Itaú (ITUB3) ou Banco do Brasil (BBAS3): qual será o maior pagador de dividendos?
Bancos têm dividend yield projetado entre 10,3% e 10,6% para 2025. Veja nossa escolha para viver de renda

Para investidores focados em renda passiva, o Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú (ITUB3) destacam-se como opções promissoras para 2025, oferecendo os maiores dividend yields projetados entre os principais bancos brasileiros.
Para 2025, o dividend yield projetado para o Itaú se aproximou do rendimento dos proventos do Banco do Brasil, ambos acima de 10%. Qual vale mais a pena investir? Descubra!
Balanços dos bancos: Itaú lucra mais no 4º tri
No quarto trimestre de 2024 (4T24), tanto o Banco do Brasil (BBAS3) quanto o Itaú (ITUB3) apresentaram resultados sólidos, mas com dinâmicas diferentes em suas principais linhas operacionais e financeiras.
O BB reportou um lucro líquido de R$ 9,6 bilhões, um crescimento modesto de +1,5% em relação ao mesmo período de 2023, impactado pelo cenário desafiador no agronegócio (representa um terço de sua carteira de crédito) e por uma maior alíquota de IR.
Já o Itaú registrou um lucro líquido de R$ 10,9 bilhões, com um avanço expressivo de +15,8%, impulsionado pelo crescimento de sua margem financeira (receita de juros) e pela redução de provisões no período.
BB e Itaú ampliam crédito e batem recordes
Em relação à carteira de crédito, o Banco do Brasil atingiu R$ 1,3 trilhão, uma expansão de +15% na comparação anual, com crescimento em todos os segmentos: pessoa jurídica (+18%), agronegócio (+12%) e pessoa física (+7%).
O Itaú, por sua vez, apresentou uma carteira de crédito total de R$ 1,36 trilhão, um avanço de +15,5%, destacando-se a alta de +21% nas grandes empresas e +17,7% nas micros, pequenas e médias empresas. No segmento de pessoa física, o Itaú cresceu +6,9%, com forte desempenho em crédito imobiliário (+11,1%) e financiamento de veículos (+9,9%).

Bancos ampliam serviços e melhoram rentabilidade
A margem financeira bruta do Banco do Brasil chegou a R$ 26,8 bilhões no trimestre, com um crescimento de +4,0%, sendo influenciada pelos ganhos na margem com clientes (+3,1%) e na margem com mercado (+6,9%).
Já o Itaú apresentou uma margem financeira de R$ 29,4 bilhões, um avanço de +8,3%, impulsionado pelo crescimento na margem com clientes (+8,3%) e na margem com mercado (+7,6%).
No segmento de receitas de serviços, o Banco do Brasil registrou um crescimento de +5,1%, com destaque para administração de fundos (+12%), seguros, previdência e capitalização (+10%), consórcios (+13%) e operações de crédito e garantias (+8%).
As receitas de serviços do Itaú, por sua vez, foram de R$ 11,7 bilhões, alta de +4,5%, puxadas pelo avanço expressivo de consórcios (+37%), administração de fundos (+13,3%) e crédito e garantias (+14,2%). Sua receita com seguros foi de R$ 3 bilhões (+13,5%).
Em termos de inadimplência, o Banco do Brasil registrou um índice de NPL acima de 90 dias de 3,3%, acima dos 2,9% do ano anterior. Já o Itaú atingiu o menor patamar dos últimos 14 trimestres, com inadimplência de 2,4%, refletindo a melhoria na qualidade da carteira de crédito e a redução das provisões em -0,8%, para R$ 9,2 bilhões.
Itaú e BB fecham 2024 em alta
No consolidado de 2024, os dois bancos demonstraram crescimento relevante em seus principais indicadores, com o Itaú se destacando pelo aumento mais expressivo no lucro líquido e no ROE, enquanto o Banco do Brasil manteve um ritmo mais moderado de crescimento, impulsionado pelo avanço na carteira de crédito e nas receitas de serviços.
No ano, o lucro líquido do Banco do Brasil totalizou R$ 37,9 bilhões (+6,6%), com um ROE de 21,4% (-0,2 p.p. vs. 2023), enquanto o Itaú entregou um lucro total de R$ 41,4 bilhões (+16,3%) e um ROE de 22,2% (+1,2 p.p.).
Banco do Brasil lidera em dividendos para 2025
O Banco do Brasil projeta um lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões para 2025, com um payout estimado entre 40% e 45%. Isso resultaria em dividendos próximos a R$ 17 bilhões (ou cerca de R$ 2,98 por ação), proporcionando um dividend yield estimado de 10,6%.
Itaú Unibanco mantém posição sólida
O Itaú, que deverá entregar dividendos extraordinários ainda melhores em 2025 e um payout de 65%, poderá distribuir mais de R$ 30 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) ao longo do ano, resultando em um dividend yield projetado de 10,3%.
Qual investir nesse momento?
Com dividend yields projetados semelhantes e acima de 10% (muito acima da média histórica das boas pagadoras de proventos da Bolsa brasileira, de 6%), tanto o Itaú como o Banco do Brasil se apresentam como boas opções para quem busca renda passiva.
Contudo, no momento, mantemos nossa preferência pelas ações do Itaú (ITUB3), o maior banco privado da América do Sul, que possui maior ROE, maior visibilidade de crescimento e ainda negocia a múltiplos baixos (mesmo após as altas recentes).
Obviamente, as ações do Banco do Brasil sempre vão apresentar um desconto em relação aos papéis do Itaú, tendo em vista os maiores riscos. Contudo, com ITUB3 negociando a um P/L de apenas 7x, seguimos enxergando uma ótima oportunidade.
Aos que estão estranhando nossa recomendação das ações ordinárias (ON) do banco, ela se justifica pelo fato de ITUB3 ser mais barata que ITUB4 (por uma questão de liquidez) e, considerando que o dividendo por ação é o mesmo para ambas, ITUB3 também possui um dividend yield maior.
Sem mais, se você pensa em dividendos elevados, sólidos e recorrentes, você não pode deixar de ter ITUB3 em sua carteira.
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