Ibovespa tem a segunda alta seguida com trégua em tensão comercial global

Principais índices em Nova York também sobem com alívio das tensões comerciais; dólar cai -0,18%

Nord Research 14/04/2025 18:25 4 min
Ibovespa tem a segunda alta seguida com trégua em tensão comercial global

Em mais um dia de alívio para os mercados globais, a Bolsa brasileira voltou a operar em alta no primeiro pregão da semana, com o Ibovespa registrando alta de +1,39%, aos 129.453,91 pontos, +1.771,51 pontos acima do fechamento da última sexta-feira, 11. 

No dia, o principal destaque positivo ficou por conta da alta de +12,33% das ações da Azul (AZUL4), enquanto o destaque negativo foi a queda de -2,87% dos papéis da Minerva (BEEF3).

Nos EUA, as Bolsas americanas voltaram a mostrar sinais de recuperação, com o S&P 500 subindo +0,79% e o Nasdaq apresentando alta um pouco menor, de +0,64%.

No mercado de câmbio, ainda que de forma leve, o dólar voltou a cair ante ao real, cotado agora aos R$ 5,86 (-0,18%). 

Fechamento de mercado 

  • Ibovespa: 129.453,91 (+1,39%)
  • S&P 500: 5.405,97 (+0,79%)
  • Nasdaq: 16.831,48 (+0,64%)
  • Dólar: R$ 5,86 (-0,18%)

Atualizações do mercado

Guerra comercial tem pressionado os juros no Brasil

A recente troca de tarifas entre EUA e China aumentou a tensão no mercado global, levando investidores a adotarem uma postura mais cautelosa. Esse aumento na aversão ao risco pressionou os juros futuros no Brasil, que fecharam a última semana em alta ao longo de toda a curva. Já nesta segunda-feira, 14, as taxas recuaram, acompanhando o alívio nos juros dos títulos americanos (Treasuries). 

Por que isso importa? Em momentos de turbulência lá fora, os reflexos aqui dentro podem ser inevitáveis — especialmente nos juros e nos investimentos de renda fixa. Nessas horas, manter a calma e focar nos fundamentos dos seus investimentos é essencial. Evite decisões por impulso ou motivadas pelo medo: a volatilidade passa, mas as escolhas ruins podem ter efeitos duradouros.

Risco da renda fixa dar calote cresce

Com os juros em direção a 15% ao ano, o risco dos emissores dos papéis de renda fixa darem calote aumenta. Isso significa que títulos emitidos pelos bancos e empresas, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio e Imobiliário (CRAs e CRIs), podem estar mais arriscados agora, a depender do emissor.

Por que isso importa? Juros altos apertam o caixa das empresas e aumentam o risco de inadimplência. Em momentos assim, não basta olhar só para a rentabilidade — é essencial avaliar a qualidade de crédito de quem está emitindo o título. O risco de calote cresce justamente quando os rendimentos parecem atrativos demais.

Recomendamos evitar papéis com spread muito baixo. Quando a remuneração não compensa o risco, é melhor buscar segurança: nesse caso, prefira os títulos do Tesouro Direto, que oferecem boa rentabilidade com menor risco.

Tesouro Direto vai pagar R$ 153 bilhões aos investidores em maio

No próximo dia 15 de maio, o Tesouro Nacional realizará um pagamento histórico de aproximadamente R$ 153,3 bilhões aos investidores do Tesouro Direto. Esse montante é referente ao vencimento de 33,5 milhões de títulos NTN-B (Tesouro IPCA+) que remuneram os investidores com uma taxa de juros prefixada acrescida da variação do IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil.

Mercado aumenta projeção do PIB para 1,98%

As projeções para o PIB de 2025 e 2026 foram elevadas de 1,97% para 1,98% e de 1,60% para 1,61%, respectivamente. Enquanto isso, para 2027 e 2028, ambas se mantiveram inalteradas em 2%.

Projeção para o IPCA de 2028 sobe para 3,79%, segundo Focus

As projeções para o IPCA de 2025 a 2027 foram mantidas em 5,65%, 4,50% e 4,00%, respectivamente. Para 2028, as expectativas foram elevadas de 3,78% para 3,79%.

Abertura de mercado

Com a sinalização de que Trump estaria disposto a negociar as tarifas recíprocas com a China, os mercados globais operaram em ritmo de recuperação no último pregão, levando o Ibovespa para uma alta de +1,05%. Nesta segunda-feira, 14, o índice futuro da bolsa brasileira abriu no positivo.

Nos EUA, o movimento foi o mesmo, com os índices S&P 500 (+1,81%) e Nasdaq (+2,06%) encerrando a sessão anterior com ganhos. Hoje, os índices futuros americanos abriram subindo.

Mercado futuro

  • Ibovespa futuro: 128.590 pts | +0,59%
  • S&P 500 Futuro: 5.474 pts | +1,53%
  • Nasdaq 100 Futuro: 19.151 pts |+1,83%
  • Dólar: R$ 5,84 | -0,42%

Indicadores

No Brasil, destaque para o relatório Focus, às 8h30, e para a balança comercial semanal, às 15h.

Nos Estados Unidos, sem indicadores relevantes.

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