Investir em ouro vale a pena hoje? Descubra como fazer
A dívida pública do Brasil é de R$ 6,704 trilhões até abril deste ano, segundo o Tesouro Nacional.
Apesar de a arrecadação federal atingindo resultados recorde, a dívida cresceu 16% em um ano, 73% desde a pandemia em 2020, e, nos últimos 10 anos, se multiplicou por quatro, crescendo 300%.
Em meio às incertezas sobre o equilíbrio das contas públicas devido ao aumento dos gastos públicos além da arrecadação, há, com isso, um problema difícil de ser resolvido.
O governo aposta no aumento de receitas para conter o déficit, sem corte de gastos.
Impacto nos juros
A elevação do risco fiscal no Brasil preocupa o mercado, que, por sua vez, prevê uma probabilidade maior de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, na próxima quarta-feira, 19.
O consenso é de que o Copom mantenha a política monetária em patamar restritivo para contribuir para a ancoragem das expectativas de inflação. Para 2024 e 2025, as estimativas para o IPCA foram elevadas de 3,88% para 3,90% e de 3,77% e 3,78%, respectivamente. Para 2026, foram mantidas em 3,60% e para 2027, em 3,50%. O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de limite para mais ou para menos.
Ibovespa afunda e o ouro brilha
A piora do fiscal intensificou o mau humor do mercado. O Ibovespa registra perdas de -17,6% em dólares (-10,9% em reais) no ano, mesmo com valuations atraentes e um cenário de melhora no exterior.
A falta de capital estrangeiro na B3 diminui a liquidez, tornando as negociações mais difíceis e aumentando a volatilidade.
Enquanto a Bolsa brasileira afunda, o ouro bate recorde com a China e a geopolítica em foco. O metal registrou um novo recorde histórico essa semana, atingindo a marca de US$ 2.354,80 por onça troy. No acumulado do ano, a alta é de +11,8%.
O ativo do medo
Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos, diz que o ouro é o ativo do medo.
“Ouro é uma forma de estar comprado em medo e vem sendo uma ótima forma de apostar no medo de tempos em tempos. Mas você realmente precisa esperar que as pessoas fiquem com mais medo em um ou dois anos do que elas estão atualmente. Se elas ficam com mais medo você ganha dinheiro, se elas ficam com menos medo, você perde dinheiro, mas o ouro em si não produz nada.”
É por isso que o metal nobre é considerado uma reserva de valor, uma proteção para investidores e países.
O ouro é considerado uma reserva de valor quando os bancos centrais e os governos mundiais estão desvalorizando as suas moedas. Ou seja, quando os bancos centrais mundiais estão reduzindo os juros e os governos elevando as suas dívidas.
O medo geopolítico
A geopolítica tem exercido uma influência relevante na dinâmica do metal precioso nos últimos anos.
A guerra comercial entre China e EUA, intensificada durante o mandato do ex-presidente Donald Trump, iniciou um ciclo positivo para o ouro.
Isso, somado aos efeitos da pandemia na geopolítica, deixou a China e alguns aliados desconfortáveis com a dependência do dólar.
O Banco Popular da China (PBC, na sigla em inglês) é o protagonista desta corrida, sendo o maior comprador de ouro do mundo.
O World Gold Council (Conselho Mundial do Ouro) calcula que as compras de ouro pela China atingiram 225 toneladas métricas em 2023, aumentando a representatividade do metal nas reservas internacionais chinesas.
Entretanto, não é apenas o Banco Central chinês quem está comprando o metal precioso. A crise imobiliária no país impulsionou a busca pelo ouro como forma de “poupança” (reserva) pela população chinesa.
Bancos Centrais intensificam a corrida pelo ouro
A medida do Banco Popular da China de comprar um volume relevante de ouro também é seguida por outros bancos centrais.
Os bancos centrais de economias, como Polônia, Singapura e Índia estão fortalecendo as reservas de ouro.
Investir em ouro vale a pena?
O ouro é visto por investidores como um porto seguro em tempos de turbulência e uma proteção contra a desvalorização de moedas em momentos de estresse.
Assim como outras commodities, o ouro tem seus ciclos e a grande questão é até quando teremos essa corrida pelo metal.
Historicamente, o preço do ouro sobe quando os juros americanos caem, o que pode nos fazer acreditar que teremos um ciclo positivo com o ciclo de corte de juros no horizonte.
Entretanto, a mudança da dinâmica da commodity no pós-pandemia, pode ser um sinal de que a história não vai se repetir.
Onde investir: GOLD11 ou AURA33?
Diante das incertezas no mundo em que vivemos, a commodity pode ser interessante.
As duas alternativas principais para investir em ouro no mercado de capitais são por meio de Exchange Traded Funds (ETFs) ou de ações.
O GOLD11 é um ETF que busca replicar o desempenho do ouro, atrelado diretamente aos preços internacionais da commodity.
Contudo, há uma pequena grande oportunidade em investir indiretamente no metal.
A Aura Minerals (AURA33), nossa preferência na carteira Nord Deep Value, é uma mineradora de ouro que possui um plano de expansão para os próximos anos.
A companhia surgiu no Canadá, onde também está listada desde 2006, na Bolsa de Toronto (TSX), e, em 2020, decidiu abrir capital no Brasil, por meio de um re-IPO inicialmente focado em investidores institucionais. Ou seja, grandes fundos de investimento.
Aura reluz como o ouro
No 1T24, a Aura Minerals produziu 68.187 onças equivalentes de ouro (GEO), um crescimento de +28% na comparação com o 1T23. O resultado está em linha com o reportado nos últimos trimestres.
Após dois anos desafiadores, a Aura Minerals começou a colher os frutos do seu plano de dobrar a produção até 2026.
A Aura Minerals tem como meta passar de 235,8 mil GEO (onças equivalentes de ouro) produzidas em 2023 para cerca de 450 mil GEO.
A primeira mina no Tocantins entrou em operação no final do ano passado e, no pipeline, temos as minas de Borborema e Matupá para iniciar as operações até o final de 2025.
Destacamos os riscos de execução e de entrega de projetos como pontos de atenção.
A boa notícia é que, apesar de depender dos preços da sua principal commodity, a forte expansão e os ganhos de eficiência reduzem os impactos de uma possível correção do preço do ouro.
Mesmo em um ciclo de crescimento, a alavancagem (dívida líq./Ebitda) é de apenas 0,7x Ebitda. Além disso, a companhia gera caixa.
Além do ciclo de crescimento até 2025, a mineradora está em busca de novas oportunidades para impulsionar ainda mais a sua produção no longo prazo.
Tudo isso, negociando a apenas 4x lucro e 3x Ebitda 2025, Aura Minerals é ouro.
Leve 3 pague 1 | Nord Smart Money
A ação da Aura valoriza cerca de 40% desde o começo do ano. A ação da mineradora especializada em ouro, AURA33, está barata e tem forte perspectiva de crescimento no longo prazo.
O papel está entre os favoritos do Nord Deep Value para se ter na carteira.
A assinatura anual do Nord Deep Value é R$ 2.166. O investidor que assinar hoje GANHA DUAS assinaturas premium: o Nord Small Caps (R$ 1.710) e o Nord 10X (R$ 1.368).
Você poderá acessar três séries premium por 1x de R$ 1.068,00 ou em 12x de R$ 89,00, ou seja, 80% de desconto.