Ibovespa fecha em queda com receios sobre tarifas; Petrobras e Vale pesam

Ibovespa recua 1,31%, a 125.588 pontos, no terceiro pregão seguido de queda

Nord Research 07/04/2025 17:53 4 min
Ibovespa fecha em queda com receios sobre tarifas; Petrobras e Vale pesam

Em um cenário de incertezas elevadas após as medidas tarifárias de Donald Trump e suas retaliações, a semana começou, mais uma vez, muito negativa para os mercados globais (inclusive para o nosso). Por aqui, o Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira em baixa de -1,31%, aos 125.588,09 pontos, queda de -1.667,91 pontos.

No dia, entre as poucas posições no positivo, o único destaque foi a alta de +2,84% das ações da Natura&Co (NTCO3), enquanto o principal destaque negativo ficou por conta da baixa de -6,37% dos papéis do Magalu (MGLU3).

Nos EUA, apesar das pressões nos primeiros momentos da sessão, as Bolsas americanas se recuperaram ao longo do dia e fecharam no campo misto, com o S&P 500 caindo -0,23%, mas com o Nasdaq operando em alta de +0,10%. 

No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir ante ao real, cotado agora aos R$ 5,91 (+1,21%). 

Fechamento de mercado 

  • Ibovespa: 125.588,09 (-1,31%)
  • S&P 500: 5.062,25 (-0,23%)
  • Nasdaq: 15.603,26 (+0,10%)
  • Dólar: R$ 5,91 (+1,21%)

Atualização do mercado

Ações da Petrobras recuam com queda do petróleo

A queda nos preços do petróleo devido a temores envolvendo as tarifas dos EUA e o aumento da oferta da commodity pela Opep+ pressionaram as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que registraram fortes baixas na véspera.

Com o petróleo mais próximo de US$ 60, a queda do preço da commodity é relevante e deve impactar os resultados do principal negócio da estatal, a divisão de Exploração e Produção.

Ações da Vale (VALE3) caem e pressionam Ibovespa

Os temores de recessão também pressionam o minério de ferro. A ação da Vale (VALE3) cedeu cerca de 2%, acompanhando a retração do principal cliente, a China.

Com a expectativa de impactos sobre a economia mundial e com a China ainda enfrentando uma crise no mercado imobiliário, o preço do minério de ferro foi pressionado. Seja como for, mesmo com a pressão do preço da commodity, a Vale possui uma rentabilidade elevada, sustentando uma geração de caixa robusta e consequentemente uma boa distribuição de dividendos. 

Nesse sentido, seguimos com a nossa recomendação de compra para a mineradora, que possui um dividend yield projetado de 9% para este ano.

Trump ameaça aplicar tarifa adicional de 50% contra China até quarta, 9

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifa adicional de 50% sobre a China a partir desta quarta, 9, se o país não desistir da tarifa de 34%.Sendo a China um dos principais alvos da agenda de tarifas do governo Trump, a ameaça de um percentual ainda maior após a retaliação dos chineses intensifica a guerra comercial e aumenta a percepção de risco para os mercados. 

Priner (PRNR3) divulga prévia operacional do 1T25

A Priner (PRNR3) divulgou sua prévia operacional referente ao 1T25, com uma receita bruta de R$ 402 milhões, o que representa um incremento de +69% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma queda de -12% na comparação com o trimestre anterior.

Projeção para inflação deste ano segue na mesma

As projeções para o IPCA de 2025 a 2028 foram mantidas em: 5,65%, 4,50%, 4,00% e 3,78%, respectivamente.

Abertura de mercado

No último pregão, com o pessimismo generalizado nos mercados globais, o Ibovespa fechou caindo -2,96%. Nesta segunda-feira, 7, o índice futuro da bolsa brasileira abriu no negativo.

Nos EUA, após as retaliações sobre as medidas tarifárias adotadas por Donald Trump, os índices S&P 500 (-5,97%) e Nasdaq (-5,82%) fecharam mais uma sessão em quedas expressivas. Hoje, com os novos pronunciamentos do presidente norte-americano, os índices futuros do país deram sequência ao movimento de baixa.

Mercado futuro

  • Ibovespa futuro: 125.960 pts | -1,26%
  • S&P 500 Futuro: 4.981 pts | -2,52%
  • Nasdaq 100 Futuro: 17.030 pts | -2,76%
  • Dólar: R$ 5,88 | +0,56%

Indicadores

No Brasil, destaque para o relatório Focus, às 8h30, e para a balança comercial semanal, às 15h.

Nos Estados Unidos, o Fed reporta o crédito ao consumidor de fevereiro, às 16h.

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