GGBR4, USIM5 e CSNA3: Impacto das tarifas de Trump nas ações de siderúrgicas
As medidas tarifárias sobre o aço e o alumínio movimentaram as siderúrgicas na última segunda-feira, 10. Veja os impactos e o que fazer com suas ações

Após o anúncio de Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados para o país, as ações das siderúrgicas brasileiras reagiram imediatamente (umas de forma negativa e outras de forma positiva).
Enquanto algumas companhias do setor poderão sofrer impactos negativos por uma elevada concentração de receitas provenientes do mercado externo, outras terão efeitos reduzidos e algumas poderão até se beneficiar do novo cenário.
A medida atinge importantes parceiros comerciais dos EUA, inclusive o Brasil, que, em 2024, foi o segundo maior fornecedor de aço para o mercado americano, atrás apenas do Canadá.
Como as tarifas de Trump afetam as ações das siderúrgicas brasileiras
As tarifas de importação propostas por Trump visam proteger a indústria siderúrgica americana, tornando o aço importado mais caro e favorecendo os produtores locais. Para as siderúrgicas nacionais, que possuem uma presença significativa no mercado internacional, isso representa um desafio.
A medida poderá impactar grandes produtores globais, como o próprio Brasil (sexto maior produtor de aço do mundo). Já a China, líder desse mercado, já havia sido impactada pelas medidas impostas pelo presidente em 2018 e hoje representa menos de 2% das importações de aço americanas.

Voltando para o Brasil, algumas siderúrgicas que possuem uma presença significativa no mercado internacional poderão atravessar um período desafiador.
O aumento dos custos para exportar para os EUA pode reduzir a competitividade e impactar diretamente a receita dessas companhias. Além de prejudicar o setor, as tarifas podem afetar o equilíbrio da balança comercial e gerar instabilidade de preços no mercado interno.
O governo brasileiro, por sua vez, pode buscar negociações diplomáticas para minimizar os impactos (o país não foi afetado em 2018), enquanto as empresas do setor avaliam estratégias para diversificar seus mercados e reduzir suas dependências dos EUA.
O reflexo imediato das medidas foi observado na queda de algumas ações de siderúrgicas nas primeiras horas do pregão da última segunda-feira, 10.
A CSN, a ArcelorMittal e a Ternium (essas duas últimas, empresas estrangeiras com operações no Brasil) seriam as mais impactadas pela medida de Trump, tendo em vista suas exposições no país e suas maiores concentrações de receitas oriundas do exterior.
Já companhias como a Usiminas e Gerdau teriam impactos reduzidos em seus resultados e, consequentemente, suas ações. Essa última, inclusive, poderia até mesmo se beneficiar das medidas tarifárias americanas, já que possui operações relevantes nos Estados Unidos.
No fim do dia (e no pregão seguinte), todas as ações de siderúrgicas já operavam no campo positivo. Até o meio da sessão de terça-feira, 11, as ações da Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) acumulavam altas respectivas de +6,8%, +4,8% e +0,9%.

Parte da recuperação do otimismo pode ser justificada pelo fato de que nenhuma medida tarifária ainda é definitiva e muitas negociações ainda poderão acontecer.
Contudo, caso as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio sigam adiante, é importante analisarmos os possíveis impactos nas siderúrgicas e em empresas de outros setores.
O cenário econômico para o Brasil com a nova política de tarifas
O Brasil, como um dos principais exportadores de aço para os Estados Unidos, pode sofrer consequências econômicas significativas com a implementação dessas tarifas. Além de prejudicar o setor siderúrgico, as tarifas podem afetar o equilíbrio da balança comercial e gerar instabilidade nos preços do aço no mercado interno.
O governo brasileiro, por sua vez, pode buscar negociações diplomáticas para minimizar os impactos, enquanto as empresas do setor avaliam estratégias para diversificar seus mercados e reduzir a dependência das exportações para os EUA.

Perspectivas para o mercado de ações e o setor siderúrgico
Apesar da reação inicial negativa do mercado, o futuro das ações das siderúrgicas brasileiras dependerá da evolução das negociações entre Brasil e Estados Unidos. Caso o governo brasileiro consiga acordos que amenizem as tarifas, o impacto poderá ser limitado.
Por outro lado, se as medidas forem mantidas de forma rígida, o setor terá que se adaptar a um novo cenário de maior concorrência e custos mais elevados para exportação. Investidores devem acompanhar de perto os desdobramentos políticos e econômicos para avaliar oportunidades e riscos no mercado de ações.
Gerdau (GGBR4)
Para a Gerdau, a expectativa é que as tarifas tragam impactos positivos, tendo em vista que um terço de suas vendas são provenientes de suas operações nos EUA. Assim, seguirá atendendo o mercado americano in loco e terá preferência nos pedidos, obtendo uma vantagem em relação aos seus concorrentes brasileiros.
Usiminas (USIM5)
Para a Usiminas, o impacto das tarifas tende a ser reduzido, tendo em vista que apenas cerca de 15% de suas vendas são destinadas ao mercado externo, focando suas atenções, majoritariamente, no mercado brasileiro.
CSN (CSNA3)
Diferentemente da Usiminas, a CSN possui uma concentração maior de suas vendas oriundas do mercado externo, que hoje se encontra em cerca de 30%, o que pode, sim, gerar impactos maiores em relação aos seus pares setoriais.
CBA (CBAV3)
A CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) deverá ter impactos pequenos de uma possível tarifa de 25% sobre o alumínio, já que 90% de sua produção é voltada para o mercado interno. Suas ações também subiram nos últimos dois dias (+4,7%).
Vale (VALE3)
Apesar de reduzidos, a Vale poderá observar alguns impactos, tendo em vista que algumas siderúrgicas (principalmente as que não são autossuficientes em minério de ferro) podem reduzir seus pedidos pelos produtos da mineradora.
Observação: empresas industriais (montadoras, fabricantes de máquinas etc.), que dependem do aço e do alumínio como matérias-primas, poderão ter custos elevados e margens pressionadas no curto prazo, antes de repassarem preço aos seus clientes.
Gerdau, Usiminas e CSN: nossa preferência no momento
Em meio às turbulências recentes neste mercado, mantemos nossa opção de não nos expormos ao setor siderúrgico neste momento. Por ora, mantemos apenas nossa recomendação de compra para as ações da mineradora Vale.
Apesar de incertezas globais (EUA, China etc.), a companhia possui robustez operacional e solidez financeira para atravessar cenários desafiadores. Com elevada geração de caixa e baixa alavancagem, é uma boa opção para quem foca em dividendos.
A Vale (VALE3) possui um dividend yield (rendimento anual de dividendos) de 10% e suas ações negociam a múltiplos baixos, com um P/L de menos de 5x e um EV/Ebitda de apenas 3x.
VALE3 é apenas uma das empresas que recomendamos para receber dividendos em 2025. Essa e outras 10 oportunidades você encontra no Nord Dividendos.
Se quiser conhecer as 11 ações da nossa carteira ainda hoje e levar dois bônus, você poderá assinar o Nord Renda Total, de forma vitalícia, com um desconto de 20%!
O Nord Renda Total é o combo da Nord voltado para quem busca altos rendimentos e maior segurança, composto pelo Nord Dividendos, Nord Fundos Imobiliários e Renda Fixa PRO.
E repito: hoje, você poderá assinar com 20% de desconto e com acesso para sempre!