Investimentos no Brasil crescem 12,6% em 2024, com destaque para renda fixa

Além da renda fixa, a previdência privada, os fundos imobiliários e as ações também se destacaram entre os investimentos de 2024

Nord Research 14/02/2025 12:35 4 min
Investimentos no Brasil crescem 12,6% em 2024, com destaque para renda fixa

O ano de 2024 foi marcado por um crescimento expressivo nos investimentos no Brasil, que avançaram 12,6% em relação a 2023, totalizando R$ 7,3 trilhões

O cenário foi impulsionado principalmente pela renda fixa, que representou 59,2% do total aplicado. No entanto, outras modalidades também tiveram desempenho relevante, com destaque para previdência, renda variável e fundos imobiliários.

Desempenho dos investimentos em 2024

O aumento nos investimentos foi registrado em todos os segmentos. O varejo de alta renda, que se refere ao segmento de investidores com maior capacidade financeira, destacou-se com um crescimento de 15,4%, atingindo R$ 2,57 trilhões. O varejo tradicional avançou 13,6%, totalizando R$ 2,43 trilhões, enquanto o segmento private, que atende clientes com patrimônio elevado, teve alta de 8,7%, com R$ 2,30 trilhões aplicados.

Por que a renda fixa liderou os investimentos em 2024?

A renda fixa foi o destaque no ano passado, com R$ 4,32 trilhões aplicados, representando 59,2% do total. 

O crescimento de 18% no setor foi impulsionado pela manutenção da Selic em níveis elevados, atraindo investidores em busca de segurança e previsibilidade. 

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) foi o produto mais procurado, com R$ 1,04 trilhão investido, um aumento de 20,7%.

Além dos CDBs, os títulos isentos de imposto de renda, como LCIs, LCAs, CRIs e CRAs, cresceram 15,5%, somando R$ 1,23 trilhão. 

As debêntures tradicionais, sem o benefício fiscal, também tiveram destaque, com alta de 35,4%, chegando a R$ 47,6 bilhões.

Como foi o desempenho dos investimentos em previdência?

Os investimentos em produtos de previdência privada registraram um aumento significativo de 18,3%, totalizando R$ 1,23 trilhão. O crescimento reflete a preocupação dos brasileiros com o planejamento financeiro de longo prazo, especialmente diante das incertezas econômicas.

O que aconteceu com os investimentos em renda variável?

Os investimentos em renda variável cresceram de forma tímida em 2024, com alta de 1,3%, alcançando R$ 992,2 bilhões

As ações se destacaram dentro dessa categoria, com crescimento de 4,1%, atingindo R$ 732,1 bilhões. 

O desempenho moderado é explicado pela cautela dos investidores diante da volatilidade do mercado.

Como os fundos de investimento se comportaram em 2024?

Os fundos de investimento tiveram um crescimento geral de 8,2%, somando R$ 1,73 trilhão. O grande destaque foi para os fundos de renda fixa, que cresceram 36,5%, atingindo R$ 789,6 bilhões e representando 45,6% do volume total aplicado nessa categoria.

Outras classes de fundos também apresentaram variações relevantes:

  • Fundos imobiliários: alta de 9,3%, totalizando R$ 101 bilhões.
  • Fundos de investimento em participações (FIPs): crescimento de 24,4%, somando R$ 34,5 bilhões.
  • Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs): avanço de 90,1%, chegando a R$ 23,1 bilhões.

Por outro lado, os fundos multimercados recuaram 13,8%, com patrimônio final de R$ 545,1 bilhões, enquanto os fundos de ações tiveram queda de 9,5%, totalizando R$ 225,5 bilhões.

Como os investimentos cresceram nas regiões brasileiras?

Todas as regiões brasileiras registraram crescimento nos investimentos em 2024. 

O Sudeste manteve a liderança com R$ 4,84 trilhões, um aumento de 11,3%. O Sul cresceu 16,8%, atingindo R$ 1,28 trilhão. O Centro-Oeste avançou 14,7%, somando R$ 387,6 bilhões. Já o Nordeste registrou alta de 13,2%, com R$ 663,5 bilhões aplicados, enquanto o Norte teve o maior crescimento percentual, de 16,1%, totalizando R$ 127,6 bilhões.

Quais as perspectivas para os investimentos no Brasil em 2025?

A expectativa para 2025 é de que a renda fixa continue atraindo investidores, especialmente com a emissão das LCDs (Letras de Crédito do Desenvolvimento), que seguem as mesmas regras de LCIs e LCAs e podem impulsionar ainda mais o segmento. No entanto, analistas destacam a importância de diversificar o portfólio, buscando um equilíbrio entre segurança e rentabilidade.

O cenário macroeconômico, aliado à manutenção dos juros elevados, deve manter o Brasil como um país de forte apelo para os investimentos conservadores. No entanto, o crescimento dos fundos imobiliários e a retomada gradual da renda variável podem surpreender ao longo do ano.

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