Os juros americanos vão cair?
Até a pandemia, o mundo acreditava que não existiria mais inflação. Teríamos juros zero ou muito baixos por muito tempo e, portanto, a expansão fiscal nunca mais seria um problema.
Em 2021, o presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, chegou a dizer que só subiriam os juros em 2024, uma vez que era preciso ter a certeza de que a economia tinha ganhado tração.
O fim dos juros baixos
Poucos meses depois dessa fala, presenciamos uma das maiores e mais rápidas altas das taxas de juros dos Estados Unidos na história recente.
Diante de uma inflação que parecia fora do controle, surgiu uma narrativa de "novo normal".
O novo normal seria juros mais altos por mais tempo. As taxas de juros do mundo todo estão em patamares elevados, com prêmios de risco altos, sobretudo na parte longa.
O mesmo Banco Central, agora, afirma que é preciso ter a certeza da desaceleração da inflação, enquanto o mercado precifica que há chances de não termos mais quedas nos juros este ano.
Nem um, nem outro
O fato é que o último dado de inflação dos Estados Unidos já indica sinais de desaceleração.
Apesar de muitos componentes do núcleo ainda não terem caído totalmente, esses são calculados a partir de uma média móvel que, por construção, demora muito para se mexer.
O mesmo ocorre com os preços dos aluguéis, que, na inflação, ainda estão altos, mas, no dado da ponta, já caíram para níveis pré-pandemia.
Os juros americanos vão cair
Nos meses seguintes teremos dois efeitos fortes na inflação americana: a sazonalidade positiva e a queda nos preços dos aluguéis.
Isso deve deixar mais claro para o mercado que a inflação de fato vai permitir um ciclo de queda dos juros americanos.
Desglobalização como ponto de atenção
Um outro argumento que justificaria os juros mais altos por mais tempo seria a redução do comércio exterior devido à desglobalização provocada pelos conflitos geopolíticos.
Apesar de realmente me preocupar, a redução do comércio global ainda não é percebida nos dados.
Pessimismo exagerado em relação à China
A China, a principal exportadora de produtos industriais do mundo, ainda continua com excesso de capacidade e altos investimentos em infraestrutura e novas fábricas.
O país asiático seguirá exportando deflação para o mundo.
Também se fala muito sobre a morte da China como modelo de negócios, mas poucas pessoas têm consciência de que a crise imobiliária que a China enfrentou foi muito parecida com a americana, que foi sentida, mas já superada.
O crescimento da China está longe de depender apenas do setor imobiliário e já está surpreendendo o mercado com os últimos dados de atividade vindo acima do esperado.
A bolsa Chinesa, que chegou a cair -45% desde o pico anterior à crise, já acumula uma alta de +7,5% no ano. Atualmente, é uma das bolsas de valores mais baratas do mundo, inclusive mais barata do que o Ibovespa.
Juros americano é o pai do mundo
Se a renda fixa é a mãe da bolsa, como digo aos meus assinantes, o juro americano é o pai do mundo todo.
Tudo depende da taxa de juros americana e todos os ativos de risco devem se beneficiar de um ciclo de queda.
Se os juros americanos passam a render menos, voltando a ter retornos reais de 0,5%, os investidores de todo o mundo voltam a olhar para os ativos de risco e para os países emergentes, procurando mais retorno.
Dessa forma, acredito que temos uma oportunidade real de nos posicionar para o novo cenário dos próximos dois anos, que deve ser a normalização dos juros mundiais.
Isso inclui países emergentes esquecidos, como a China, corporate bonds de empresas brasileiras negociados lá fora e ações de small caps ao redor do mundo.
Comprando ações na gringa
Para ter acesso a esse mundo de possibilidades, não pode estar restrito a investir apenas no Brasil.
Há, sim, oportunidades no Brasil! Somos emergentes e estamos em valuations baratos!
Mas investir tudo no Brasil, com o risco fiscal que temos, não é o mais prudente a se fazer.
A maioria das pessoas não investe fora porque não sabe como fazer. Como abrir uma conta? Como enviar dinheiro? É complicado? Como declarar o imposto de renda? O que comprar?
Antigamente era realmente muito difícil investir fora do Brasil. Mas, de uns anos para cá, tornou-se algo bem simples e fácil.
Para te falar tudo o que você tem que saber para começar ainda nesta semana a investir lá fora, faremos uma live nesta quinta-feira, 23, às 19h, no nosso canal do YouTube, com Henrique Vasconcellos, analista do Nord Global, e o Bruce Barbosa.
Você terá uma surpresa com a facilidade das informações.
Não deixe de participar! É uma excelente chance de diversificar sua geografia de investimentos e aproveitar a oportunidade dos juros americanos em queda.
Para garantir sua participação, clique no link abaixo:
Conto com a sua presença.