Melhor investimento de renda fixa hoje
A renda fixa no Brasil ainda brilha com atraso no corte de juros nos EUA e desafios no cenário doméstico. A classe registrou uma captação recorde para o período, de R$ 167,6 bilhões em ofertas entre janeiro e abril, de acordo com dados da Anbima.
O volume de captação foi o maior da história e representou um aumento de +139,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Por que os investidores estão aumentando suas posições em produtos de renda fixa?
Elencamos abaixo alguns fatores que impulsionaram a atratividade da renda fixa em 2024.
O primeiro deles ocorreu no início do ano, com a alteração na tributação dos fundos exclusivos e fundos offshore.
Como efeito da alteração, houve uma migração dos investimentos dessas classes de ativos impactadas para ativos isentos de imposto de renda disponíveis na renda fixa, como as debêntures incentivadas, Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Agrícolas e Imobiliários (CRA e CRI).
Dessa forma, o ano se iniciou com uma entrada desse grupo de investidores, criando uma demanda maior pelos ativos de renda fixa.
Como segundo ponto, temos um cenário macroeconômico em 2024 repleto de desafios, promovendo dois efeitos para a renda fixa: um ciclo de cortes cauteloso, que permite uma taxa de juros elevada no curto prazo e uma piora nas taxas de juros futuras precificando os desafios atuais e futuros. Mas o que isso significa na prática?
Os cortes cautelosos significam uma Selic ainda elevada para o curto prazo, que se encontra em 10,50% a.a. após a reunião do Copom de maio.
Essa taxa acima de 10% atrai investidores para ativos pós-fixados de curto prazo atrelados à Selic ou ao CDI, ao permitirem ao investidor um retorno elevado com baixo risco, que pode ser obtido via Tesouro Selic ou via crédito privado de emissores com boa avaliação de crédito.
Quanto à piora nas precificações futuras, apesar dos cortes na Selic, houve um aumento relevante de incertezas, que levou o mercado a precificar uma elevação da Selic para este ano e para os anos seguintes. Esse movimento pode ser visto na elevação das taxas dos títulos Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.
Em termos de investimentos, a piora do cenário está sendo refletida na continuidade do Brasil em ter uma das maiores taxas de juro real do mundo, abrindo oportunidade para os investidores travarem retornos reais de 6% ao ano pelos próximos 10 anos.
Essa taxa reflete incertezas quanto ao início dos cortes de juros nos Estados Unidos e quanto a uma atividade doméstica mais dinâmica do que o esperado, que conta com a massa salarial em patamares recordes, sendo estes risco inflacionário. Também reflete o aumento da percepção do risco fiscal após a alteração da meta para 2025 e a divisão do Copom que levantou questionamentos sobre o comprometimento do próximo Banco Central em levar a inflação para a meta.
Todas essas incertezas também nos levam ao nosso terceiro ponto de atratividade da renda fixa: com o mercado sem grandes direcionamentos, diversos investidores se sentem inseguros para montar novas posições, e, portanto, mantém um relevante percentual da carteira em renda fixa, aguardando novas sinalizações de mercado.
Conforme o mercado receber maiores sinalizações de direcionamento, começando com o momento de início de corte de juros nos Estados Unidos, devemos observar uma migração dos investidores da renda fixa para ativos de risco.
Qual é o melhor investimento de renda fixa hoje?
No cenário atual com o juro real e juro nominal pressionados para o médio e longo prazo, ativos atrelados ao IPCA devem se beneficiar da continuidade dos cortes de juros e da redução das pressões do mercado conforme tivermos maiores clarezas acerca do cenário atual, começando com a sinalização de quando o Banco Central dos Estados Unidos irá iniciar os cortes.
O título Tesouro IPCA+, caso seja levado ao vencimento, está fornecendo uma rentabilidade bastante singular com remuneração acima de 6%. O título também fornece ao investidor proteção contra a inflação caso o cenário apresente pioras relevantes e apresenta a possibilidade de ganhos com a marcação a mercado se concretizado o cenário de redução da curva de juros futuras conforme a expectativa do parágrafo anterior.
Contudo, é possível buscar rentabilidades maiores que nos títulos públicos, isentas de Imposto de Renda investindo em uma classe “premium” da renda fixa.
Quem topa um risco um pouco maior que o da renda fixa tradicional tem a oportunidade de capturar retornos acima de IPCA + 7% ao ano. No entanto, para estes títulos é necessária uma rigorosa análise de crédito para ponderar o risco em relação à taxa e ao prazo fornecido.
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