Nomad ou Avenue: qual é a melhor corretora para investir no exterior?
Descubra qual é a melhor corretora para investir no exterior. Além de Nomad e Avenue, conheça outras opções
Se você está em busca de qual é a melhor corretora para investir no exterior, este artigo analisa as melhores opções disponíveis para quem deseja aplicar seu dinheiro no mercado internacional, aproveitando as oportunidades de investimento mais atrativas do mundo.
Sumário
- O potencial do mercado americano
- 5 melhores corretoras para investir no exterior
- Veredito: qual é a melhor corretora recomendada pelo analista para investir no exterior?
- O que você precisa saber antes de contratar uma corretora para investir no exterior
- 1. Aceitação de estrangeiros
- 2. Acessibilidade do idioma
- 3. Reputação da corretora
- 4. Taxas praticadas
- 5. Relatórios para Imposto de Renda
- Por que investir no exterior?
- Vale a pena contratar corretoras para investir no exterior?
- Perguntas frequentes sobre corretoras para investir no exterior
O potencial do mercado americano
As histórias de sucesso no mundo dos investimentos muitas vezes têm origem nos Estados Unidos. O ambiente financeiro desse país, caracterizado por crescimento econômico robusto, segurança jurídica e incentivos à produtividade, oferece vantagens significativas para os investidores.
Os grandes investidores da história recente, como Warren Buffett e Peter Lynch, são predominantemente americanos. Embora haja exceções, como o brasileiro Pedro Damasceno, o fato é que o ambiente de investimento nos EUA e em outros mercados desenvolvidos tende a ser mais favorável em comparação com mercados emergentes.
Comparação de retornos: S&P 500, IBOV e MSCI World
Investindo no mercado americano a partir de 2009, na mínima pós-crise de 2008, teria gerado um retorno médio de +16% ao ano em dólares. Para um horizonte mais longo, desde 2000, o S&P 500 acumulou retornos de +315%, em contraste com +128% do IBOV e +168% do MSCI World, todos em dólar.
Por muito tempo, para nós, brasileiros, o acesso aos investimentos internacionais era muito restrito apenas àqueles com enormes quantias de dinheiro.
Mas como disse Logan, o Wolverine, “Charles, the world is not the same as it was”. Em português, “Charles, o mundo não é mais o mesmo".
Hoje, o acesso aos mercados globais é muito mais democratizado.
Mas sempre existe a dúvida do “como” ou de “qual é a melhor plataforma para fazê-lo”. Então, vamos destrinchar algumas das opções que existem hoje.
5 melhores corretoras para investir no exterior
1. Inter
O Inter é um dos maiores bancos digitais do Brasil. Além de oferecer praticamente todos os serviços bancários no Brasil, a empresa também possui uma plataforma de conta global. Por meio dela, o cliente consegue fazer movimentações em dólar e também investimentos.
Dentro dessa plataforma global, o Inter oferece: investimentos nos mercados americanos (ações, ETFs, Reits etc.), conta corrente em dólar e cartões, além de câmbio.
Entre as alternativas de corretoras, o Inter se destaca por sua competitividade em custos. Ele não cobra taxas de corretagem em operações de compra e venda e possui spreads bastante competitivos no câmbio (podendo chegar a 0,99%).
Por conta dessa competitividade nos custos, a plataforma é ótima para quem não quer gastar com corretagem, mas procura investir apenas em ativos de bolsa.
A grande desvantagem do Inter é que, por enquanto, o acesso é exclusivo ao mercado americano. Então, para aqueles que, além de investir em empresas listadas nos EUA, gostariam de ter acesso a ativos em diferentes bolsas no mundo inteiro, assim como um leque robusto de outros ativos, ele pode não ser tão interessante.
2. Nomad
Muito parecido com o Inter, a Nomad tem como foco o custo mais baixo, não possuindo taxa de corretagem para movimentações e oferecendo, além da conta de investimentos, serviços de conta em moedas estrangeiras.
Contudo, o spread do câmbio parte de 2%, podendo chegar a valores menores a depender do tamanho da movimentação.
