Lucro da JBS (JBSS3) despenca 96,5% no 4T23

O lucro líquido da JBS no 4T23 ficou em R$ 83 milhões, baixa de -96,5%

Victor Bueno 27/03/2024 11:55 2 min
Lucro da JBS (JBSS3) despenca 96,5% no 4T23

A JBS (JBSS3) reportou resultados em linha com o consenso do mercado, com uma receita líquida de R$ 96,341 bilhões o 4T23, o que representa um aumento de +3,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

No período, 76% das vendas globais do frigorífico foram realizadas nos mercados domésticos onde atua e 24% por meio de exportações.

Com os custos (basicamente o preço pago pelo animal) crescendo os mesmos +3,7%, o lucro bruto subiu em linha com a receita líquida, totalizando R$ 11,095 bilhões (+3,8%).

Fonte: JBS RI

Outros destaques financeiros

Já as despesas gerais e administrativas saltaram +22,7%, mas as despesas com vendas (mais representativas), recuaram -5,3%.

Sendo assim, o Ebitda ajustado da JBS ficou em R$ 5,104 bilhões, refletindo uma alta de +11,6% em na comparação anual. 

O aumento de +8,9% na linha de depreciação e amortização contribuiu para compensar um resultado financeiro (negativo) -20,9% menor e, com isso, o lucro líquido da companhia no 4T23 ficou em R$ 83 milhões – baixa de -96,5%.

Fonte: JBS RI

Por fim, a empresa registrou uma forte geração de caixa operacional de R$ 8,469 bilhões e uma geração de caixa livre de R$ 4,334 bilhões. 

O que esperar da JBS?

Apesar de um bom desempenho da JBS Brasil, principalmente pelo ciclo favorável do gado no país (maior disponibilidade para o abate se traduz em menores custos), a US Beef (operação americana) segue ofuscando, dado o ciclo inverso nos EUA.

A tendência é que essa dinâmica se mantenha nos próximos trimestres e, por isso, preferimos nos expor a frigoríficos que possuem grande parte de suas operações na América do Sul (em especial no Brasil), como a Minerva (BEEF3).

Joesley e Wesley Batista retornam ao conselho da JBS

Adicionalmente, a JBS ainda anunciou a volta dos irmãos Batista (Wesley e Joesley) ao conselho da companhia.

O retorno acontece sete anos após o fatídico “Joesley Day”, dia da divulgação da delação premiada de Joesley e que desencadeou em uma severa reação negativa na bolsa de valores brasileira. 

Ainda que a volta dos controladores ao conselho fosse previsível, o fato não deve ser bem recebido pelo mercado.

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