IOF para transferências de criptomoedas. Entenda o que o governo quer

O Banco Central do Brasil vai abrir consulta pública para definir IOF para operações com stablecoins.

Luiz Pedro Andrade de Oliveira 02/12/2024 13:43 2 min
IOF para transferências de criptomoedas. Entenda o que o governo quer

O Banco Central do Brasil está considerando a possibilidade de cobrar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em transferências realizadas com criptomoedas, incluindo stablecoins (criptomoedas lastreadas em outros ativos base, como o dólar).

A medida está sendo discutida em uma consulta pública e pode impactar o mercado de criptoativos no país.

Segundo informações publicadas pelo Valor, o governo também avalia outras questões regulatórias relacionadas ao uso de ativos virtuais no mercado cambial.

O que é IOF?

O IOF é um imposto federal que incide sobre operações financeiras, como crédito, câmbio, seguros e investimentos. Ele é aplicado para controlar o mercado financeiro e gerar arrecadação para o governo. A proposta do Banco Central é estender a cobrança também para transferências de ativos digitais, como parte do esforço de regulamentar o setor de criptomoedas no Brasil.

Como funcionará a cobrança de IOF para transferência de criptomoedas?

Caso a medida seja aprovada:

  • Cobrança na fonte: O IOF será descontado no momento da transação financeira.
  • Responsabilidade das corretoras: As
  • Aplicação específica: A cobrança pode abranger operações de compra, venda, envio ou recebimento de criptomoedas.

Impactos do IOF em operações com stablecoins 

Se implementada, a cobrança de IOF nas transferências de criptomoedas:

  • Pode aumentar o custo das operações com criptoativos no Brasil, impactando investidores e empresas que utilizam ativos digitais.
  • Representa mais um passo na regulamentação do mercado de criptomoedas, alinhando-se aos esforços globais para integrar esses ativos ao sistema financeiro tradicional.

Regulamentação para as criptomoedas

A proposta busca aumentar a segurança jurídica e a eficiência no mercado de câmbio, permitindo que stablecoins sejam utilizadas em pagamentos internacionais e transações transfronteiriças.

Para a maior regulação do mercado, essa iniciativa tende a ser positiva. Para o usuário final, nem tanto. Aumenta-se a complexidade e reduz-se os benefícios da utilização de stablecoins pelos usuários finais.

A consulta pública será um momento crucial para entender como o mercado e a sociedade receberão a proposta. A iniciativa reflete a crescente atenção do governo sobre o mercado de criptomoedas, buscando equilíbrio entre a inovação tecnológica e a arrecadação tributária.

Essa possível mudança reforça a importância de acompanhar atualizações regulatórias para garantir conformidade e planejar estratégias financeiras no mercado de ativos digitais.

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