As vantagens são os custos baixos para as movimentações em ativos de bolsa, mas a desvantagem, assim como o Inter, é o leque de opções além dos investimentos em bolsa.
3. Avenue
A Avenue atua nesse mercado desde 2018 e talvez seja uma das pioneiras nessa democratização de investimentos no exterior para o público brasileiro. Ela conta com serviços de contas bancárias e cartões em moedas estrangeiras, além da conta de investimentos com mais de 8.000 produtos em sua base.
Oferecem desde ações a ETFs, Fundos, REITs e ativos de renda fixa no exterior.
A grande vantagem da plataforma é o leque de opções de investimentos nos EUA que ela proporciona, além do relatório de imposto de renda (ajuda bastante). Eles também possuem dois tipos de planos, o premium e o plano corretagem zero.
No premium, as taxas de corretagem variam de US$ 2,50 a US$ 7,50, mas dão acesso a alguns benefícios como relatórios e recomendações. No plano corretagem zero, o cliente tem até 3 operações a custo zero e, posteriormente, com corretagens iguais às do plano Premium.
As desvantagens são esses custos de corretagem. A depender do valor movimentado, o custo pode ser relevante. Além disso, a plataforma oferece apenas investimentos nos EUA, sem uma variedade global de ativos. Outra desvantagem são os spreads cobrados pela plataforma no câmbio, que podem variar entre entre 0,5% a 1,95%.
4. XP Internacional
A XP foi uma das empresas pioneiras na busca pela democratização dos investimentos no Brasil. Tem uma história de enorme sucesso com investimentos aqui no Brasil para seus clientes. Recentemente, eles incluíram uma plataforma internacional de investimentos que engloba toda a parte de investimentos em ações, ETFs e renda fixa nos EUA.
Contudo, é preciso ter R$ 10 mil para ter acesso a essa conta hoje. Além desse empecilho, entre as corretoras avaliadas, ela é a mais cara. O spread no câmbio fica em média em 2,25% e suas taxas de corretagem variam de US$ 1 até US$ 8,60 (para transações acima de 2 mil).
A vantagem da XP é que caso você já seja cliente e prefira ter seus ativos todos em uma mesma corretora, ela te possibilita isso.
Todavia, em termos de desvantagens, ela lidera a lista. Além da restrição de ter apenas ativos nos EUA, a plataforma não conta com uma grande variedade deles, como a Avenue, por exemplo. Os custos também não fazem dela uma opção muito atrativa.
5. Interactive Brokers
Por fim, mas não menos importante, talvez a mais completa plataforma de investimentos entre todas as analisadas. A Interactive Brokers é uma corretora internacional com uma plataforma Global de investimentos.
A grande vantagem dessa plataforma é que ela não te dá apenas acesso ao mercado americano, como as demais acima, mas possui um leque de investimentos no mundo inteiro. Ela não possui corretagem para ações, apenas para opções em seu plano Lite. No entanto, no plano Premium, suas taxas de corretagens são de US$ 0,0005 a US$ 0,005 para ações, e com o valor próximo ao plano Lite para opções.
A grande desvantagem é que a plataforma é mais complexa do que as demais, o que pode ser um pouco intimidador para quem está apenas começando. Além disso, eles já possuem serviços e um time dedicado ao atendimento em português, mas nesse aspecto ainda deixam a desejar em relação às demais, que são voltadas ao público brasileiro.
Veredito: qual é a melhor corretora recomendada pelo analista para investir no exterior?
A escolha da corretora ideal depende do seu perfil de investidor. Se você deseja investir exclusivamente nos EUA com custos reduzidos, o Inter e a Nomad são boas opções.
Para diversificação de ativos, a Avenue pode ser interessante, apesar de alguns custos elevados. Se seu objetivo é acessar não apenas o mercado americano, mas também diversos outros mercados globais, a Interactive Brokers é a melhor escolha.
Atualmente, utilizo a Avenue para alguns investimentos e conta bancária internacional, utilizando dinheiro que eu já havia enviado para a plataforma (muito custoso de tirar de lá).
Enquanto minha conta na Interactive Brokers passou a ser minha principal plataforma para o envio de novos investimentos. Contudo, ainda considero os spreads de câmbio elevados na maioria das corretoras.
