Idade mínima para a aposentadoria vai mudar em 2025? Saiba como não depender do INSS
A partir de 2025, trabalhadores brasileiros enfrentarão ajustes nas regras para aposentadoria. Essas mudanças fazem parte do processo de adaptação à Reforma da Previdência aprovada em 2019.
Modalidades de aposentadoria no Brasil: o que você precisa saber em 2025
Com as mudanças nas regras de aposentadoria em 2025, entender as modalidades existentes se tornou ainda mais importante para quem deseja planejar seu futuro financeiro.
Atualmente, o Brasil conta com quatro principais modalidades de aposentadoria pelo INSS, cada uma com critérios específicos de idade mínima e tempo de contribuição.
1. Aposentadoria por idade
Essa é a modalidade mais comum, que exige uma idade mínima e um tempo mínimo de contribuição. Em 2025, a idade mínima para mulheres será de 62 anos, e para homens, 65 anos. Além disso, ambos precisarão ter contribuído por pelo menos 15 anos ao INSS.
2. Aposentadoria por tempo de contribuição (Regra de Transição)
Embora a aposentadoria exclusivamente por tempo de contribuição tenha sido extinta com a reforma da Previdência de 2019, ainda há regras de transição em vigor para quem já estava próximo de se aposentar. Em 2025, essa modalidade continua válida para quem já acumulava muitos anos de contribuição antes da reforma, com regras progressivas baseadas em um sistema de pontuação que combina idade e tempo de contribuição.
3. Aposentadoria especial
Destinada a trabalhadores expostos a condições insalubres ou perigosas ao longo da carreira. Em 2025, o tempo mínimo de contribuição varia entre 15 e 25 anos, dependendo do grau de exposição. É importante ressaltar que, para essa modalidade, o fator idade também passou a ser exigido após a reforma de 2019, com idades mínimas entre 55 e 60 anos.
4. Aposentadoria por invalidez
Esse tipo de aposentadoria é concedido a segurados que, devido a uma doença ou acidente, não podem mais trabalhar. Não há exigência de idade mínima ou tempo de contribuição fixo, mas é preciso passar por uma avaliação médica do INSS.
Alteração da regra de pontos para aposentadoria em 2025
A regra de pontos é uma das principais formas de transição criada após a Reforma da Previdência de 2019, com o objetivo de permitir que pessoas que já estavam próximas da aposentadoria consigam se aposentar sem cumprir, necessariamente, a nova idade mínima.
Em 2025, essa regra passa por mais uma alteração, tornando a aposentadoria ainda mais desafiadora.
Como funciona a Regra de Pontos?
A Regra de Pontos considera a soma da idade do segurado com o tempo de contribuição ao INSS. Para se aposentar por essa modalidade, é preciso atingir um número mínimo de pontos que aumenta a cada ano, conforme previsto na Reforma da Previdência.
Em 2024, a pontuação exigida era de:
- 101 pontos para homens
- 91 pontos para mulheres
Em 2025, esses valores aumentam para:
- 102 pontos para homens
- 92 pontos para mulheres
O tempo mínimo de contribuição continua sendo de:
- 35 anos para homens
- 30 anos para mulheres
Alterações na idade mínima
Em 2025, mulheres deverão ter pelo menos 59 anos, enquanto homens deverão atingir 64 anos. Essa progressão continuará nos próximos anos até alcançar os limites estabelecidos pela reforma: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
Transições que permanecem inalteradas
Certas normas de transição permanecerão inalteradas em 2025. Entre elas, destacam-se:
- Pedágio de 100%: exige idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens.
- Pedágio de 50%: sem idade mínima, mas com acréscimo proporcional no tempo de contribuição.
Novo salário mínimo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) da terça-feira, 31, o decreto que reajusta o salário mínimo para 2025. A partir de 1º de janeiro de 2025, o valor do salário mínimo será de R$ 1.518,00 (mil quinhentos e dezoito reais). Parágrafo único.
Como aposentar sem depender do INSS?
Diante das mudanças constantes nas regras da aposentadoria pelo INSS e do aumento da idade mínima e da pontuação exigida, muitas pessoas estão buscando alternativas para garantir uma aposentadoria mais tranquila, sem depender exclusivamente da previdência social.
A solução é planejar uma aposentadoria independente com foco em investimentos e acumulação de patrimônio ao longo do tempo. Os produtos e investimentos importam, mas mais do que isso, é a capacidade de poupança de patrimônio ao longo da vida que permitirá um acúmulo que condicione a manutenção do padrão de vida ao longo de toda a aposentadoria.
1. Previdência privada
A previdência privada é uma das opções mais populares para quem deseja complementar ou até substituir a aposentadoria pelo INSS. Existem dois tipos principais de planos:
- PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre): Ideal para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, já que permite deduzir até 12% da renda bruta anual.
- VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): Mais indicado para quem faz a declaração simplificada, pois não oferece dedução no IR, mas é vantajoso em termos de tributação no momento do resgate.
2. Investimentos de longo prazo
Investir regularmente em ativos financeiros pode ser uma estratégia poderosa para acumular patrimônio ao longo do tempo.
Ativos de Renda Fixa, de Renda Variável e Internacionais, se incluídos de forma adequada, podem gerar uma renda adicional que forneça uma aposentadoria ainda mais tranquila.
É essencial adequar a estratégia de investimentos à necessidade de capital - Para tal, produtos de renda passiva podem ser interessantes ao longo da aposentadoria.
3. Planejamento financeiro personalizado
Para quem deseja garantir que está no caminho certo, contar com o apoio de um consultor de investimentos pode ser essencial. Um profissional qualificado ajudará a elaborar um plano de aposentadoria personalizado, levando em consideração seus objetivos, perfil de risco e horizonte de tempo.
Embora as mudanças nas regras de aposentadoria pelo INSS possam trazer mais desafios, é possível garantir uma aposentadoria tranquila e financeiramente saudável com planejamento e diversificação de investimentos. Buscar alternativas, como a previdência privada, investimentos no Brasil e no exterior, e renda passiva, permite que você construa sua independência financeira e não dependa das incertezas da previdência social.