sua carteira de crédito (6,5% a 9,5%) em “piso” (9,5% a 12,5%).
Com o crescimento consistente de sua carteira de crédito e produto bancário em conjunto à redução de sua inadimplência, o Itaú pôde entregar um lucro maior do que o mercado havia projetado (+18% vs. +15%), o que é de se ressaltar, tendo em vista o porte do banco.
Vale destacar também seu ROE, que já caminha para atingir 23% (visto pela última vez em 2016).
Negociando a 8x lucros e com um dividend yield atual de 8% (podendo chegar próximo aos dois dígitos com os dividendos extraordinários), seguimos comprados em ITUB3 e estamos seguros de que o banco se mantém como uma boa oportunidade no momento.
Banco Inter (INBR32)
O Inter é um dos pioneiros na oferta de serviços bancários digitais no Brasil e atualmente é uma das principais instituições financeiras do país. A empresa oferece um amplo portfólio de soluções, atuando em sete verticais diferentes e é referência em inovação no setor.
Ele reportou resultados acima do esperado, com uma receita de R$ 1,7 bilhão no 3T24, crescimento de +32% e um lucro líquido de R$ 260 milhões, expansão de +150%. Todos os resultados foram comparados com o mesmo período do ano anterior.
Adicionando 1,6 milhão de clientes a sua base, o Inter encerrou o 2T24 com 34,9 milhões de clientes, crescimento de +19% na comparação anual. Foram adicionados 1,1 milhão de clientes à base de clientes ativos e a taxa de ativação foi de 56% (+3,3 p.p.).
Plano 60-30-30
Com um portfólio de produtos e serviços completo, experiência do usuário que é benchmark, alto nível de principalidade e a hiper personalização levando a um cross sell crescente, e um NIM em expansão, o Inter segue ganhando market share em todas as suas verticais diluindo custos e entregando resultados sequencialmente melhores há 6 trimestres consecutivos.
Além de continuar crescendo sua base de clientes, a tendência de aumento do ARPAC e redução do CTS irá continuar nos próximos anos e a cada trimestre temos mais confiança de que a empresa irá conseguir alcançar os objetivos traçados no Plano 60/30/30 (R$ 5 bilhões de lucro em 2027).
Negociando a 14x lucros, enxergamos INBR32 como uma das melhores oportunidades da bolsa brasileira.
BTG Pactual (BPAC11)
BTG é um banco de investimentos, organizado nas seguintes áreas de negócios:
- Investment Banking: serviços de assessoria financeira (fusões e aquisições — M&A) e em mercado de capitais (ofertas públicas ou privadas de ações e títulos de dívida);
- Corporate Lending & Business Banking: financiamentos, créditos estruturados e empréstimos garantidos a empresas;
- Sales and Trading: produtos e serviços de formador de mercado, corretagem e compensação, operações com derivativos, taxas de juros, câmbio, ações, energia e commodities para clientes institucionais;
- Asset Management: serviços de gestão de recursos via fundos de investimentos;
- Wealth Management and Personal Banking: serviços de consultoria em investimento, planejamento financeiro e gestão de patrimônio a indivíduos de alta renda;
- Non-core business: Participações (Banco Pan, Too Seguros) e Interest & Others (patrimônio líquido da empresa investido em CDI).
A divisão das receitas está separada da seguinte forma:
A diversificação de receita nas linhas de negócio permite ao BTG um crescimento saudável no longo prazo, crescimento já visto desde os trimestres anteriores.
O BTG Pactual reportou resultados sólidos no 3T24, com uma receita total de R$ 6,4 bilhões, um crescimento de +14% sobre o 3T23. O lucro líquido somou R$ 3 bilhões, registrando um avanço de +17%. Todos os resultados foram comparados com o mesmo período em relação ao ano anterior.
Os destaques do trimestre ficaram para o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) ajustado de 23,5%, R$ 1,8 trilhão em AuM/WuM (Ativos/Wealth sob gestão), com a marca significativa de captação, totalizando R$ 78 bilhões no trimestre (Net New Money), captação +66% maior do que o 3T23.
Foco em gestão de patrimônio
O BTG continua atraindo clientes de alta renda e investidores institucionais, o que impulsiona o crescimento de AuM e WuM. A expectativa é de manter um ritmo elevado de captação líquida, especialmente em produtos de renda fixa e fundos diversificados, consolidando sua liderança nesses segmentos.
Para nós, a continuidade do crescimento da captação e do aumento de rentabilidade proporciona uma imensa geração de valor aos acionistas no longo prazo. Mesmo com mercados mais debilitados, em crise, que afetam algumas das áreas de negócio da companhia, o banco segue com bom crescimento e alta rentabilidade.
Do ponto de vista dos riscos, é importante observar a concentração trimestral da companhia em áreas como Sales & Trading, que possui resultados mais voláteis, assim como Investment Banking, mais dependente de emissões de ações (ECM) e dívida (DCM)
Negociando a 8x lucros, continuamos confiantes com a tese em BTG Pactual.
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