Na Nord Wealth e para clientes Nord Global, conseguimos condições muito melhores para nossos clientes nesse aspecto.
O que você precisa saber antes de contratar uma corretora para investir no exterior
Investir no exterior pode ser mais desafiador do que investir no Brasil, exigindo uma análise cuidadosa.
Para aqueles que buscam aplicar seu patrimônio fora do país pela primeira vez, é fundamental observar alguns pontos antes de escolher uma corretora, garantindo que a opção atenda às suas necessidades e expectativas.
Aqui estão os principais aspectos a considerar:
1. Aceitação de estrangeiros
Verifique se a corretora permite a abertura de contas para brasileiros. Muitas plataformas possuem regras específicas quanto à residência do usuário. Antes de avaliar taxas e portfólios, confirme se você se enquadra nos requisitos da corretora.
2. Acessibilidade do idioma
Se você não domina o inglês ou espanhol, procure uma corretora que ofereça atendimento em português. A compreensão clara sobre os ativos e o desempenho das aplicações é crucial para o sucesso do investimento.
3. Reputação da corretora
Verifique a confiabilidade da corretora consultando registros em órgãos reguladores, como:
- Financial Industry Regulatory Authority (FINRA): similar à ANBIMA do Brasil, regula o ambiente de investimento nos EUA.
- Securities and Exchange Commission (SEC): equivalente à CVM, regulamenta os mercados financeiros nos EUA.
- Securities Investor Protection Corporation (SIPC): protege investidores contra falências de corretoras, semelhante ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no Brasil.
4. Taxas praticadas
Investir no exterior pode incluir taxas adicionais. Embora muitas corretoras operem sob taxa zero, cada uma tem suas regras. Verifique:
- corretagem;
- mensalidade;
- valor mínimo de aplicação;
- taxas de abertura de conta
5. Relatórios para Imposto de Renda
Os rendimentos obtidos no exterior devem ser declarados à Receita Federal. Optar por uma corretora que emita relatórios para facilitar sua declaração pode evitar complicações e erros.
Por que investir no exterior?
Investir fora do país oferece diversos benefícios, como:
- Redução dos riscos financeiros: a diversificação geográfica protege sua carteira contra riscos sistemáticos e não sistemáticos do Brasil.
- Diversificação de portfólio: equilibrar investimentos em ativos internacionais ajuda a mitigar perdas durante períodos de instabilidade no mercado brasileiro.
- Potencial de retorno: o investimento em dólar pode trazer retornos significativos, especialmente quando comparado ao desempenho do Ibovespa.
- Exposição a cenários econômicos globais: investir em empresas com operações internacionais proporciona proteção contra a volatilidade do mercado interno.
- Variedade de ativos: acesso a empresas de renome, como Netflix e Disney, que não possuem equivalentes no Brasil.
Vale a pena contratar corretoras para investir no exterior?
Sim, vale a pena. As corretoras internacionais oferecem conhecimento especializado e facilitam o acesso a mercados globais, tornando o processo mais simples para investidores iniciantes.
Perguntas frequentes sobre corretoras para investir no exterior
Qual é a melhor corretora brasileira para investir no exterior?
Dentre as opções sólidas estão Avenue, Inter e XP Investimentos. Avalie taxas e requisitos de abertura de conta para escolher.
Qual é a melhor corretora para investir em dólar?
Além de corretoras brasileiras como Inter, Nomad, Avenue e XP, considere opções como a Interactive Brokers. Avalie os spreads cambiais e as taxas antes de tomar sua decisão.
Como declarar investimentos no exterior?
Na ficha "Bens e Direitos" da declaração do Imposto de Renda, escolha o grupo adequado, adicione o código do ativo e especifique o país do investimento.
Quanto custa investir no exterior?
Os custos variam, mas podem incluir IOF, taxas de câmbio e cobranças de custódia. Confira as tarifas específicas de cada corretora.
Existem outras formas de investir no exterior?
Sim! Você pode optar por fundos de investimento internacionais, ADRs e BDRs, investimentos diretos em empresas estrangeiras, imóveis e até criptomoedas.
