Gerente, Assessor (AAI) ou Consultor?

Entenda a função de especialista e descubra quem é o mais indicado para aconselhar seus investimentos

Nord Research 09/10/2022 12:00 5 min
Gerente, Assessor (AAI) ou Consultor?

O mercado de investimentos mudou muito nos últimos anos. Até certo tempo atrás, a única alternativa para o poupador brasileiro era ser atendido por um gerente de banco.

Depois, vieram as corretoras independentes e, com elas, a figura do Agente Autônomo de Investimentos (AAI). Recentemente, o Consultor começou a ganhar espaço.

Cada tipo de profissional tem características específicas, e principalmente formas de remuneração completamente diferentes.

Você sabe como o profissional que atende você ganha dinheiro? Ele é o mais indicado para o seu perfil de investidor?

Não entender como o mercado funciona pode fazer com que você perca muito tempo sendo atendido por um profissional do mercado financeiro que não é o mais adequado para você.

Se você não sabe as diferenças entre cada especialista em investimentos, chegou a hora de entendê-las.

Conheça os 3 tipos de profissionais que têm contato direto com clientes e que aconselham investimentos.

1. Gerente de banco

É a figura mais conhecida entre a população em geral. É aquela pessoa responsável pela conta corrente e conta de investimento dos clientes dos bancos.

A depender do banco e da categoria de conta dentro do banco (varejo, varejo alta renda, private), o gerente pode ser um profissional com pouca qualificação e pouco conhecimento de mercado financeiro.

Isso ocorre pois, além de ser a porta de entrada dentro das instituições, o gerente de banco precisa distribuir todo tipo de produto bancário, como cartão de crédito, seguros e produtos de investimento em geral.

Como a política dos bancos é oferecer seus próprios produtos, o gerente acaba sendo uma espécie de “vendedor” daqueles produtos que o banco tem para oferecer.

É claro que sua preferência é por oferecer aqueles que geram mais lucratividade para o banco, pois é assim que geralmente são avaliados dentro da instituição.

Sendo assim, existe um grande conflito de interesses, escassez de variedade de produtos (o banco prioriza produtos próprios) e baixo conhecimento técnico (na maioria das vezes).

2. Assessor ou Agente Autônomo


Quando as corretoras independentes surgiram, como XP, BTG, entre outras, ocorreu uma verdadeira revolução no mercado brasileiro.

O investidor não precisava mais ficar preso aos grandes bancos nem ser multimilionário para ter acesso aos bancos de investimento.

Agora, qualquer pessoa poderia acessar excelentes produtos de investimento com taxas adequadas e muita diversidade.

No entanto, as pessoas que saíram dos “bancões” ainda iriam precisar de alguém para atendê-las. Foi aí que surgiu a figura do Assessor ou AAI (Agente Autônomo de Investimento).

O AAI é responsável por captar o cliente e fazer a interface entre o investidor e a corretora.

As propagandas costumam falar que a assessoria do AAI é gratuita, mas é claro que não é bem assim.

O investidor até pode ficar com essa impressão, pois o pagamento do Assessor é feito pela corretora com uma parte das taxas que são cobradas por cada investimento.

Acontece que essa remuneração não é clara, e o percentual que o AAI recebe varia em cada produto financeiro. Assim, o Fundo de Ações “A” pode remunerar o assessor com uma taxa X, enquanto o Fundo de Ações “B” pode remunerar o assessor com uma taxa 2 vezes X.

É aí que está um dos maiores problemas dessa categoria: o conflito de interesse pode ser muito grande.

Se você pedir uma opinião sobre qual Fundo de Ações é melhor, será que o AAI vai dar uma resposta 100% técnica sem levar em conta que o Fundo “B” paga o dobro de comissão?

Alguns produtos, como o Tesouro Direto, não pagam comissões.

Será que o assessor recomendaria alocação nesses ativos quando as taxas estivessem atraentes? Ou será que o assessor indicaria algum título bancário ou de crédito privado que pagaria alguma remuneração a ele?

Corremos o risco de ter uma carteira “cara” ou de ter um risco acima do que o cliente

deveria se submeter.

Além disso, o assessor não pode dar recomendações de investimento, segundo as normas da CVM.

3. Consultor

A figura do Consultor de Investimentos ainda não é muito difundida aqui no Brasil, apesar de estar regulada pela CVM desde 1985.

Depois de evoluções nas normas que regem a atividade de Consultoria em 2017, diversas plataformas abriram os olhos para esse público.

Pela Resolução 19 da CVM, dois pontos chamam a atenção.

O serviço de Consultoria precisa ser independente e individualizado.

Resolução CVM Nº 19, de 25 de fevereiro de 2021. Fonte: CVM

O Cliente contrata um Consultor para auxiliá-lo nos investimentos e paga um valor previamente combinado pelo serviço.

Como é o cliente que remunera o consultor, as recomendações são individualizadas para atender ao que o cliente busca.

O Consultor também é vedado de receber qualquer incentivo pela indicação ou recomendação de produtos, incluindo comissões, rebates e spreads.

Como o Consultor não pode receber comissões, a Corretora devolve para o Cliente na forma de cashback todos os comissionamentos pagos pelos produtos.

Isso garante que o Consultor indique de fato o melhor produto ou até mesmo melhor instituição para o seu cliente.

Conclusão


A tarefa de montar uma carteira de investimentos que seja aderente ao seu perfil de risco e aos seus objetivos financeiros não é exatamente trivial.

Caso você queira conhecer o seu perfil de maneira individualizada para que consiga extrair o máximo de seus investimentos com o apoio de especialistas, conheça os serviços da Nord Wealth, a consultoria do grupo Nord autorizada pela CVM.

Por vedação legal, não podemos receber comissões ou incentivos quaisquer pela recomendação de produtos financeiros.

Acreditamos que esse é o modelo que permite maior alinhamento de interesses com o cliente.

Acesse aqui e veja as condições para agendar uma consultoria personalizada com a Nord.

Um abraço,

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