5 ações que mais subiram e caíram em maio no Ibovespa
Maio foi (mais) um mês negativo para a bolsa brasileira.
Além das incertezas quanto ao início de um possível ciclo de cortes nos juros americanos, o risco fiscal no Brasil segue elevando os juros futuros no país (voltaram para patamares de outubro de 2023) e pressionando os ativos de risco do nosso mercado.
Desempenho do Ibovespa em maio
Dessa forma, todos os principais índices acionários encerraram o mês em queda. O IBOV encerrou em queda de -3,0%, enquanto o IDIV caiu -1,0% e o SMLL, -3,4%.
Das 86 ações que compõem o IBOV, apenas 25 registraram uma alta no período, enquanto as outras 61 fecharam em baixa.
O principal destaque positivo do mês foi a JBS (JBSS3), com alta de +23,04%, enquanto a maior queda foi para as ações do IRB (IRBR3), que caíram -25,7%.
Veja a lista completa das maiores altas e baixas.
Maiores altas de maio
Empresa | Ticker | Var. (%) |
JBS | JBSS3 | +23,04 |
Marfrig | MRFG3 | +19,37 |
Vamos | VAMO3 | +14,06 |
BRF | BRFS3 | +10,07 |
Engie | EGIE3 | +9,04 |
1. JBS (JBSS3) +23,0%
Superando as expectativas do mercado em sua divulgação de resultados do 1T24, as ações da JBS, a maior empresa de proteína animal do mundo, lideraram o Ibovespa no mês de maio.
No período, a companhia reverteu o prejuízo de R$ -1,4 bilhão em um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão. Praticamente todas suas unidades de negócio apresentaram bons números, com exceção da divisão nos EUA, que ainda sofre com o ciclo desfavorável do gado no país.
Além disso, a indicação da administração de que o processo de desalavancagem pode ser acelerado também contribuiu para animar o mercado.
2. Marfrig (MRFG3) +19,4%
Apesar do ciclo pecuário também pressionar os resultados de seu braço norte-americano, a Marfrig continua tendo margens melhores do que os seus pares por lá.
Com a divulgação dos resultados em linha com o esperado pelo mercado, as ações da Marfrig acompanharam, sobretudo, a performance da BRF no 1T24, tendo em vista que é a maior acionista da companhia (detém 50,5% das ações).
3. Vamos (VAMO3) +14,1%
Mesmo com a performance fraca em concessionárias e o aumento do endividamento pressionando – novamente – seus resultados, a Vamos reportou números acima das expectativas no 1T24, impulsionando suas ações em maio (subiram +13% apenas no dia de divulgação).
O bom desempenho em seu negócio principal de locação e o controle de custos e despesas compensaram o desempenho ruim das concessionárias.
Com isso, o Ebitda cresceu +24% no período, enquanto o lucro líquido, +8%.
4. BRF (BRFS3) +10,1%
Superando o consenso de mercado no último trimestre, a BRF foi mais uma empresa do setor frigorífico a figurar na lista de maiores altas de maio.
A companhia reportou um lucro líquido de R$ 594 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1 bilhão no 1T23, impulsionado, principalmente, pelos preços internacionais mais elevados de frango e uma maior eficiência operacional.
Além disso, a empresa entregou uma margem Ebitda de 16%, a maior para um primeiro trimestre em toda a sua história.
5. Engie (EGIE3) +9,0%
Apesar de resultados mais fracos no 1T24 (mas já esperados pelos investidores), as ações da Engie também se destacaram positivamente no último mês.
A geradora apresentou uma queda de -10% na receita, em função do volume e preço médio de vendas menores. Desconsiderando fatores não recorrentes, como a venda de parte da participação em sua controlada TAG, o Ebitda caiu -12%, enquanto o lucro líquido caiu -10%.
Mesmo com as quedas apresentadas no primeiro trimestre do ano, a Engie manteve um alto nível de retorno (ROIC de 18%) e uma alavancagem confortável para continuar investindo em projetos que trarão incremento de +22% na capacidade instalada.
Além da boa visibilidade futura de expansão operacional (e financeira), a segunda maior geradora de energia do país mantém excelentes perspectivas de distribuição de proventos aos seus acionistas – é, inclusive, uma das posições atuais do Nord Dividendos.
Maiores baixas de maio
Empresa | Ticker | Var. (%) |
IRB | IRBR3 | -25,71 |
Petz | PETZ3 | -20,34 |
Yduqs | YDUQ3 | -17,00 |
Suzano | SUZB3 | -16,70 |
Lojas Renner | LREN3 | -14,42 |
1. IRB (IRBR3) -25,7%
No topo das maiores baixas do mês de maio, encontram-se as ações do IRB, mesmo após ter reportado um lucro líquido 9 vezes maior no 1T24.
A resseguradora possui uma exposição considerável no Rio Grande do Sul, estado que vem atravessando a maior tragédia climática da sua história, com enchentes e alagamentos impactando, diretamente, mais de 2 milhões de pessoas.
Apesar de ainda ser cedo para contabilizar todos os danos, a empresa estimou perdas iniciais entre R$ 80 milhões a R$ 160 milhões na teleconferência de resultados.
2. Petz (PETZ3) -20,3%
Após a notícia de fusão com a Cobasi, a Petz foi um dos destaques positivos da bolsa em abril, mas, devido a algumas incertezas levantadas pelo mercado em relação ao processo de combinação dos negócios, as ações da companhia tiveram um desempenho negativo em maio.
Vale lembrar que o cenário macroeconômico, com juros pressionando o consumo da população, é mais um ponto negativo para os papéis da Petz (assim como para praticamente todas as varejistas da bolsa).
3. Yduqs (YDUQ3) -17,0%
Após divulgar resultados em linha com as expectativas do mercado, as ações da Yduqs seguem em tendência de queda em 2024. Vale lembrar que, em 2023, seus papéis subiram mais de +100%, mas, atualmente, caem mais de -43%.
Os papéis até apresentaram uma certa recuperação com a divulgação de projeções para os próximos anos, mas, devido à pressão de novas definições sobre o Mais Médicos e o Ensino a Distância (EAD) terminaram o mês amargando novas baixas.
4. Suzano (SUZB3) -16,7%
Após diversos rumores, a Suzano confirmou interesse em adquirir a International Paper. As preocupações em relação à elevação do endividamento e às dificuldades para obter ganhos de sinergia pressionaram as ações da companhia no mês de maio.
A grande questão é se a empresa teria interesse em todos os ativos da potencial adquirida ou apenas nos ativos de celulose.
Além disso, não se sabe se a aquisição seria em dinheiro ou em troca de ações.
5. Lojas Renner (LREN3) -14,4%
Fechando a lista de maiores baixas, a Lojas Renner é mais uma empresa do varejo que vem sofrendo com o cenário de juros altos e também com possíveis impactos da catástrofe no RS (onde está sua sede e uma parte relevante de suas lojas).
Mesmo com a boa notícia para as varejistas nacionais sobre a decisão da Câmara pela taxação em 20% de imposto de importação sobre as compras internacionais de até US$ 50, o mercado não reagiu de forma tão positiva a ponto de mudar o rumo das ações no mês.
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